Pool

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I see swimming pools and living rooms and aeroplanes
I see a little house on a hill and children's names
I see quiet nights poured over ice and Tanqueray
But everything is shattering
And it's my mistake

Narrador:
Ainda estava ali, sentado na cadeira ao lado de sua cama, lendo na internet formas de fazer alguém recuperar suas memórias. Tinha esperanças de que pudesse fazê-la lembrar de todos os momentos nos quais estivera com ele.
O garoto sabia algumas coisas sobre isso, sabia que poderia tentar fazê-la reviver algum momento e talvez as memórias "ocultas" voltassem.
Ele conseguia lembrar de um momento importante: lembrara do aeroporto. Embora jogar café da garota fosse algo fora de questão devido ao seu estado, ele se sentira tentado a fazer aquilo.
Fitava a garota dormindo, como no metrô, tinha flashbacks dos momentos bons que tivera com ela e não se conformava de tudo aquilo ter desaparecido. Sabia que possuía um parte da culpa daquela acidente, sabia que deveria ter impedido que a garota entrasse naquele táxi, mas não impediu.

☕︎☕︎☕︎

Em alguns minutos a garota acordara e fora levada a uma sala para fazer alguns exames. Enquanto isso o garoto se direcionou á área onde possuía uma piscina de fisioterapia e também o restaurante do hospital.
Serviu-se daquela comida estranha de hospital e sentou-se em uma das mesas que eram próximas à piscina.
Ainda pensava naquele beijo, pensava se ela achava que eles namoravam, se ela havia o encaixado nesse lugar em sua vida.
Ainda estava confuso com tudo isso, não conseguia parar de pensar em tudo o que havia acontecido naquele dia, e principalmente não conseguia parar de pensar nela. Embora não quisesse sentir algo tão forte por alguém amava aquela garota.
Sentia medo de se machucar como se machucou em outros relacionamentos. Há algum tempo – quando a garota ainda lembrava de tudo – ela se sentia da mesma forma, tinha medo de se magoar.

Alguém se sentou ao seu lado na mesa, era May. Estava devastada, exausta, puta e inconformada, era perceptível até mesmo
para o garoto que nem a conhecia direito.

- Eu podia matar aquele babaca! - exclama. - Puta que pariu

Ele estava mau humorado e exausto, que com toda a certeza não teria uma conversa divertida ou animada com May.
Havia uma certa paz enquanto alguém não havia chegado ali, esse alguém era Léo.
Se jogou em uma das cadeiras ao lado de May, exalava aquele cheiro forte de bebida e cigarro. O sangue da garota parecia ferver naquele momento, enquanto Cellbit só o cumprimentou de maneira fria.

- Então era com você que ela estava no shopping? - pergunta o avaliando dos pés à cabeça

- Era

- A culpa é sua - acusa. - Se ela estivesse num carro comigo nada disso teria acontecido

- Caralho brother não sabia que você tinha uma bola de cristal - responde já um pouco irritado

- Você pode parar de ser um completo babaca depois de tudo o que você fez? - pergunta May revirando os olhos

- Já disse que o acidente não foi culpa minha! - exclama

- Puta que me pariu, você não consegue parar de mentir? - grita May se levantando da mesa. - É óbvio que foi você, seu bêbado de merda

Léo havia bebido bastante naquela madrugada no hospital, como sempre, estava claramente bêbado. Ergueu Cellbit pela camisa pegando o garoto de surpresa e o tirando da cadeira na qual estava sentado. Cellbit tentou manter a calma durante aquela situação, já Léo não ligava para manter a calma. Então arremessou para dentro da piscina (que era extremamente funda já que era uma piscina para fisioterapia).

Povs: Helena
Não voltara com notícias muito boas dos exames, havia uma grande possibilidade de um nunca voltar a andar, aquilo me devastara. Já estava quase aos prantos sentada em uma cadeira de rodas. Me sentia uma inútil sem memória e sem os movimentos das pernas.

A mulher que me acompanhava (minha mãe) tentava me fazer pensar positivo em relação aquilo, mas sinceramente era impossível.
Meu desejo naquele momento era me jogar em direção às escadas do lugar e rolar até conseguir alguma contusão grave o suficiente para morrer, porém se eu não morresse teria que conviver com mais sequelas. Então desisto da ideia.
Sigo para a área da piscina onde eu decidira comer. Apesar de estar com vergonha de ter me tornado uma pessoa inútil em uma cadeira de rodas não queria ficar naquele quarto.
Vou sem ajuda de ninguém, me sentia humilhada o suficiente naquela cadeira para pedir ajuda a alguém, me sentia uma merda, um lixo.
Chego na área da piscina e havia um tumulto na borda da mesma, não podia ir até lá, então observo a situação de longe. Nunca mais poderia ser independente, nunca mais poderia fazer as coisas por conta própria, sempre seria um peso, uma incapacitada, penso.

Vejo a garota de cabelos negros vindo em minha direção.

- Vamos sair daqui Lena - fala impedindo a minha visão

- O que aconteceu? - pergunto

Ela demora um pouco para responder.

- Um garoto se afogou - responde

- Como? Quem? - pergunto

Ao perguntar "quem?" eu não havia me tocado que não saberia quem era a pessoa.

- Esqueça - falo e sigo para fora daquele lugar

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Hey, espero que tenham gostado do capítulo.

Peço desculpas pelos capítulos meio curtos :(

Prometo tentar fazer capítulos maiores.

SE GOSTARAM JÁ SABEM NÉ? DEIXEM UM VOTO E UM COMENTÁRIO, ISSO ME AJUDA MUITOOOOoooOooOo.

like a ghost ☕︎ cellbit [book two]Onde histórias criam vida. Descubra agora