8° Camilla chacota

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Ficamos até de manhã conversando assuntos aleatórios.

— Eu conheci ela nas férias. Ficamos conversando por horas, mas nada além disso. Por incrível que pareça você foi a única que eu beijei nas férias. — Senti o meu rosto cora. — Enfim. Ela parece ser uma garota especial, me ajudou de certa forma. — Sorriu bobo.

Eu já consigo ver a merda que isso vai dar quando a Camilla descobrir, mas ela não tem direito algum de interferir algo entre eles dois. Ela teve a chance dela, mas não soube valorizar.

Terminei de beber o chá gelado. Me despedi do Isac e fui à caminho do meu quarto. Quero que a Camilla esteja dormindo.

— Você dormiu com Isac? — Indagou Camilla, com cara de choro. — Não adianta mentir vi que vocês estavam juntos no refeitório e você passou à noite fora.

FBI isso?

— Bom dia para você também. — Respondi, abrindo o armário à procura de algo confortável.

— Passaram a madrugada transando e foram tomar café da manhã juntos?

— Camilla, não tem necessidade disso. — Disse Bianca, pousando o celular na cama.

Sem dúvidas a Camilla não regula bem.

— Acho que ninguém lhe deve satisfações. Vocês não estão mais juntos e eu não tenho que te dar satisfações. — Peguei minhas roupas.

— Você não está respondendo. Então fizeram algo. Está com medo de admitir.

Medo por quê? Eu não fiz nada. Garota louca.

— Você é muito iludida, Camilla. Eu não vou discutir com você por causa de homem. Isso é totalmente ridículo e vergonhoso. — Já estou ficando sem paciência.

Bianca saiu do quarto correndo.

— Sinceramente, você é uma vagabunda. — Levantou-se enfurecida e veio em minha direção.

Comecei a gargalhar. Ela não pode estar falando sério.

— Você é uma vagabunda. — Apontou o dedo na minha cara. — E você não me engana com essa cara de sonsa. Estou com tanta vontade de te bater.

Nunca em toda a minha vida alguém me tratou assim, nem o meu pai. Me senti extremamente ofendida, mesmo sabendo que não sou uma vagabunda com ela diz. No calor da raiva, acertei um soco na cara dela.

— Você não tem noção o quanto eu estou te odiando mais ainda. — Murmurou, desacreditada com o soco que recebeu. — Por que não vai embora daqui logo? Ninguém vai se importar se você for embora.

Sem amigos.

— Na verdade, eu me importo. — Isac falou, parando no meio do quarto.

— Mas é claro que você se importa. Vai ficar sem transar. — Cuspiu as palavras.

— Camilla, você não sente nojo de dizer essas coisas? De onde você tirou essa ideia ridícula? Está ficando ridículo já. Você precisa se tratar. — Coçou a cabeça.

— Então foi por quem? — Começou a chorar. Muita humilhação para uma manhã. — Eu sinto que tem mais alguém.

— É a Laura. Nós conhecemos nas férias. Ela me deu o valor que você não me deu.

— Desculpa.. — Sussurrou envergonhada.

— Não é para mim que você deve pedir desculpas e sim para Clara. Aproveita e coloca na sua cabeça que nós dois não temos mais volta.

Felipe me puxou do quarto. Sabíamos que ela iria precisar de um tempo sozinha. E o medo dela me matar é real.

Gêmeas no colégio interno Onde histórias criam vida. Descubra agora