Larissa narrando:
Ainda não estava acreditando que Samuel havia ficado do meu lado, então por trás daquela sua postura de durão havia um homem que realmente queria o meu bem.
—Aproveitando que você está aqui, quero te mostrar nossas terras. —abro um sorriso suave e deixo que ele vá me conduzindo com a sua mão entrelaçada a minha.
Era tudo lindo... não havia cachoeira como na nossa, mas o rio aparentava ser bem mais fundo e a água mais calma, na outra margem a floresta era bem mais densa, era impressionante a diferença na luminosidade daquela região, bem mais escura por causa da quantidade de árvores altas e bem próximas umas das outras, com as copas tão grandes que apenas por algumas frestas entre uma folha e outra era permitida a passagem da luz.
—É lindo. —deixo escapar e ele olha para mim com um sorriso largo. Fico novamente desconcertada com seus olhos brilhantes me estudando. —Muito obrigada por aceitar nos ajudar.
—Você já disse isso. —ele começa a se aproximar sem tirar sua mão da minha.
—É porque você sabe... —continua vindo com passos precisos, enquanto dou alguns meio sem jeito para trás e solto sua mão. —A sua alcatéia ficará em peri-i... —sem querer fiquei sem ter para onde dar passos, estava encurralada por uma árvore com o tronco grosso.
Um sorriso malicioso se formou em seus lábios e seus olhos escuros brilhavam com a pouca claridade do lugar.
Ficou com seu corpo colado ao meu, sua respiração estava devagar e tranquila, enquanto a minha...—Nossa alcatéia... —esboço um sorriso sem jeito, sentindo minhas bochechas esquentarem.
Sua respiração está tão perto da minha que chega a fazer cócegas na minha pele.
Põe suas mãos em cada lado do meu corpo e tudo parece acontecer em câmera lenta.
Me prende com seu braço em minha cintura, uma de suas mãos segura minha nuca e a outra me aperta cada vez mais contra o seu corpo rígido. Quero sentir seu beijo, mas ta acontecendo tudo tão rápido...
Nossos lábios estavam a poucos centímetros, até que virei o rosto.—Me desculpa, mas tá acontecendo tudo tão rápido... —ele fica com uma cara de desacreditado que é muito engraçada de se ver.
—Você baixou a guarda muito fácil pra quem não queria nada. —pergunta, diminuindo ainda mais a distância entre nós.
—É que eu não sabia como parar.
—Não sabia? Ou não queria?
—Não sei. —digo ainda com as mãos no seu abdômen.
—Não precisa me segurar, não vou avançar em você. —põe suas mãos sobre as minhas. —Eu espero, até você se sentir confortável.
—Obrigada por...
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Meu companheiro é o Alfa
Lobisomem-Você é minha! -Quem disse? -Eu disse e isso já basta!