Capítulo 10

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Tempos se passaram e la estava eu... Em meu quarto, noite de sábado, assistindo um programa qualquer na TV, já que não passava nada de bom ali, mesmo sendo todos canais fechados.
Quando eu menos espero, recebo uma ligação de Irene, atendi rapidamente, pois não é sempre que ela me liga, mais é em casos urgentes.

Ash: Diga Irene - falei nervoso.
Irene: Sem motivos para felicidades, Ashley, vêm para o hospital agora! Por favor. - Irene estava chorando e muito desesperada.

Alguma coisa deve ter acontecido com Sam. Desliguei a chamada e peguei minha jaqueta preta que estava no sofá e logo peguei a chave do carro, entrei no carro, o tirei da garagem e logo fui ao hospital que eu achava que Sam poderia estar e quando entrei correndo pela porta, vejo Irene sentada em uma das cadeiras na sala de espera chorando desesperadamente. Quando me viu, ela veio em minha direção e me abraçou, retribui.

Ash: O que houve Irene? A Samantha está bem? - Ainda estávamos abraçados.
Irene: Não, não, ela não está bem... - continuei abraçado nela até que o médico chama.
Medico: Responsável por Samantha Mathews? - Anunciou e Irene ergueu a mão.

Ela estava tensa e tremia.

Irene: Esse rapaz e eu. - Apontou para mim.
Médico: Bom, tudo bem, eu sou o Willian Monken e eu sou o médico de Samantha e preciso conversar com os dois, antes de conversar com Samantha.
Irene: Claro, diga. - Seguimos o "tal" Willian até a sala dele e ele começou a falar:
Willian: Bom... Tenho péssimas notícias para os dois... A Samantha está com um câncer gravíssimo no pulmão esquerdo e pode sim passar para outros órgãos. Sem o tratamento necessário, Samantha corre risco de vida, e não! - O médico se adiantou em dizer. - Aqui em Los Angeles não temos esse tipo de tratamento para esse câncer raro e forte. Somente no Canadá em Ottawa, com a permissão da mãe dela, posso fazer transferência hoje mesmo para um dos melhores hospitais que possuem os equipamentos necessários para o tratamento. - Irene chora mais do que antes.

Irene: Eu sou a mãe dela, mas eu não tenho dinheiro o suficiente para pagar um hospital daqueles - disse entre soluços, não poderia deixar quieto, era a vida de minha melhor amiga que estava em jogo.
Ash: Eu pago e vou fazer o possível para salvar a vida da Sam.
Willian: Lembrando que, nem sempre sempre tratamento da certo. Em cada 10 pessoas, somente 3 conseguem se manter vivos.
Ash: Não importa! Eu a quero viva e ela vai ficar viva...
Willian: Senhora... Preciso de sua permissão - Irene olhou fundo em meus olhos e eu assenti.
Irene: Sim, pode fazer a transferência. - Disse limpando as lágrimas que estavam sobre seu rosto e levantando-se da cadeira arrasada.
Willian: Podem ver Samantha e contar ou preferem que eu mesmo conte? - Disse abrindo a porta para que pudéssemos passar.
Irene: Nós contamos - afirmou com um tom de voz suave e preocupado.

Logo o médico nos levou até o quarto separado de Samantha e nos deixou a sós lá. Samantha estava com os olhos fechados, respirando com dificuldade, até que acorda.

Sam: Mãe? Ashley? O que houve? - Irene e eu nos entreolhamos.
Ash: Sua mãe e eu precisamos lhe contar uma coisa.
Sam: Contem-me.

Acorrentados (Ashley Purdy )Onde histórias criam vida. Descubra agora