Capítulo 14

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              Samuel narrando:

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              Samuel narrando:

  Hugo. Como queria cravar minhas garras na sua garganta até a vida se desprender do seu corpo. Ele não achou suficiente todos os problemas que vem causando e desenterrou uma história muito antiga, que felizmente havia acabado.
Eu a amei, de verdade. Mas agora não havia a remota chance de voltarmos.

  Larissa aparentava estar surpresa, imaginei que ela já tivesse uma ideia do meu passado, mas aparentemente ela não me conhecia tão bem assim.

—Você está pensando no que ele disse? —assentiu. —Não precisa se preocupar... —me interrompe.

—Eu já a vi?

—Não. —sua expressão era de dúvida. —Não a vejo a cinco anos, talvez tenha morrido ou sido levada, nunca soube...

—Você não foi atrás dela? —pergunta.

—Fui. Você não faz ideia de quantas vezes. —senti que sua reação não foi das melhores, mas iria ser sincero. —Eu a amei de verdade, não nos importávamos com as regras. Tudo continuava bem, até que fomos atacados e perdi grande parte dos meus... assim como os meus pais. —sua feição estava aberta, mas receosa com o que se passava na minha cabeça.

—Eu sinto muito... não deveria ter entrado nesse assunto. —tira a coberta e senta de frente para mim.

—Não precisa se desculpar. Você precisava saber. E não fique pensando nela ou em como eu era com ela, o que importa agora somos nós dois, porque... eu sou completamente seu. —suas bochechas coram. Acabo por me perder com a sutileza dos seus olhos azuis.

  Ponho uma mão em cada lado do seu corpo, aperto suas pernas e pressiono ainda mais o seu corpo contra o meu. Sua respiração estava calma e batia na altura do meu queixo. Seus lábios me convidavam para um beijo avassalador... Nossa, como a quero por completo.

  Quando nossos lábios estavam a poucos centímetros de distância e o seu cheiro me fazia perder o juízo, puxei seu rosto para mim.

—Samuel, eu não quero que se sinta forçado, obrigado a ficar comigo, apenas por ter sido uma escolha da Mãe... —a interrompi com meus lábios.

  Suas pernas se cruzam ao redor do meu corpo e seus dedos puxam meu cabelo e deslizam pelo meus braços.
Como ela ainda tinha dúvida? Que a escolhi e que continuo escolhendo-a todos os dias.

              Larissa narrando:

  O seu beijo era diferente, somente os seus lábios me causavam tanta eletricidade, suas mãos eram precisas e marcantes aonde quer que passassem pelo meu corpo.

  Poder por alguns minutos esquecer de tudo e relaxar nos seus braços, era inexplicável.
Sua língua procura pela minha deixando o beijo mais quente a cada instante, seus lábios macios descem para o meu pescoço, fazendo os pelos da minha nuca arrepiarem.
O agarro pela gola da camisa e mordo seu lábio inferior antes de beijá-lo.

  Até que duas batidas na porta nos obriga a parar, mas pelo seu sorriso safado o seu plano não era parar por ai.

—Senhorita Larissa, de acordo com os exames a senhora já pode receber alta. Está tudo normal, você curou bem rápido aparentemente.-folheia o meu prontuário. —Realmente. Você, já deve estar acostumada. —olhei para Samuel que estava com uma cara de poucos amigos.

  Tentei reconfortá-lo com o olhar, mas não era fácil para ele ter que ouvir o julgamento de todos pelo erro que eu cometi, mas que ele havia levado a culpa.

—Tem certeza que ela pode receber alta? Porque fica difícil confiar em um médico que declarou um paciente como morto e segundos depois ele acordou. —segurei o riso.

—Acho que podemos ir. —começo a descer da cama.

  Mas seus braços me alcançam antes que meus pés toquem o chão. Aquilo não era necessário, mas naquele momento a última coisa que ele precisa era de um sermão.

—Eu posso caminhar sozinha. —sussurro no seu ouvido e observo o médico por cima do seu ombro.

—Você precisa poupar energias para hoje. —seus lábios se abrem em um sorriso malicioso.

  Seguro o riso ao ver a reação do médico com as palavras de Samuel.

  Reviro os olhos e sinto um arrepio me consumir , só de sentir o seu corpo tão próximo do meu, viajo até as nuvens e volto para o conforto dos seus braços.

—Larissa! —aquela voz fez as batidas do meu coração dispararem.

  Desço do colo de Samuel e lhe dou um abraço caloroso.

—Como você tem coragem de fazer isso comigo? —ela me aperta ainda mais nos seus braços e sinto uma leve pontada nas costas, próximo do arranhão, mas ignoro.

—Você realmente acha que eu teria coragem de te deixar aqui? O que você seria sem mim? —falo em tom de brincadeira. Me afasto para olhar o seu rosto.

—Nunca mais faça isso, entendeu? Perdeu a noção? Deixa de se fazer de corajosa, louca! —resmunga e me puxa para mais um abraço.

  Vejo Kauã próximo a porta do hospital sorrindo para nós.

  Já chega de ficar nesse lugar, não sai daqui desde que me livrei de Thomaz.

—Sophie. Agora por favor. —nos afastamos mais uma vez, seu rosto assim como sua respiração estavam mais calmos. —Vamos sair daqui, quero ver todo mundo, o que vão achar de mim? Uma fraca, que vive ferida. Eu preciso estar lá fora... nos protegendo. —ela assente.

[...]

  Já do lado de fora, tudo parecia estar se recuperando do último ataque. Muitas casas que antes eram cinzas agora estavam em novo projeto de construção. Sophie aparentava estar se recuperando da perda dos seus pais. Tudo estava se encaminhando, aos poucos eu me aproximava cada vez mais de Samuel. Enquanto eu não tivesse a marca eu não era Luna o suficiente para a maioria.

  Assim que chegamos próximo da minha casa, o beta restante, Lucas, aparece. Menos Hugo, mas é claro depois de ser decretado ômega pelo Alfa ele não era mais aceito pelos outros. Agora, até o seu cheiro era diferente, podendo assim ser reconhecido aonde quer que ela vá.

—Parece que só sobrou eu. O sobrevivente! —Lucas brinca.

—Prefiro poucos, mas esses sendo leais ao meu lado, do que muitos sendo traidores. —isso parece ser o suficiente para calar os murmúrios.

  Aqueles que eram da matilha de Samuel uivam ferozmente após sua fala, assim como Lucas.

—Eu não temo aqueles que me querem morto, pois ao contrário do que muitos pensam o amor... o seu amor me fortalece, trás fúria para buscar ter sempre você bem ao meu lado. —aperta de leve a minha mão e aquela era a confirmação de que ele me queria bem longe de Hugo.

  E que mesmo a amizade dele sendo importante, ele preferia a paz que havíamos conquistado. Mas isso bastaria até quando?

 Mas isso bastaria até quando?

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Meu companheiro é o AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora