Capitulo 8: Vamos sair?

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Estava pelos corredores procurando a Jessyka, mas últimamente ela tem estado muito estranha, parecia que estava escondendo alguma coisa de mim.
Fui andando em direção à nossa sala, cheguei e sentei no meu lugar.

Roy já tinha chegado, estava rodeado dos seus amiguinhos ricos do 3° ano.
Eu uso geralmente o termo "ricos" porque é o que são.
Vivem a passear pelos corredores como se fossem uma facção, e ficam falando e rindo alto sobre as coisas fantásticas que fizeram no fim de semana, em uma mistura de piscina, corrida de carro entre eles e passear em yates.
Eu adoraria fazer essas coisas, mas meus pais também não chegam a ser milhonarios, as vezes achava injusto essa desigualdade, mas não estava julgando ninguém, era o dinheiro deles, eles decidem como gastar.
Já estava demorando para ele perceber que eu já tinha chegado.
Começou a tacar bolinhas de papel na minha cabeça.

.....!!

Me virei e o encarei séria,

-você não tem mais o que fazer?

Ele riu

-tenho, mas acho mais divertido te ver irritada- falou jogando uma bolinha ao alto.

Eu abri um sorriso em meio a uma risada forçada.

-então não vou te dar esse gostinho, vou sorrir até não poder mais.

Levantei uma sobrancelha e logo me virei para o livro que estava lendo.

Ele parou, e depois de um tempo sorri vitoriosa.

Eu até poderia reclamar com a diretora, contar para Nate (ele não sabia), ou evita-lo a todo custo, mas de nada ia adiantar.
Ele tinha uma bolha invisível ao redor dele que o protegia de ter culpa.
Sua voz e seus gestos faziam com que as pessoas gostem dele no primeiro ato.
Até as faxineiras já o conheciam, longe do que para ele era desagradável, ele atuava como um lorde.

Peguei meu celular e vi uma mensagem de Nate.

Nate

"Vamos sair hoje depois da escola?"

Eu :"Ok, onde ? Você já ta na escola"

Nate

surpresa, não, vou chegar atrasado"

Achei ele estranho, mas adorei a ideia de sair com ele, faz um tempinho que já não ficavamos a sos.
Além de ainda não termos....bom....her.....beijado.
Mandei uma mensagem pra mamãe avisando, ela adorava o Nate.

Jessyka chegou escutando uma música alta, e sorrindo como nunca na direção do Roy.

-fala serio Jessyka...

-que foi?- perguntou se virando pra mim confusa

-você dando mole pro Roy!.- susurrei

-Af Angelzinha, ta com ciúmes de mim é..., fica não, eu ainda sou sua melhor amiga..- falou com uma voz fina e passando a mão na minha cabeça como se eu fosse um cachorrinho..

Suspirei

-definitivamente não se trata de ciúmes e sim pra quem você esta dando mole..

-mas o Roy é perfeito, se tem alguém errado nessa história sou eu.

-esquece, tentar te convencer do contrário é a mesma coisa que tentar te convencer de que unicornios não existem..

Ela fez seu olhar infantil com um biquinho

Garoto InfernalOnde histórias criam vida. Descubra agora