capitulo 5: vidalogia

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Eu esperava que ele fosse um cara mais simpático, educado ou que demonstrasse o minimo de animo por estar dando aula, ao contrario do sr.Dean, mas esse simplesmente é o melhor professor de Biologia que vi em toda minha vida escolar!!

E tudo se multiplicou por mil quando ele veio com a notícia de que possivelmente iriamos fazer uma viagem escolar em prol da Biologia!!
Ele usou a palavra "possivelmente" o que tecnicamente ainda não é algo certo, mas tambem algo que provavelmente possa acontecer.
E isso gerou alvoroços de parte de todos.
Nunca que um professor havia proposto algo parecido nessa escola.
Jessyka já queria chorar e estava apaixonada pelo professor.
se tudo desse certo viajamos daqui a 2 meses por 2 dias (sabado e domingo) num sítio que é dos pais do professor (que por sinal leva o nome de um anjo, Raphael) onde ele usou de sua sabedoria para aproveitar e criar seu próprio "centro de pesquisas" enquanto estava na faculdade, e assim conseguiu fazer ótimas teses e trabalhos.
Ele decidiu manter e desde então criou um projeto onde levava seus alunos todo ano para conhecer e conseguir ter uma experiência mais realistica do que ler textos em livros, videos da internet e um professor fazendo gestos com as mãos para tentar explicar.
O ponto é que seria mais fácil estudar as plantas vendo elas em seu habitat natural do que o professor mandar você colocar um feijão em uma almofadinha de algodão molhado e ver o que acontece.
E não era só isso, não meu caro...
Nós iremos acampar!! Sim isso mesmo!
Como somos muitos e a casa de lá só contem 3 quartos e o galpão e o celeiro(onde não creio que as pessoas irão querer dormir) não daria para todos ficarem apertados, então cada um levaria seu saco de dormir (ou barraco) e iriamos dormir no campo, ao ar livre, com direito a fogueira, música e estrelas brilhantes no céu!!
Com isso fiquei pasma, eu nunca tinha saído da escola para um evento como esses, onde misturavam aprendizado e diversão.
Ele já tinha o respeito de todos, além do mais, era mega engraçado!
Logo disso, todas as turmas foram convocadas para o auditório principal, onde a diretora daria algumas palavras.
Nos organizamos e descimos até lá, no caminho avistei Nate, nos olhamos e lembrei do dia anterior, seus olhos delatavam que ele ainda se sentia culpado, sorri de lado levemente para que ele se desse conta de que não era culpa dele, ele só queria me defender de um certo alguém sem educação.
Seu rosto pareceu se aliviar e sorriu em resposta.
Jessyka me puxou mais rápido, desde que ela tinha se declarado culpada e foi obrigada a pedir desculpas, além de chamar os pais, Andy a perseguia como que querendo se vingar em silêncio, por isso Jessyka vivia fugindo de perto dela, temendo pelos seus cabelos de arco-íris.
O que era patético visto que ela já tinha feito algo sem pensar nas consequências.
Ela só não foi suspensa, porque seria o cúmulo do histórico escolar da Jessyka, logo no segundo dia de aula.
Chegamos ao auditório e já estava quase lotado pela presença dos alunos, no palco improvizado estavam os membros da coordenadoria e os donos da instituição.
Era normal que eles viessem dar as boas vindas somente no 2°dia e não no 1°.
Jessyka me puxou para um canto onde também se encontravam alguns de nossos colegas.
Sentei ao lado de Jessyka e ao meu lado ficaram 2 cadeiras vazias.
Estava observando o lugar já que Jessyka tagarelava como nunca sobre o novo professor.
Quando vejo que Roy entra na minha fileira mas freia os pés ao me ver, e excita em "sentar ou não sentar" já que seus amigos que vinham atrás dele o empurravam. Fiquei paralisada e em dúvida sobre colocar ou não minhas pernas em cima dos dois bancos para que eles fossem embora.
Mas antes que ele pudesse pensar e eu decidir, sinto as cabeceiras do banco balançarem e em um reflexo ninja alguém pula de trás e se senta ao meu lado.

-posso sentar aqui ?- perguntou o japones mestiço com um sorriso colocando um braço sobre meu ombro.

Era Nate.
Ao ver que ele tinha feito isso para afastar Roy , sorri.
Ao lado do Nate também pulou de trás um dos seus amigos, ocupando assim todos os bancos.
Ele nem precisou olhar para Roy, para saber se ele tinha ido embora, porque deu para ouvir seus bufos.
Eu e Nate demos uma risada abafada.
Logo deu um comprimento de brothers para seu amigo pela missão cumprida.
Ouvimos tudo o que os dirigentes tinham a dizer, os novos Professores foram apresentados, e já era de se esperar na hora em que falaram:

-Raphael Dylan..

Aplausos calurosos com direito a assovios vieram de parte dos alunos.

Logo todos voltamos para nossas respectivas salas.
Senti vontade de ir ao banheiro, então me dirigi até lá, esperava a compania de Jessyka, mas ela estava de papo com um dos seus milhares de amigos espalhados pela escola.
Tive que ir sozinha, ao sair , as pessoas ainda andavam pelos corredores, fui andando entre eles, quando escuto alguém chamar pelo meu nome.
Me viro e vejo que é o branquelo do Roy.
Bufo revirando os olhos e dou meia volta acelerando o passo, mas ele vem correndo até mim.

-ei ei, espera!

Pela sua insistencia parei me virando e cruzando os braços.

-o que você quer?- perguntei sem paciência

-calma ai, juro que não quero briga- falou balançando as mãos em defesa.

Aquilo não estava me cheirando bem, mas como a boa pessoa que eu era e preservava, o escutei com atenção.

-pode falar.

-eu queria uma trégua, começamos mal, tivemos mal entendidos, mas eu não sou o tipo de pessoa que guarda rancor, tenho outras prioridades..., por isso eu proponho que comecemos do zero!

Estendeu sua mão para que eu apertasse.
O que?!
Tudo estava muito estranho, seu jeito, suas palavras.. Não sabia dizer se eram verdadeiras.
Olhei para os dois garotos atrás dele que o acompanhavam, não delatavam nada.

-amigos?..

Falou novamente estendendo ainda mais a mão e juntando as sombrancelhas, fazendo com que seu olhar ficasse algo "sou do bem".

Não sabia o que fazer, se acreditar que ele realmente tinha se arrependido ou se apenas estava zuando com a minha cara.
Mas como eu era uma pessoa que não era de ter richa com outros, cedi.

Quando nossas mãos se tocaram, vi que seu sorriso aumentou.

Mas não porque eu tivesse aceitado.

Mas sim porque ao apertar sua mão senti uma corrente elétrica que me fez recolher a mão após e dar um grito.

Ele tinha um botão de choque!!

Que coisa mais baixa!!!
Ele era baixo!
Infantil
Sem graça
Otario.

Urgh!!!

Ele começou a rir junto dos seus amigos como se tivessem feito a piada do ano.
Fechei as mãos em punho.
E os olhei com raiva.

Não, não com raiva.

Com fúria!!

Respira Angel, respira muito fundo...

Estava soltando fogo na respiração

Estava rangendo os dentes

E estava precisando de paz!!

Mas isso não ia ficar assim.

Me acalmei e refiz minha estrutura.
Me aproximei dele, e peguei sua mão que tinha o botão de choque, o peguei desprevenido, ele parou de rir.

Senti o choque percorrer meu braço e causar incomodo , mas não era comparado ao desejo de matar o garoto que estava na minha frente.

-inimigos!...

Falei coma voz firme.



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