I need you

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I'm wasted, losing time
I'm a foolish, fragile spine
I want all that is not mine
I want him, but we're not right

Narrador:

O garoto havia acabado de acordar quando enviou aquela mensagem a garota, dessa forma havia acabado de acordar quando a garota ligou. Tentou associar aquela frase, formou vários sentidos para a mesma tentando não formar um mal-entendido entre eles.

- Onde você tá? O que aconteceu? - pergunta.

Helena suspirou, não sabia se estava preparada para simplesmente desabafar com ele ou enchê-lo dos seus problemas.

- Nada - suspira. - Liguei por impulso.

- É sobre o que aconteceu nessa madrugada?

O garoto estava confuso do outro lado da linha, isso se somava a sua preocupação causando um certo desespero interno nele. Em sua cabeça ele possuía uma frase.

" CARALHO HELENA, FALA LOGO"

- Uma pessoa que eu conhecia se suicidou - dá uma pausa antes de continuar. - Na minha frente.

Cellbit para por alguns segundos associando a notícia.

- Desculpa Cellbit, não deveria ter ligado.

- Onde você tá? Caralho Helena, vou te ver agora.

A garota dos olhos de cor indefinida sorri debochando de si mesma.

Por dentro a garota queria tê-lo ali, mas talvez estivesse longe demais para ele alcançá-la, talvez.

- Você quer que eu vá aí? - pergunta após vários segundos sem resposta alguma da garota. - Helena, fala alguma coisa.

A única coisa na qual passou na cabeça um tanto perturbada de Helena fora "alguma coisa".
A garota respirou fundo tentando organizar os pensamentos.

- Vou tomar banho e tirar esse resto de suicídio da minha roupa - deu uma breve pausa. - Depois eu te ligo.

O garoto senta na cama passando a mão em seu cabelo, tentando processar tudo aquilo.

- Só, não, não esquece de me ligar - diz mudando o tom de voz.

- Já esqueci de muitas coisas, não vou esquecer de você de novo - diz lembrando a frase na qual há algum tempo ele dissera a ela.

Logo os dois se despediram, mas não por muito tempo.
Helena seguiu em direção ao banheiro rezando para não ter ficado louca após aquele suicídio, nunca lidara com a morte dessa forma.

Despiu-se antes de entrar no chuveiro, ligou a água então ficou um tempo esperando que o sangue daquela garota colorisse a água.
Vários pensamentos se ocorriam enquanto a água ia contra o seu corpo exausto. "Será que ele vale a pena?" perguntou em sua mente.

- DROGA HELENA - gritou consigo mesma. - Qual o seu problema? É óbvio que ele vale a pena, sua imbecil.

Pov's: Helena
Aquela velha mania de falar sozinha parecia estar de volta. Talvez ela realmente fosse boa, gritar comigo mesma, falar em voz alta meus erros quando ninguém falava realmente parecia fazer algum efeito.

☕︎☕︎☕︎

Em menos de uma hora já estava segurando o celular com força decidindo o que fazer.
Olho ao redor prestando atenção no quarto, vejo a peruca loira jogada em cima da mesa, vejo as minhas muletas encostadas na parede, então olho meu reflexo no espelho. Era uma droga não entender quem eu era, concluo.

- Droga.

Estava cansada de viver confusa, talvez eu devesse parar de pensar tanto em tudo isso, deixar a insegurança e a merda do orgulho de lado, isso realmente valia a pena para caralho.

- Vale a pena pra caralho - digo.

Logo faço a ligação.

Pov's: May

Estava total e completamente na bosta, não conseguia entender o que havia acontecido ou que merdas eu teria que falar para a família da Soph. As lágrimas ainda escorriam pelas minhas bochechas e todos que passavam pelo meu caminho apenas me fitavam um tanto assustados.

- MAY - gritou uma voz masculina do outro lado da rua.

- Ah não - murmurei revirando os olhos.

Enxergo dois garotos atravessando a rua, claro que esse caralho de dia podia piorar. Enxugo as lágrimas e me volto para os garotos.

- Oi - digo friamente, queria que eles fossem embora.

Jota estava ali, ao lado de Léo me encarando com a mesma expressão imutável de superioridade de sempre, aquilo de alguma forma conseguia me machucar mais ainda.

- Aconteceu alguma coisa? - pergunta Léo.

Perguntou só por educação, aposto.

- Não.

- Onde a Helena tá?

- No hotel.

BEM LONGE DE VOCÊ.

- Jota você pode ficar aqui? - pergunta lançando um olhar suspeito para o garoto.

- Se você pensando em ir atrás da Helena, pode esquecer.

- Então ela é sua namoradinha lésbica agora ou coisa parecida? - pergunta num tom sarcástico.

- Não, mas se fosse ao menos seria uma namorada mais decente do que a pessoa que você será sua merda de vida toda.

O garoto engoliu a seco, então deu de ombros mandando o dedo do meio antes de sair caminhando na direção oposta à minha.

- Você sabe que ele vai lá - diz Jota.

- Eu sei que ele só sabe cagar na vida dela! - exclamo. - Ele provocou aquela merda de acidente, ELE CAGOU TUDO!

Narrador:

Helena e Cellbit teriam uma surpresa incrivelmente desagradável. Os dois garotos seguiam em direção ao hotel onde Helena estava, agora só bastava esperar para ver quem chegava primeiro. Bastava esperar para saber quem teria o coração partido.

Bastava esperar.

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HEY, ESPWRO QUE TENHAM GOSTADO.

EU DEMOREI P POSTAR PQ FIWUEI BOLADA COM AQUELA PARADA DE SITE ESPELHO, MAS JÁ SUPEREI ISSO ENT BOLA P FRENTE.

SE GOSTARAM JÁ SABEM NÉ??? DEIXEM UM VOTO E UM COMENTÁRIO, ISSO ME AJUDA MUITO.

like a ghost ☕︎ cellbit [book two]Onde histórias criam vida. Descubra agora