Sam: Para! Eu estou aqui... Eu estou viva... Eu estou bem. .. - dei um sorriso verdadeiro para que ele possa acreditar em mim.
Mas logo a proximidade tomou conta de nós, levando ao beijo calmo.
Sam: A gente não pode Ashley - o afastei com dificuldade.
Ash: Mas por quê? - Levantou.
Sam: Eu só não quero estragar nossa amizade.
Ash: com o que?
Sam: Ciúme... Mesmo sendo apenas um "beijo de amigo", se eu sentir ciúme de você com outra pessoa ou vice-versa... Nós vamos ficar bravos um com o outro e a gente vai brigar, ou seja, não quero isso. - falei tudo de uma vez.
Ash : Aah, entendo... - abaixou a cabeça.
Não queria magoá-lo com nada, mas.. Eu precisava...Sam: Desculpa? - Pedi arrependida.
Ash: Não precisa pedir desculpas - saiu do quarto.Deixar Ash magoado é o que eu mais odeio... Pelo menos não perdi um amigo, acho.
Ash para mim não seria somente um amigo e sim um irmão, por estar sempre ao meu lado, então... Não quero perder isso, por mais que machuque... sempre fomos próximos, mas... Sou tão cega por não perceber que Ashley está gostando de mim?
Uns dois dias depois eu ainda estava internada naquele hospital horrível, com pessoas vestidas, algumas de verde e outras de rosa claro.
Ash não veio me ver nesse tempo, já estava me sentindo solitária, mesmo com minha mãe ali por perto.Irene: Filha, você vai ficar bem... - somente se Ash estiver ali.
Sam: Mãe... O Ash vai vir? - perguntei com esperanças.
Irene: Ele disse que talvez venha essa noite.Ash já havia ganhado alta do hospital e com certeza essa noite não viria me ver, deve estar muito chateado comigo.
Já não aguento mais ficar presa nessa cama dia e noite, Ash sempre me alegrava, trazia sempre algum jogo para distrair ou quando ele ainda tava aqui andávamos pelo pátio do hospital sempre rindo, mesmo eu não podendo sair da cama.
De noite eu estava enjoada, quando ouço barulho na porta, Ash.Ash: Oi. - disse fechando a porta atrás dele.
Sam: Oi. - disse em um tom diferente de o de sempre.
Ash: Você está bem? - Perguntou sentando em uma cadeira ao meu lado.
Sam: tirando o fato de que uma pessoa não veio me visitar por dois dias e tirando o fato também que eu estou um pouco enjoada, sim, estou bem.
Ash: Me desculpa... Eu não estava bem - passou uma de suas mãos em meu braço esquerdo.
Sam: Você não estava bem tipo... Doente ou...
Ash: Dor no pescoço e por aquilo também. Mas esquece, por favor, e me desculpe por não vir.
Sam: Tudo bem.Quando do nada começo a passar mal, não consegue respirar direito, Ash estava apavorado e gritou para algum médico que logo chegou, minha visão foi ficando turva e eu Não conseguia mais ver, pois bem, havia desmaiado ou sei la o que estava acontecendo, só sei que estava escuro.
Mais tarde acordo com alguém passando as mãos sobre meu rosto, minha mãe. Ela está chorando.Sam: O que aconteceu? - Perguntei com a voz fraca.
Irene: Seus pulmões encheram de água... - falou tudo de uma vez.
Sam: O que está acontecendo comigo? - Logo entra um médico com uma prancheta na mão.
Medico: Moça, seus pulmões encheram de água e então tivemos que drenar, mas nada grave. - Logo saiu.
Sam: E o Ash? - perguntei, tonta.
Irene : Ash foi retirado da sala, eu pedi para que ele fosse para casa, ele entrou em pânico.
Sam: Aah... Ate quando terei que ficar aqui? - Coloquei uma e minhas mãos na cabeça.
Irene : Mais dois dias querida... Mais dois dias...Mais dois torturosos dias.
Eu não aguento mais ficar aqui deitada e sem fazer nada! Eu quero sair e viver, por mais que eu não possa - depois de um tempo minha mãe sai da sala para que eu possa descançar.
Meu Deus! Parece que metade de minha vida se passou aqui! Mesmo sendo somente uns dias. Agora meus lindos pulmõezinhos resolveram fazer isso.
É como se Ashley e eu estivéssemos acorrentados um ao outro, sem poder seguir caminhos diferentes, sempre seguindo o mesmo caminho. Mas... Não podemos ficar ou namorar, pois. .. Não quero estragar nossa amizade e muito menos nossas vidas.Por mais que ele me peça, por mais que ele implore, por mais que eu queira... - adormeci.
Mais dois dias depois:
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Acorrentados (Ashley Purdy )
FanficNão é tão fácil quanto parece, ter uma amizade desde criança e quando chega a um certo ponto ela se torna quase impossível, e quando quase se torna possível... É fatal.