Capítulo 15 - Mariana/Gustavo

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Mariana 



- Eu estou apaixonada por você e depois de hoje duvido que consiga olhar na sua cara novamente, mas eu não aguento mais olhar pra sua cara e ver que você só me enxerga como sua amiga barra irmã. Mão quero isso pra minha vida. Chega cansei de ficar sofrendo quando a gente ia numa balada e você pegava uma garota na minha frente. Cansei de te dar conselhos amorosos e você vir me pedir pra te acobertar quando teus pais ligassem... Se bem que eles nunca ligaram. Mas chega. Dá o fora da minha casa,

- Mah me escuta... – o corto de imediato.

- Escuta aqui você. Escutar você dizendo que não sente o mesmo que eu? Não obrigado, não quero. E se você sinta mesmo que até uma  simples amizade por mim não faça isso.

- Só que eu gosto de você Mah.

- Como amiga. – imito a voz dele – Disso eu já sei.

- Eu gosto de você mais que amiga, irmão, companheiro, um ponto fraco meu. Eu já até me peguei imaginando a gente junto, mas eu não sei o que isso ao certo significa. Não consigo identificar se é amor, desejo, paixão, fascinação ou amizade. – o conto.

- Dá o fora já disse e não quero repetir.

- Mah eu sei que você é melhor do essa Mariana que eu estou vendo agora.

- Não, não sou. Só existe uma Mariana e é essa que você está vendo . Essa Mariana que não tem medo de fugir de casa para tentar ser feliz, essa Mariana que é tola em acreditar que o amor que ela sente vai ser correspondido é que não existe mais. – depois de falar tudo o que estava prezo na minha garganta entro em casa e mais uma vez mando ele ir embora.

Subo a escada aos prantos. Acho que nunca chorei tanto na minha vida como choro agora. A dor de ser rejeitada é horrível, sem explicação e sem vontade de ir embora. Corrompe o meu coração de tal forma que não consigo nem raciocinar. Direito.

- Eu não vou embora até a gente resolver essa situação.

Eu tô com tanta raiva que pego a primeira coisa que vejo na minha frente e jogo nele que grita de susto junto com o barulho de cacos de vidro se espalhando pelo chão.

- Você estava a minutos atrás dizendo que me ama e agora tenta me matar! Que amor é esse? – ele grita lá de baixo.

- Cala a sua boca e vai embora.

Pego meu celular e coloco a música I Know You Care e entro debaixo das cobertas e depois de tanto chorar adormeço.

...

Acordo assustado e vejo o Gustavo dormindo ao meu lado tranquilamente e então percebo que tudo não passou de um sonho ruim e desesperador demais. Tempo não me mexer tanto na cama na hora de sair da mesma, mas não funciona e acabo acordando o Gus que tem o sono superleve.

- Você está bem? – ele pergunta se sentando na cama junto comigo.

- Por que não estaria?

- Você começou a resmungar algumas coisas em quanto dormia.

Puta que pariu! – exclamo pra mim mesma.

- O que eu resmungava?

- Você mandava alguém ir embora.

- Eu disse quem era?

- Não, mas pelo jeito com que falava parecia bem magoada com a pessoa.

-Deveria ser porque ela merecia.

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