Estava pelos corredores procurando a Jessyka, mas últimamente ela tem estado muito estranha, parecia que estava escondendo alguma coisa de mim.
Fui andando em direção à nossa sala, cheguei e sentei no meu lugar.Roy já tinha chegado, estava rodeado dos seus amiguinhos ricos do 3° ano.
Eu uso geralmente o termo "ricos" porque é o que são.
Vivem a passear pelos corredores como se fossem uma facção, e ficam falando e rindo alto sobre as coisas fantásticas que fizeram no fim de semana, em uma mistura de piscina, corrida de carro entre eles e passear em yates.
Eu adoraria fazer essas coisas, mas meus pais também não chegam a ser milhonarios, as vezes achava injusto essa desigualdade, mas não estava julgando ninguém, era o dinheiro deles, eles decidem como gastar.
Já estava demorando para ele perceber que eu já tinha chegado.
Começou a tacar bolinhas de papel na minha cabeça......!!
Me virei e o encarei séria,
-você não tem mais o que fazer?
Ele riu
-tenho, mas acho mais divertido te ver irritada- falou jogando uma bolinha ao alto.
Eu abri um sorriso em meio a uma risada forçada.
-então não vou te dar esse gostinho, vou sorrir até não poder mais.
Levantei uma sobrancelha e logo me virei para o livro que estava lendo.
Ele parou, e depois de um tempo sorri vitoriosa.
Eu até poderia reclamar com a diretora, contar para Nate (ele não sabia), ou evita-lo a todo custo, mas de nada ia adiantar.
Ele tinha uma bolha invisível ao redor dele que o protegia de ter culpa.
Sua voz e seus gestos faziam com que as pessoas gostem dele no primeiro ato.
Até as faxineiras já o conheciam, longe do que para ele era desagradável, ele atuava como um lorde.Peguei meu celular e vi uma mensagem de Nate.
Nate
"Vamos sair hoje depois da escola?"
Eu :"Ok, onde ? Você já ta na escola"
Nate
"É surpresa, não, vou chegar atrasado"
Achei ele estranho, mas adorei a ideia de sair com ele, faz um tempinho que já não ficavamos a sos.
Além de ainda não termos....bom....her.....beijado.
Mandei uma mensagem pra mamãe avisando, ela adorava o Nate.Jessyka chegou escutando uma música alta, e sorrindo como nunca na direção do Roy.
-fala serio Jessyka...
-que foi?- perguntou se virando pra mim confusa
-você dando mole pro Roy!.- susurrei
-Af Angelzinha, ta com ciúmes de mim é..., fica não, eu ainda sou sua melhor amiga..- falou com uma voz fina e passando a mão na minha cabeça como se eu fosse um cachorrinho..
Suspirei
-definitivamente não se trata de ciúmes e sim pra quem você esta dando mole..
-mas o Roy é perfeito, se tem alguém errado nessa história sou eu.
-esquece, tentar te convencer do contrário é a mesma coisa que tentar te convencer de que unicornios não existem..
Ela fez seu olhar infantil com um biquinho
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Garoto Infernal
Teen FictionAngel Park O que acontece quando você coloca amor e ódio na mesma questão? Nem tudo que planejamos acontece. O destino as vezes pode ser cruel. Ou não. Só você escolhe.