baby come home

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Baby just came back around
Told me she's leaving this town
Said she needs time to explore
She said I can't love her no more
Thinking about her
She's gone all the time
I think if you found her
That even you would know

So baby Thinking about her
She's gone all the time

Pov's: Helena

Eu estava errada, nada resolveria aquilo.
O tempo congelou o momento inoportuno de mágoas e medos, não os bons e últimos.
Não os momentos necessários para que eu vivesse, vivesse acreditando na mentira que criei.

Ele não estava feliz.
Eu não estava feliz.

A distância não nos salvou.

Todas as noites o toque do meu celular ecoava pelo quarto em que a suposta felicidade se instalara.
Todas as noites durante um ano.
Todas as noites de vício.
De drogas e alcoolismo.

Ele tinha se tornado aquilo e eu também.
Como podíamos ser tão semelhantes estando tão afastados?

Ele era o suficiente para me fazer sentir algo.

E então houve a última ligação.

— Lena...?
— Eu não sei o que falar.
ouço um resmungo indecifrável de raiva ou indignação.
— Lembra quando eu disse que eu não deixaria vc estragar? Estragar tudo que nós tivemos - diz em um tom triste
— Sim
— Por favor, volta pra casa. Helena, eu preciso de você.
— Eu tenho medo.

— Uh tá de sacanagem. — Você acha que eu não tive medo de ligar todos esses dias?

— Rafael, eu não sou mais um dos seus enigmas. Você não tem que resolver isso.

— Você não consegue entender o que eu digo? — pergunta com aquela voz típica de indignação um tanto aguda.

Fiquei segurando o celular esperando que algo surgisse na minha cabeça conturbada.

— Volta pra casa.

— Você não era feliz com ela?

— Ela não era você. Você é arte.

"Você é arte", ri sozinha. Fazia tanto tempo que não escutava isso, não escutava aquela voz.

— Eu ainda posso voltar depois de anos e fingir que nenhum tempo passou? Que nenhuma das notícias que li suas são reais?

— Eu queria poder apagar tudo que aconteceu e fingir que nada foi real também. Mas quando a gente se machuca, se fode... tomamos atitudes das quais não nos orgulhamos. Eu posso apagar tudo, menos você.

— acho que era o que eu queria ouvir, você ainda sabe como me fazer mudar de ideia...

O telefone ficou mudo por alguns instantes 

— Sem mais ligações de madrugada, por favor Rafa. Me busque no aeroporto depois de amanhã, aviso o horário quando embarcar.

Desliguei o telefone sem dizer mais nada, as vezes explicar uma atitude assim requer mais coragem do que pra tomá-la
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Depois de três anos estou aq de volta pra dar um final decente pra essa história. Me perdoem por ainda n conseguir demonstrar muito bem as características dos personagens, eu tô meio enferrujada.
Deixem comentários e votem, isso vai me deixar muito animada!!! ♡ ♡

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like a ghost ☕︎ cellbit [book two]Onde histórias criam vida. Descubra agora