2° Camilla - Mais um ano

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Tempo atuais..

           

— O Isac deve estar muito puto. Eu não vou conseguir vê-lo. — Pensou em voz alta, sentindo seu estômago revirar. — Como eu devo agir?

Não foi certo ter agido daquela forma com ele. Também não foi certo ignora-lo as férias toda. Por que eu sou tão complicada, céus? Ele deve estar me odiando.

— O que o Naruto faria? — Fechou sua mala vermelha, arrastando-a até a porta.

Mais um ano indo para o colégio interno. Preciso confessar que ano passado foi difícil passar todo aquele tempo longe dos meus pais, por mim nem estaria lá, mas minha mãe insistiu. Por um lado foi uma coisa maravilhosa fiz amizades com pessoas incríveis e arranjei um namorado incrível, se é que ainda estamos namorando.

Será que a minha irmã iria gostar deles? Não há um dia que eu não pense nela. Sempre tive o sonho de conhecê-la, mas a mesma morreu no dia que eu nasci. Com certeza seríamos uma ótima dupla.

Abri a porta do quarto, empurrando minhas malas com dificuldade. Adentrei novamente e peguei meu celular, guardando-o no bolso da calça.

— Você parece nervosa. — Comentou meu pai, me fitando.

— Impressão sua.. — Menti. Quem eu queria enganar?

— É por causa do Isac, né? — Olhei-o surpresa. Como ele sabe do Isac? — O que foi? Você ficando falando sozinha por aí.

— Ah.. Esquece isso, por favor. — Pedi sem graça. O mesmo assentiu ajudando-me a carregar as malas.

Se eu começasse a falar do Isac provavelmente iria chorar feito uma criança e desistiria de ir ao colégio.

— Quando vocês irão me dar um irmãozinho? — Questionei curiosa, ajeitando o cinto de segurança.

João limpou a garganta, e olhou para a Amanda.

— Não sabemos, filha. — Amanda respondeu tentando não ser rude. Nunca que ela seria capaz de engravidar ou ter qualquer tipo de relacionamento com o melhor amigo do homem que amou, ambos se respeitavam. E estavam fingindo esse casamento pela filha.

— Mãe, a senhora sabe que é o meu sonho ter um irmão. — Fez um bico triste.

— Eu sei. — Amanda suspirou. — Não é tão fácil quanto parece e não é momento certo.

— Entendo..

Como se transar fosse tão difícil assim, pensou.

                                    🍒


Chegamos no colégio. Sai do carro animada e ao mesmo tempo receosa. Será que o Isac chegou? Senti alguém me agarrar por trás.

— E aí, vadia. Estava com saudades. — Sussurrou Bianca, apertando minha cintura.

— Eu também, piranha. — Sorri ao vê-la.

— Mulher, tenho tantas novidades para lhe contar. Precisamos conversar e muito. Mas agora vou me despedir dos coroas. — Apontou para seus pais, e saiu correndo em seguida.

— Irei sentir saudades de vocês. — Falei, encarando os dois triste. — Amo vocês.

— Também te amo, filha. — Falou meu pai, depositando um beijo na minha testa e me apertando em um abraço. — Se cuida.

— Camilla, não vá aprontar. Qualquer coisa pode me ligar, tá? Te amo muito mesmo. — Minha mãe falou, me abraçando.

— Amo os dois. Nada de ter juízo pois quero irmãos.

Gêmeas no colégio interno Onde histórias criam vida. Descubra agora