capitulo 18: olho no olho e estrelas no céu.

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O empurrei e me levantei rapidamente.

Meu coração batia descompassado e minha cabeça estava confusa.

–por que você fez isso!!!!- gritei com raiva

Ele por sua vez parecia um pouco sem jeito.

Me encarou nos olhos.

– você sabe muito bem porque...

Engoli seco

– isso não te da o direito de me beijar!, eu tenho namorado!

– isso não implica em nada!, você vive fugindo disso que também ta sentindo, acha que assim vai deixar de sentir? Não! Pelo contrário, eu sinto que cada vez que você me olha não me odeia mais como antes, assim como eu, eu já não te acho tão patética, e eu não escondo mais isso...

Não sabia o que falar, eu sentia que queria chorar, tudo era tão mais tão confuso que eu queria explodir!

Ele se aproximou de mim, e meu corpo entrou em alerta.

– fica longe de mim!

– porque você insiste em negar?!!!-  segurou meu braço

Suas palavras eram como granadas explodindo em meu ouvido.
Em um impulso de raiva o empurrei no lago.

– não fala mais nada!, eu não quero escutar!

Fui subindo a ladeira, e escutei Roy gritar.

– Angel me ajuda!

Não liguei

– eu não sei nadar!

Ri daquilo

– me poupe Roy, você vivia falando dos seus passeios em yates e agora não sabe nadar?!!

Ele não respondeu

Bufei

Quando cheguei no alto novamente olhei para o lago.
Ele não estava.

– ótima atuação!

Fiquei esperando ele aparecer.

Nada.

Minhas mãos já estavam inquietas, e minhas palpitações aceleradas.

– ele já vai sair- disse para mim mesma- e vai rir da minha cara como sempre faz...

Mais 13 segundos e meu sangue gelou.

Desci apressadamente e sem mediar me joguei no lago com o coração na boca.

Mergulhei e vi seu corpo, rapidamente o peguei pela cintura e nadei com os pés até a superfície.

O tirei com dificuldade, era pesado.

Fiz o que tinha aprendido na aula de primeiros socorros, e apertei o peito em pausas, com profundidade de 3cm.

Logo ele já estava cuspindo a água.

Respirei aliviada, mas todo meu corpo estava em colapso nervoso.

Me joguei ao seu lado semi- morta.

Ele estava de olhos abertos mas não falava nada.

Passei minha mão na frente do seu rosto.

–terra chamando Roy...

Ele levantou e encarou o lago, para logo me encarar.

– agora eu que peço, não se aproxima mais de mim.

Garoto InfernalOnde histórias criam vida. Descubra agora