Capitulo 13: Tia Alice

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-Então..., podem me explicar o motivo para terem feito os alunos dessa escola jogarem comida um nos outros como animais?

A diretora estava enfurecida, Roy e eu estavamos sentados à sua frente sem conseguir olhar nos olhos da leoa.
Também não conseguia entender porque Roy não tinha entregado Jessyka ainda, já que não gostava de levar culpa pelo que não fez.
Eu não podia falar que tinha sido ela, já tinha livrado ela de muitas encrencas, é isso que acontece quando existe uma amizade entre uma garota de boa conduta e outra que ama o perigo.
Mas agora estava em jogo meu comportamento, eu era a nova jornalista da escola e agora estava sendo acusada de incitar o vandalismo! Eu não sabia o que fazer, o que se faz em uma situação dessas?

-Não era minha intenção diretora, eu assumo que comecei um pequeno desentendimento com minha colega de classe, mas não esperava que houvesse uma revolta grupal no refeitório, estou arrependido e assumo total responsabilidade pelos atos, e vou aceitar o castigo que mereço. Mas minha colega não tem culpa...livra ela.

O que ele estava fazendo?
Era isso mesmo!, Roy estava se culpando e sendo legal comigo?
O encarei para olhar em seus olhos, mas ele evitava contato, parecia tímido por estar falando tudo aquilo, como se realmente ele tivesse culpa!, o que era verdade em parte, se ele não tivesse jogado nada em mim, não estariamos aqui agora.

-muito nobre da sua parte, sabia da sua ótima conduta sr.Valentino, então não me surpreende, apenas o fato de que é a segunda vez que vos tenho aqui em minha sala, e por mal entendidos novamente, eu não esperava isso de excelentes alunos, afinal o que há com vocês?, será que vou ter que chamar um psicólogo para os dois?

-Não!!- respondimos juntos.

-não vai ser necessário, não vai mais acontecer, prometo, certo Roy?...- o encarei, aquilo precisava acabar logo, antes que acabasse com minha reputação

-sim, não vai mais se repetir- falou seco.

-ótimo!, viram como é fácil resolver as coisas!, agora quero ver os dois apertando ao mãos- a encaramos- para mostrar que já serão amigos, andem!

Duvidei em apertar a mão do Roy, ainda mais quando lembrei da última vez que fizemos isso.
Mas não tinha outra opção, assim que os dois estendimos as mãos ao mesmo tempo e apertamos levemente.
Pelo visto ele também havia se lembrado do fatídigo dia, pois sorriu maliciosamente relembrando.

-Amigos?- perguntou

Ele não presta!

-Amigos...-falei com um sorriso entredentes

••••

Estava em casa e não no SMJE, tinha que tomar banho e lavar meu cabelo.
Além de que eu tinha que cuidar da mamãe..

Espera!

A Hanna já nasceu!
Eu tenho que ajudar minha mãe, tia Fawn não pode ficar aqui o dia todo, ela tem 2 filhas pra dar atenção.
Mas eu também tenho que ficar 3 horas no SMJE para fazer meus artigos, e ainda tem a viagem!
E agora?
Eu vou ter que conversar com a diretora, eu não posso deixar minha mãe sozinha!
Ela ainda estava no hospital, iria sair hoje à noite.
Estava me vestindo, Nate estava na sala me esperando para ir na casa dele almoçar novamente, tia Fawn queria que eu fosse na casa dela, mas eu não queria encomodar mais.

-pronta! - falei indo até ele.

-humm! Deixa eu ver se ta cheirosa

Ele me agarrou e fungou o rosto no meu pescoço cheirando.
Dei uma risada alta e o empurrei, a barba fazia cócegas.

-Para Nathan Karahari!- falei tentando ser séria- imagina se meu pai entra e ve a gente assim!, ele até aceita nosso namoro, mas também não vai ficar feliz se ve a gente se agarrando no meio da sala.

Garoto InfernalOnde histórias criam vida. Descubra agora