Capítulo 6

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              Sophie narrando:

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Sophie narrando:

Acordei em uma casa com o teto feito com tábuas de madeira. Pensei várias vezes antes de levantar, porque tinha medo de sentir aquela mesma dor, senti que meu corpo estava entorpecido, há muito tempo não relaxava assim, nem sei se em algum momento já cosegui relaxar tanto assim. Sinto como se cada músculo, tirando aqueles em volta  do pescoço tivessem  sido esticados e retirados do meu corpo para lavar em uma substância de ervas sedativas. Me sentia de certa forma revigorada, mas a temperatura mais alta na região que ia desde o queixo até as clavículas não me faziam pensar que o que havia acontecido ontem era fruto de um pesadelo, tinha realmente acontecido e claramente ainda não havia um ponto final naquela história, pois eu ainda estava viva e mais do que pronta para continuar sendo a melhor descumpridora de regras. 

  Meus olhos vasculham o cômodo buscando algo familiar, mas não havia nada além da madeira que compunha o teto e as paredes, que era uma tipicamente utilizada nas casas recém construídas na alcateia. Algumas pinturas em quadros de aproximadamente 40x40 estavam encostados no chão e apoiados na parede, alguns cobertos com um pano maior, que impedia que se observasse o que estava marcado nas telas. Apenas um quadro estava exposto, mas incompleto, algumas partes ainda estavam em esboço, que formavam a imagem de uma loba com a pelagem cinza e canela. Era impossível fugir da parte central da pintura onde estavam as duas órbes que pareciam brilhar de tão escuras, que compunham o seu olhar, a única parte que estava completamente pronta e bem demarcada. Poderia ficar horas olhando para seus olhos, era como ser abraçada pelo olhar acolhedor e tranquilo de pura paz, quem quer que tenha pintado aquele quadro conhecia muito bem aquela loba. 

  Tentei lembrar quem ela poderia ser, mas não conseguia pensar em quem poderia ser 

um quadro dVou olhando todo o cômodo. Apenas móveis de madeira e peles de animais cobrindo-os, parecem bem confortáveis. Pela janela de vidro o sol entra lentamente, os raios que chegam ao piso do quarto são fracos pois pertecem ao nascer do Sol.

-Dormiu bem? -Kauã estava encostado na porta, sem camisa e com o cabelo molhado, mas essa é casa dele? E porque eu não estou na minha casa?

-É...eu acho que sim. -olho para o lado e a cama era de casal será que ele dormiu aqui?

-Fica tranquila, eu dormi no chão. Você tem esse medo né, porque você ainda não encontrou o seu companhe... -infelizmente sim, se a Mãe natureza sentisse tamanha traição nunca me concederia um companheiro. Isso tudo é tão injusto, você fica preso a essa pessoa, não é você quem escolhe, é ela quem decide.

-É... pois é, já que você sabe, não precisa ficar dizendo, isso não é uma coisa bacana, sabia? -digo tentando sentar, mas a dor cresce no meu pescoço, solto um gemido baixo, fecho os olhos e puxo ar. Sinto seus braços envolta do meu corpo, que me ajudam a levantar e assim que consigo ficar de pé sozinha, sorrimos juntos, daquela situação. Vejo que não estava mais com a capa preta, era uma camisa masculina da mesma cor.

Meu companheiro é o AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora