Já pensou que às vezes, na verdade na maioria das vezes a vida é meio injusta.
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Passou-se um mês que as meninas descobriram ser irmãs, desde então as coisas andejam bem.
Theo contemplará Felipe, pensativo. Não conseguia parar de pensar na Clara um segundo sequer, é um possível pedido de namoro estava lhe atormentando há alguns dias. Sentia que era o momento, todavia por outro lado mantia-se tão indeciso nessa decisão. Talvez uma possível insegurança.
— Você está gostando bastante dela, né? — Felipe indagou quebrando o silêncio, pegou o copo com refrigerante levando-o até a boca.
— Não, na verdade, — Limpou a garganta, sentindo-se um pouco envergonhado. — eu acho que a amo, Felipe. — Felipe fez uma careta. — Eu sei é precipitado, mas eu sinto essas coisas. É tão louco. — Abriu um sorriso.
— Não vou julgar-lo. — Riu, repousando o copo entre as pernas. — Então, você está esperando o quê?
— Nada? — Deu de ombros. — Sabe, eu iria pedir-la em namoro após aquele ocorrido no quarto, lembra? — Ele balançou a cabeça negativamente. — Aquele dia que vocês estavam escondidos no banheiro. Bom, eu já estava pensando em algo.
— Então? — Arqueou uma das sobrancelhas.
— Eu acho que estou com.. — Engoliu em seco, debatendo os dedos no sofá.
— Está com o quê? — Franziu a testa confuso.
— E-eu estou com medo do pai dela, sabe. Com essa história toda eu o acho uma má pessoa. — Respirou fundo. — Pode acontecer algo e ele tentar me separar dela. Não quero perder-la.
— Que merda. Ainda tem isso. — Coçou a cabeça.
— Sim, infelizmente. Eu sinto que não posso falhar em absolutamente nada, e estou com medo de errar na questão do pai dela. Sem contar que, não posso falar mal dele. — Levantou-se do sofá, jogando seu corpo na cama macia.
— Pelo amor, Theo. — Revirou os olhos. — Não complique as coisas. Esquece o pai dela.
— Sei não, viu.
— Estamos em junho, garoto. Ainda há tempo de sobra. — Saiu da cadeira. — Eu preciso ir.
— Ainda estamos em junho.. Você ainda tem um bom tempo. — Ele levantou-se. — Agora vou indo.
— Tudo bem.
Manteve-se alguns minutos jogado na cama entediado. Portanto resolveu tomar banho, em seguida vestiu algo confortável. Saiu do quarto no fim da tarde, indo até o dormitório da Clara.
— Entra aí. — Bianca gritou após ouvir suas batidas na porta.
— Todo mundo está aqui. — Murmurou, encostando a porta atrás de si.
— Céus até que enfim você chegou. — Falará Clara, abrindo um sorriso caloroso.
— Se eu não tivesse saído do quarto ninguém iria me convidar. — Usou um tom debochado, arrancando algumas risadinhas.
— Deixa disso, mano. — Falou Igor, dando algumas batidinhas na cama. — Senta aqui. Vamos começar o assunto principal.
Contragosto sentou-se, pegando um pacote de biscoito.
— Então, gente. — Falará Clara.
— Eu estou bastante ansiosa. — Luisa confessou, abrindo um sorriso de ladino, pegou um pedaço de chocolate branco, levando-o até a boca.
— Vocês estão rindo atoa. — Contemplou cada um desconfiando. — Alguém está grávida?
— O quê? — Camilla exclamou atônita. — Vamos mudar o assunto, e irmos para o principal. Clara conte a ele.
— Tudo bem. — Deu uma risadinha. — Bom, nesse último mês, eu andei refletindo um pouco e achei super injusto tudo que acontece. Sei o quão doloroso é ficar longe de alguém que a gente ama. — Mordiscou o lábio. — Por isso eu resolvi arriscar tudo, tipo, na verdade, quase tudo e tentar procurar o nosso pai. — Segurou a mão da Camilla gentilmente. — Eu quero muito fazer valer a pena essa promessa clichê deles. Bom, mãe precisamos da ajuda de todos aqui, é claro.
Todos concordam. Theo ficou meio inseguro, todavia iria ajudar-las.
— Todos estão de acordo mesmo? — Theo questionou.
— Sim. — Responderam em uníssono.
— Iremos começar por onde? — Indagou Luisa.
— Boa pergunta, Luisa. — Murmurou Isac, contraindo os lábios.
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Gêmeas no colégio interno
Novela JuvenilPor conta de erros no passado, as gêmeas Clara e Camilla são separadas no dia dos seus nascimentos.