Capítulo 14 - Mariana

152 12 0
                                    


Mariana

Não sei como tive coragem de fazer isso.

Eu posso tudo – meu subconsciente gritava em minha mente. É como se ele me pecha-se para dentro da água.

Começo a adentrar o mar. A água gelada perfura a minha pele, mas o álcool queima minha alma. A dor corrompe meu coração como se usasse uma faca sem ponta.

Depois de dois mergulhos saio da água tremendo e corro até o Gustavo.

- Foi bom o mergulho? – ele pergunta ficando em pé.

- A água estava superquente.

- Percebo por sua pele pálida.

- Que isso. Me da o seu casaco? – sei que é cara de pau, mas eu tô congelando.

- A água não estava superquente?

- É logico que não. Vai não custa me emprestar.

Ele não responde apenas se levanta e retira o bleizer e coloca o mesmo na minhas costas e me abraça forte.

Não sei o que me dá, mas uma onda de sono me invade eu luto para manter meus olhos aberto. Mas isso não funciona por muito tempo.

Sinto algo me segurar forte, mas com o estagio de sono tão avançado que me encontro que já não identifico mais nada.

...

Acordo num lugar apenas iluminado por um pequeno abajur e percebo que é o meu quarto. Levanto da cama e acabo tropeçando em algo. Caio no chão e uma luz é acesa.

- Que susto Mah. – Gus diz me levantando.

- Como você chegou aqui tão rápido?

- Eu estava dormindo aqui até você tropeçar no meu pé.

- Então foi em você.

- Pelo visto você não lembra do que aconteceu?

- O que acontecer?

- Nada de mais.

- O que é nada de mais pra mim nunca é nada de mais pra você Gustavo. Agora fala.

- Você disse que me amava. – ele diz serio. Eu não acredito que eu disse isso.

- Como?

- Você disse que me amava. – ele repete super calmo. Depois de vario minutos nos entre olhando ele começa a rir. – Você deveria ter visto a sua cara de espanto.

- Você é louco... Eu não disse isso mesmo, né?

- Não, mas e se tivesse dito que mal teria?

- Você poderia achar que eu gosto de você.

- Quer dizer que você não gosta de mim?

- Eu... eu... eu gosto de você como um amigo. – tento arranjar uma desculpa, mas isso acaba saído muito mal.

- Sei que é ó como amigo.

- É só como amigo. – digo tentando manter a calma.

- Confesso que eu te considerava mais que amiga.

- Mais como? – será que ele...

- Como uma irmã, amiga, companheira e meu ponto fraco.

Tenho que admitir que me decepcionei com sua resposta, mas é sempre bom manter o inimigo por perto e no meu caso é o amor. O amor que sinto por esses olhos, esse cabelo todo aquele ser.

Será Que Vou Te Encontrar?Onde histórias criam vida. Descubra agora