Capitulo 10: sonhe e batalhe

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Coloquei meu vestido marrom de flores, minha jaqueta jeans e meu coturno.
enrolei as pontas do meu cabelo e fiz uma maquiagem leve.
Esse era um dia especial, acordei cinco horas da manhã de tanta ansiedade.
Tomei banho duas vezes depois de ir na cozinha tentar fazer uma batida de banana e mamão, quando esqueci a tampa e voou frutas por todo lado.
Fiquei nervosa mas logo me recuperei.
Mamãe estava de repouso, assim que eu tinha que fazer seu café da manhã, papai fazia o dele.
E tia Fawn trazia uma sopa para o almoço dela.
Eu ia na casa do Nate almoçar, morava com a avó e a mãe, o pai estava no Japão.
A mãe e a avó estavam apaixonadas por mim, já queriam que eu fosse morar com eles.
Nate era muito carinhoso e atencioso, me contava anedotas de quando morou no Japão por um tempo, abraçados na cama dele.
Seu quarto era iluminado pela luz que atravessava a cortina da janela.
Haviam vários desenhos na parede de personagens de mangás que ele fazia.
Havia um desenho de mim, o que amolecia meu coração que só sabia pensar e não sentir.
Ficavamos em silêncio mas como se nos comunicassemos nele.

Peguei minha bolchila e deixei de lado meus devaneios.
Papai já me esperava no carro, dei o último gole no meu café e fui até ele.

.....

Nate segurava minhas duas mãos, estava gelada.
Eu seria chamada daqui a pouco para subir no palco junto aos outro dois candidatos.
Todos os alunos estavam no auditório.

–vai dar tudo certo ok?- falou beijando minha testa e logo olhando nos meus olhos.

Ele me transmitia confiança, assim que na hora me senti mais segura, fiquei tres meses exigindo tudo de mim, era hora de relaxar um pouco. Devia levar na esportiva mesmo que fosse importante pra mim.

–tudo bem, acho que to melhor agora.

Segurei seu rosto e o beijei.
Senti borboletas no estomago com a sensação que os lábios quentes e úmidos dele causavam.
Ainda tinha sua barba que crescia, pinicava meu queixo.

–acho que alguém deve conhecer o sr.prestobarba.

Ele riu me segurando em seus braços pela minha cintura.

–eu achei que estava sexy, e que me dava um ar de adulto...

–te deixa bonito, mas chega um ponto em que precisa aparar não acha?

–tudo bem, se minha namorada quer não tenho como negar.

Lhe lancei um sorriso tímido.

–ok, mas vamos parar com demonstrações de afeto em público- falei me desvencilhando dos seus braços.

–verdade, no meu quarto seremos mais livres- sorriu safadamente.

O repreendi com o olhar.

–shiu!, quem escutar vai achar outra coisa sobre o que fazemos no seu quarto...-susurrei

Ele apenas se calou e olhou para o palco.

–Angel, ei Angel!

Olhei para quem me chamava, era a professora Emma de Literatura universal.

–vem aqui, sobe logo!

Fui até ela que se encontrava em um canto do palco.
Subi as escadas traseiras e me sentei ao lado dos outros dois que eram garotos.
Olhei para Nate que estava com seu amigo, ele piscou para mim.
Sorri de volta.
Começou um longo discurso e todos falaram alguma coisa, inclusive eu, tive que falar meus principios e objetivos.
Até o momento mais esperado...

–E completando os votos depois de discutirmos quem seria o melhor representante do nosso jornal escolar, chegamos a conclusão de que....

O coração disparado, mãos suadas a frio, respiração inexistente...

Garoto InfernalOnde histórias criam vida. Descubra agora