Gustavo
A Mah acabou conhecendo a Gi e eu com essa boca grande que tenho acabei falando o que não devia.
- Fala logo Gustavo.
- A Gi me deu a vida novamente. - tento enrolar para não entrar no assunto.
-Explica esse assunto direito Gustavo.
- Não quero falar sobre isso é doloroso. - digo e vou até a janela atrás da mesa. Percebo a chuva leviana cair lá fora e mesmo que ela não me molhe sinto os pingos perfurarem meu coração.
Sinto a Mah por a mão no meu ombro e depois encosta a cabeça em cima.
- Como ela te devolveu a vida Gus? - por instinto numa fração de segundos a abraço e ela não néga.
- Se hoje eu estou aqui foi porque aquela menininha sapeca, engraçada e falante me salvou da morte e agora é a minha vez de ajudar.
- O que ela fez pra você? - não largo do seu abraço e me sento na cadeira e coloco ela no meu colo e a mesma não se néga.
- Eu tinha 10 anos quando tudo aconteceu, na verdade num dia como esse meio chuvoso. Eu passei muito mal e meus pais me levaram ao hospital e o médico me diagnosticou com Leucemia. Minha mãe estava gravida da Giulia e mesmo que fosse compatível não poderia doar a medula... - ela me interrompe.
- Que dizer que já estava bem avançada a doença?
- Sim, a quimioterapia não adiantaria muito, mas mesmo assim necessária. Meu pai fez o teste e deu negativo e ai entra ela. O médico disse que ela sendo minha irmã tinha muitas chances de ser compatível e ela era.
- Te salvou com o cordão umbilical. - ela diz se soltando do meu abraço e apoia a cabeça na minha clavícula.
- Eu tive uma complicação e por pouco não morri e agora a Gi também foi diagnosticada com Leucemia e está fazendo tratamento e a cirurgia ficou marcada pra daqui duas semanas. - explico o que posso para não chorar.
Aliso seu cabelo enquanto ela coloca as pernas em cima do braço da cedeira.
- Isso deve ter sido difícil pra todos vocês.
- Esse é o único motivo para eu querer seu médico.
- É uma bela homenagem.
Ficamos um bom tempo assim até que alguém pate na porta.
- Também quero um abraço! - vejo aquela cabeleira loira e com olhos num tom de azul escuro chegar perto da gente.
- Ei gatinha, vem aqui.- Mah a chama e ela vem correndo em sua direção.
- Ela gostou de você. - digo no seu ouvido.
-E quem não gosta de mim. - ela diz pegando a Gi e colocando em seu colo.
- Modesta.
- Quem é modesta Tavo?
- Uma pessoa que gosto muito meu amor.
- Ah... E quem é ela?
- Uma ruiva ai. - Gi me pucha e se aproxima da minha orelha.
- E essa ruiva seria a que está no seu colo e que eu estou no dela?
- Sim.
- Que lindo. - Mah fala - O que vocês tanto cochicham?
- Sobre vo... assunto de família. - Gi se enrola com a desculpa e eu acabo dando risada.
- O que você queria pequena? - digo acordando a Gi que já esta quase dormindo com Mah mexendo no seu cabelo. Nem dorme fácil essa menina.
- Mesa...Café - ela fala entre bocejos.
- Você quis dizer café na mesa... - a corrijo e ela me olha feio.
- Você entendeu. - ela diz com bico.
- Eu tenho que ir embora. - Mah diz.
- Você pode ir depois do café? - Gi pergunta com uma carinha que chega a dar dó.
Mah me olha com uma cara de quem tem medo de dizer não.
- Seu pais não vão brigar com você o Tavo liga pra eles avisando... vai fica... - Gi quase implora.
- Tudo bem domo Giulia.
- Por que vocês dois estão com cara de choro?
- Não é nada.
- Tem certeza?
- Sim.
Levantamos e fomos até a sala de jantar a onde a Sara preparou um monte de coisa pra gente.
A sara é como uma mãezona pra mim e pra Gi . Ela que ajudou a minha mãe a cuidar de mim quando fiquei doente e a criar a Giulia, já que a minha mãe parava mais no hospital comigo do que com a filha recém-nascida.
Meus pais sofreram um novo baque quando descobriram que a Gi também tinha Leucemia e precisaria de um transplante de medula óssea e quando os médicos disserem que se ela não fizesse esse transplante em menos de um mês ela poderia morrer. Esse foi um dos motivos pelo qual fui embora da casa de campo da Mah.
A Gi estava muito mal, uns dias depois os médicos soutam uma bomba dessas não há família que aguente.
Paro pra reparar o tão próximas a Gi e Mah ficaram em tão pouco tempo.
- Tavo... Tavo?
- Terra chamando Gustavo? - Mah fala e eu desperto esse devaneio.
- Sim?
- Por que você não convida a Mah pra sua festa de casamento?
Nesse momento meu mundo acaba, meus olhos correm na direção da Mah e vejo que ela não gostou muito dessa parte.
- Eu tenho que ir embora. - ela diz levantando-se e caminha até o quarto em passos rápidos.
Levanto-me e corro atrás dela. A mesma entra no meu quarto e pega suas roupas entro em seguida e tranco a porta.
- A onde você vai?
- Voltar pra casa, lugar da onde eu não deveria ter saído.
- Mah não ligue pra o que a Gi falou.
- Como não ligar? Como não ligar pra uma coisa como essa Gustavo? - ela diz tacando as coisa que estava em suas mãos no chão - Como eu vou esquecer isso? Me diz. - ela diz chegando pero de mim.
- Só não esquece que eu te ama. - digo segurando o seu braço.
- Me ama tanto que casa com outro. Que tipo de amor é esse Gustavo? - ela diz aos pranto.
Me aproximo dela e agarro a mesma pela cintura, beijando-a em seguida. Nossos corpos são como fogo e gasolina, que quando entram em combustão pegão fogo.
...
- Porque você faz isso comigo? - ela pergunta.
- Não sei. - digo trazendo ela mais perto e faço cocegas.
- Para...para... Eu tenho que ir embora.
- Já anoiteceu dorme aqui.
- Mais uma noite. - ela diz afundando o rosto no meu peito nu.
- Eu te amo. - digo e percebo ela sorrir.
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Será Que Vou Te Encontrar?
Novela JuvenilMariana é uma jovem simpática e extrovertida, que junto com as amigas Natasha e Daniela aproveita a vida em quanto pode. Filha de uma família tradicional carioca é obrigada pelos pais a fazer algo que não estava em seus planos para o futuro. E tudo...