Hospital

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I wish that I could wake up with amnesia
Forget about the stupid little things
Like the way it felt to fall asleep next to you
And the memories I never can escape
'Cause I'm not fine at all

Narrador:

Quando a garota acordou sabia exatamente onde estava. Aquele cheiro de hospital nunca sairia de sua mente, ao contrário de várias outras coisas que haviam ido embora da mesma.
Ainda havia cenas do tal acidente passando várias e várias vezes em sua cabeça.

Debateu-se na cama do hospital assim que viu aquelas diversas agulhas enfiadas em seus braços, odiava agulhas.
Não havia ninguém em seu quarto, algo que a fez se perguntar se possuía família ou amigos.

Bingo! Aí está um dos danos daquela batida.

Não lembrava de ninguém. Se ela lembrava quem era? Sim, lembrava. Se ela lembrava de seu canal no YouTube e sua fama? Sim, Lembrava. Se ela lembrava da sua mãe, seus amigos e de todo o resto? Não, ela definitivamente não lembrava.

Não possuía consciência da existência de qualquer uma daquelas pessoas e nem de qualquer outra pessoa no mundo. Provavelmente, se até mesmo o próprio Michael Jackson passasse em sua frente, ela não o reconheceria.

Saboreou aquele sabor terrível de sangue presente em sua boca.

Ela queria alguém ali, queria saber que possuía família, queria abraçar alguém, queria poder contar com alguém, mas não fazia ideia de quem.

Pov's: Helena

Queria sair daquele lugar, queria tirar aquelas agulhas dos meus braços. Mas era aquela velha frase: querer não é poder.

Sentia muitas dores pelo corpo, inclusive em uma das pernas que parecia estar quebrada.

- Merda - murmuro

Fecho os olhos com força, meu coração palpitava. Não lembrava de ninguém, e tudo o que eu queria era lembrar de alguém. Bato a minha cabeça várias vezes contra o travesseiro.

Ouço a porta do quarto de abrir.

- LENA - grita uma garota de cabelos negros

- Oi...? - pergunto sem a reconhecer

Ela para no meio do quarto e deixa escapar um palavrão.

- Puta que pariu

Não queria perguntar quem era ela, eu parecia ser alguém importante para aquela garota. Tomo coragem para perguntar enquanto a garota ainda estava um pouco distante da cama.

- Nós... - interrompo a frase. - Quem é você? - pergunto

Ela me fita incrédula.

- Você tá de fodeção com a minha cara?- pergunta

Ela estava muito puta com aquilo, era perceptível. Embora eu quisesse mentir e a tranquilizar, não podia.

- Não tô - respondo

Ela coloca o rosto entre as mãos. Abre a boca para falar algo, mas desiste. Começa a gesticular antes de conseguir falar algo.

- Você não lembra de ninguém? Tipo, ninguém mesmo?

- Aparentemente não

Arqueou as sobrancelhas.

- Nem de um garoto loiro? - perguntou passando uma das mãos no cabelo. - De olhos claros - gesticulou.

- De ninguém - repito

- Puta que me pariu - murmura

Era notável sua vontade de me bater com uma marreta até que eu recuperasse toda a minha memória, mas também era notável sua preocupação.

Narrador:
May estava parada no meio do quarto incrédula e assustada. Pensava na grande merda que aconteceria quando o garoto descobrisse que ela não lembrava dele. Seu coração seria literalmente partido no meio.

Havia alguém no quarto ao lado e May precisava ir até lá, e foi exatamente o que ela fez.
Seguiu até o outro quarto onde Léo se encontrava. Os danos causados a ele não podiam ser comparados aos de Helena, ele estava quase intacto.
Ela queria tortura-lo por aquele acidente.

- QUE MERDA VOCÊ TEM NA CABEÇA? - pergunta exaltada

É claro que aquele acidente não fora apenas coincidência, pelo menos não na visão de May.

Enquanto uma grande confusão acontecia dentro daquele quarto, havia alguém na sala de espera do hospital.
O garoto estava ali, sentando em um dos bancos, com seus fones de ouvido e com milhões de pensamentos passando em sua cabeça. Não conseguira associar nem o beijo quem dirá o acidente. Aqueles dois eventos realmente fizeram o garoto tomar no cu.
Além te tudo não tinha ideia do estado da garota.

May pudera entrar em seu quarto, porém só ela, o garoto fora impedido. Estava angustiado, possuía medo de acidentes mas mesmo assim ainda preferia que fosse ele a sofre-lo do que a garota.
Já estava farto de ficar tanto tempo sem notícias da garota, precisava fazer alguma coisa, afinal, já estava há mais de quatro horas plantado ali.

Se levantou do lugar que estava, caminhou pelo corredor longo, inventou todas as mentiras possíveis para encontrar o quarto da garota, escondeu-se da mãe da garota e finalmente conseguiu entrar no quarto.

Ficou parado por alguns segundos quando encontrou a garota naquele estado.

"CA RALHO" gritou em sua mente.

Se sentiu um bosta ao vê-la.

A garota estava incrivelmente pálida, com alguns aparelhos ligados a ela, com uma das pernas aparentemente quebrada e com alguns cortes no rosto.

Seu coração palpitava ao ver aquela cena. Ela o fitava com uma expressão de dúvida, não se lembrava dele.



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HEYYYY ESPERO QUE TENHAM GOSTADO DO CAPÍTULO

ESPERO QUE ESTEJAM GOSTANDO DO SEGUINDO LIVRO EU ADMITO QUE TÔ INSEGURA, MAS VAMO LÁ.

SE GOSTARAM JÁ SABEM NÉ? DEIXEM UM VOTO E UM COMENTÁRIO, ISSO ME AJUDA MUITO.

like a ghost ☕︎ cellbit [book two]Onde histórias criam vida. Descubra agora