25° Mais um problema

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( Taylor na mídia com 16 )

           
Theo piscou algumas vezes, confuso. Não parecia ser real o que havia acabado de ouvir. Foi tão repentino. Vagou seu olhar para o Igor que está ao seu lado dormindo tranquilamente. Voltou a olhar para a menina.

— Eu.. Queria ter dito isso naquela hora na praia, mas fomos interrompidos. — Justificou, sentindo suas bochechas queimarem.

Theo havia esquecido por um breve momento daquela conversa, estava ocupado demais tentando assimilar a situação daquele triângulo. Depois daquela descoberta não sabia se era o certo avançar passos com a Clara. Se ela de fato gostasse do Isac? Estaria usando ele para esquecer o mesmo por causa de Camilla.

Qual é. Ela só lhe pediu um beijo e não em namoro, pensou. Tentando afastar aqueles pensamentos ridículos.

— Olha, se você não estiver mais afim por conta daquilo tudo bem. — Umedeceu os lábios, voltando sua atenção para o filme, fazendo uma cara de nojo com a cena da garota cortando o próprio braço.

— Sinceramente, eu não iria conseguir te dizer não. Como eu estava dizendo há algumas horas atrás, — Ajeitou o travesseiro atrás de si. — eu sinto alguma coisa por você.

— Que tipo de coisas? — Arqueou a sobrancelha, sem tirar a atenção da televisão por conta da vergonha.

— Coisas que não são impuras.

— Ah, sim. Entendi. — Mentiu, virando o seu rosto para encarar-lo. — Você não pode sentir algo por mim se não me conhece.

— Pensei que você queria me beijar e não duvidar do que eu sinto. — Se aproximou do rosto dela, fitando seus olhos. — Pode ficar tranquila, eu não amo você, ou algo do tipo se é que está pensando nisso. Sinceramente, eu tenho uma vontade louca de conhecer você e por conta disso tenho que te observar a qualquer custo. E.. sabe.. sinto uma vontade incontrolável de beijar só a sua boca. E é estranho demais.

— Por que você me deixa sem saber o que dizer? — Sussurrou, sentindo suas pernas tremerem com a aproximação.

— Talvez seja o destino falando que o certo é você me beijar e não responder. — Mordeu os lábios. Clara encolheu as pernas, ajeitou sua péssima postura e ficou totalmente de frente para ele. Sentia seu coração bater tão rápido.

Permanecerá em silêncio por alguns minutos.

— Talvez você tenha razão. — Ela assegurou. Tocando seus lábios, fazendo o mais alto ficar surpreso inicialmente. As línguas se tocaram com calma, em um ritmo harmônico. Clara gostou da língua dele ser tão macia, nunca havia beijado alguém com a língua tão macia assim. A morena levou suas mãos até a nuca dele, acariciando o local com cuidado e lentidão. Theo sentia seu corpo arrepiar com o contato, aquele local era extremamente sensível.

— Agora eu tenho mais um problema. — Murmurou, sorrindo.

                                    🐚

A semana havia passado voando. Por mais que houvesse aquele problema a viagem foi maravilhosa, e estou extremamente feliz. A escola mandou um e-mail comunicando que podemos voltar e às aulas retornarão segunda-feira.

O Uber me deixou em frente a minha casa.
Abri a porta de casa, sentindo o cheiro gostoso de comida. Deixei minhas malas na entrada. Ouço vozes vida da sala. Caminhei em direção a sala, meu pai está almoçando com uma mulher que eu nunca vi na vida, havia um garoto sentado. A última vez que eu presenciei uma cena dessas logo recebi uma notícia que ele estava namorando.

— Finalmente apareceu. É impossível ter contato com você, filha. — Falara, largando os talheres com cuidado. — Você está bem?

Realmente foi impossível ter contato comigo nesses últimos dias, estava tentando ignorar-lo. Ainda estou magoada com os vacilos dele. Ignorei-o. Indo até a cozinha.

— Ela já chegou da escola? — Uma voz extremamente fina indagou. Quando viu eu sumir pelo corredor.

Não está me vendo não palhaça?

Entrei na cozinha e logo sorri ao ver a Lucy. A mesma está levando a louça, me olhou sorrindo. Conversamos bastante. É tão bom vê-la.

O garoto abriu a porta, atrapalhando o momento que eu contava sobre o beijo. Colocou o prato e os talheres na pia.

— Aqui está, Lucy.

— Taylor, já falei que precisa fazer isso. — Lucy falará rindo. — Teimosa igual a Clara.

— Shh precisa sim. — Ele o abraçou.

Que intimidade é essa com a minha Lucy?

— Clara eu te contei?

— Sobre? Estou por fora de muitas coisas nesta casa. — Revirei os olhos.

— O Taylor vai estudar no seu colégio.

— Sinto muito se o meu pai deu essa ideia para a sua mãe, ele também foi infectado.

Gêmeas no colégio interno Onde histórias criam vida. Descubra agora