Gêmeas no colégio interno

13° Briga?

— Camilla não acho uma boa ideia bater nela. Sabe, rolará boatos que você fez isso por conta do Isac. — Bianca comentou, encarado o seu almoço.

Encaramos o Isac entrar de mãos dadas com ela. Nem ciúmes eu consigo sentir.

— Vocês tem certeza que foi ela? — Igor deu um gole no seu suco.

Clara fez que sim com a cabeça. Me levantei da cadeira, indo ao encontro deles.

— Oi, Camilla. — Comprimentou debochada.

— Você está bem, linda? — Perguntei ironicamente. Isac me olhou confuso.

— Estou ótima. Precisa de algo?

Mano do céu. Essa garota consegue ser tão sinica.

— Sim, anjo. Só um estante. — Depositei um tapa no seu rosto. Ela arregalou os olhos assustada. — Isso é para você aprender a não ser fofoqueira.

— Eu não fiz nada. — Ela colocou a mão no rosto.

— Não se faça de sinica.

— Está achando mesmo que eu entreguei vocês? Nunca faria algo assim.

— Admita logo. — Clara se aproximou.

— Até você achando isso, Clara? — Ela se encolheu na cadeira.

— Óbvio. Você saiu com raiva por causa do Lucas. Tenho certeza que foi na secretaria.

— Sua teoria não é real, Clara. Isac eu espero que você não esteja caindo nesse história.

— Bora, Laura. — Puxou a garota pelo braço.

— Volta aqui, eu não terminei de falar. — Segui-os.

— Cala a boca, Camilla. — Pediu impaciente.

— Quem você pensa que é para gritar assim comigo?

— O garoto que você ama.

Comecei a gargalhar. Isso foi clichê até demais.

— Você não dê encima dele. — Laura ordenou, sumindo pelo corredor.

Subi para o meu quarto, entrando no mesmo dei de cara com Isac sentado na cama da Clara.

— Se estiver esperando a Clara pode descer. Ela não subirá agora.

— Meu assunto é com você. — Levantou-se da cama. — Esse papel todo é para o quê?

— Papel? Você é cego?

— Não, Camilla, não. — Ele me prensou na parede. — Eu estou com muita raiva de você. 

— Por quê? — Engoli seco.

— Você tirou esses meses para me deixar com raiva. Já não bastava aquelas coisas fãs férias, agora isso. — Bufou, colocando a mão na parede. — Sinto raiva por sentir saudades de você, saudades de lhe abraçar, beijar, conversa, de tudo. Mas sinto que não posso voltar atrás o que você fez foi muito errado. Por que você é assim tão complicada?

Parecia que o meu sangue fervia em minhas veias e nunca me imaginei nessa necessidade louca de beijar a boca dele. Eu nunca pensei que sentia tanta falta do Isac. — quem eu quero enganar? Sinto saudades dele todos os dias. — pressionou um beijo rápido na minha boca. Por mais que eu tentasse é inevitável não cair na tentação, mas algo me motivava a desistir a Laura. Ele simplesmente me beija agora e depois voltará para ela, daqui há um tempo estará oficialmente namorando e eu sozinha sofrendo por ele e pensando nesse último beijo.

— Que droga. Eu amo você. — Murmurei o empurrando, e andando de um lado para o outro. — Você não pode fazer isso comigo por mais que eu mereça.

— É uma droga te amar também. Eu só queria te esquecer de vez.