Ghost

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So I pray for the best
I pray for the best for you
I wish you could be honest
I wish you could be honest with me

Pov's: Helena

Tinha medo de ficar naquele hospital tempo o suficiente para ser substituída, todos os dias eu tinha medo de acordar e não encontrar mais ninguém ali por mim. Era fácil para as pessoas que há algum tempo eu já conhecera simplesmente fingirem não me conhecer ou me substituírem por alguém mais interessante, não lembraria deles de qualquer forma.

Estava tentando ser realista sobre o meu estado ali, porém eu só conseguia ter pensamentos completamente pessimistas, definitivamente não conseguia ver o lado bom de estar naquele lugar.

Já havia se passado uma semana que o garoto fora embora dali, eu sentia falta dele, era algo estranho. Enquanto ele estivera ali eu me sentia bem, não me sentia doente, não me sentia morta. May continuava a me visitar todos os dias, entretanto não podia ficar mais de meia hora por causa de sua mãe, diferente do garoto que estivera ali todos os momentos possíveis.

Aquela semana fora sem dúvidas uma semana difícil, ela me esgotara psicologicamente. Não havia um segundo sequer no qual eu não forçava minha mente para lembrar de qualquer coisa, mas todo o esforço sempre era em vão. Minha mente parecia bloqueada, minhas memórias estavam trancadas em um lugar no qual eu não conseguia alcançar.

- Merda Helena - me repreendo

Lembrara da melhora nos meus movimentos, isso fora bom. Talvez não fosse mais vista como uma coitadinha, embora ainda precisasse usar muletas e as vezes cadeira de rodas.

Não era incomum me ver jogando as muletas no chão, jogando um copo contra as paredes ou portas, gritando sozinha ou quebrando coisas. Eu estava estressada, isso era completamente comum segundo o médico.

Segundo o médico que fazia eu parecer um fantasma ali, assim como ele a minha família. Todos sempre agiam como se eu não estivesse presente nos lugares, falavam da minha saúde na minha frente, falavam dos meus problemas e todo o resto sem ligar para a minha presença ali. É óbvio que eu escutava tudo e mais óbvia ainda era a certeza de que minha saúde não melhoraria se eu meu psicológico estivesse tão afetado com essa "falta de cuidado".

Saio da cama na qual eu estava deitada, pego as muletas, meu celular e sigo para fora do quarto. Estava decidida a sair dali nem que por cinco minutos. Aquele hospital me deixava doente, era tudo sempre triste, notícias de mortes a toda hora, pessoas sem expressão deitadas nas camas beirando a vida e a morte, famílias destruídas, pessoas sem esperança de viver, entre outras situações nas quais não pretendia comentar ou relembrar.

Lembro que há algum tempo eu desejava ser medida  – ou minha mãe, não lembrava ao certo, mas se havia algo no qual eu realmente não desejaria era ter que estar num lugar como esses todos os dias da minha vida.

Segui em direção à saída do hospital tentando não ser notada, ser notada ali não era algo comum, logo não fora uma tarefa complicada.
Quando já estou fora do local, encho os pulmões de ar, sentia falta de estar ali fora, sentia falta de viver.

Narrador:
A garota tinha todos os seus medos esclarecidos dentro de sua mente, e o que não saía de sua mente era o medo de perdê-lo novamente, afinal, ele já estava perdido num lugar de sua memória.

O garoto estava há uma distância considerável da garota, mas não havia distância na qual faria esquecer os problemas que deixara junto com ela.
Cellbit insistia em tomar no cu, não conseguia parar de ver vídeos do canal da garota, não conseguia deixar de ver os perfis do Twitter que faziam menção a garota. Continuava se sentindo impotente, mais ainda por estar longe naquele momento.
Ele estava distraído no Twitter quando uma mensagem chegou.

Ex lena: Hey

O garoto automaticamente se perguntou o porque daquele nome no qual ela usava no WhatsApp.

Rafael Lange : ALÔ

Rafael Lange : COMO VOCE TA???????

Ex lena: melhor, consegui dar uma fugida do hospital :)

Ex lena: achei que nunca ia conseguir fugir dnv sem você

Rafael Lange: achei que ia me esperar pra fugir de novo

Ex lena: você já me levou pro lado das trevas, agora posso fugir na solidão

Rafael Lange: te trouxa pro lado das trevas

Rafael Lange: agora não tem mais volta

Ex lena: preciso ir

Ex lena: tenho uma surpresa

Helena colocou o celular no bolso, ajeitou suas muletas e quando estava pronta para seguir deu de cara com alguém, Léo.

O garoto estava indo justamente visitá-la e ficou surpreso quando a viu relativamente bem.

- Oi Lena

- Oi - responde

- Ia te visitar - diz olhando para a porta do hospital

- Nós nos conhecemos? - pergunta

O garoto para por alguns segundos.

- É claro que nos conhecemos! - exclama num tom raivoso. - Eu só precisava explicar, explicar que eu não causei aquilo!

A garota para por alguns segundos.

- Você provocou o acidente? - pergunta já num tom acusatório.

Lembrou instantaneamente de uma das conversas que tivera com May em relação ao acidente.

- Eu só preciso explicar - fala

Ela certamente não precisava de suas explicações.

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Hey, espero que tenham gostado do capítulo

Ainda tô insegura cm a fic :(

Vcs tem alguma reclamação? Vcs ainda tão gostando? Me falem

Não vou mais postar todos os dias pq me ferrei mt em algumas matérias é preciso recuperar :(

SE GOSTARAM JÁ SABEM NÉ? DEIXEM UM VOTO E UM COMENTÁRIO, ISSO ME AJUDA MUITO

like a ghost ☕︎ cellbit [book two]Onde histórias criam vida. Descubra agora