Não sei se ria ou chorava.
Mas o nome daquele lugar me parecia curioso.
Fomos olhar os cavalos e o campo, um homem cuidava dos cavalos, era o tal de Rob.
Também ao fundo haviam as árvores altas da floresta.
Ela tinha uma aura curiosa, chamativa, misteriosa...
Fiquei tão instigado que todos foram andando e fiquei para trás com o professor até ele me tirar dos meus devaneios.–Roy?, vamos, o almoço já deve estar.
–ah, claro.
–gostou da floresta?, é bonita não é..., e traiçoeira!, você entra la e só sabe ir e ir mais para dentro, até se perder...
–muito bonita mesmo, o senhor já se perdeu la?
Ele riu
–senhor?, não sou tão velho, pode se referir a mim como você mesmo.
Sorri , ele era professor, merecia respeito, mas era tão amigo que não sabia como me referir a ele.
–ok, você já se perdeu ali?
–sim, quando era criança, mas eu tenho um segredo, eu descobri uma maneira de voltar, e também que...
Ele pareceu pensar sobre me contar ou não.
–não precisa me contar se não quiser.
–não, você pode saber, é que prefiro te mostrar pensando bem agora, vamos fazer assim, depois de irmos estudar as ervilhas,me encontre aqui no campo, vou te mostrar um lugar.
Aquilo me animou, ninguém sabia, mas eu já conhecia Raphael, ele era meu professor, não na escola, mas sim meu professor de música.
Algo que também ninguém sabia, eu amava a música, apenas Raphael sabia.–ah, pai, não se atrasa, o almoço já deve estar na mesa.- Raphael disse se virando para Rob.
–ele é seu pai?
–sim- falou
–então Vera é sua mãe?
–sim...
–porque os chamou pelos seus nomes para nos apresentar?
–não sei, sempre os apresentei pelos seus nomes quando trazia meus alunos, eles nem me chamam de Raphael, me chamam de Ed, por causa de Dylan.
–Dylan?
–sim, meu segundo nome, quando eu era pequeno falava para todos que me chamava Edylan, eu falava mal o nome de todo mundo, e por isso me chamavam do jeito que eu pronunciava, e aos poucos encurtaram para Ed apenas.
–interessante, mas nenhum dos dois são ruivos, você é adotado?
Ele riu novamente.
–não, é rutilismo, uma mutação genética, minha bisavó era ruiva, e se passaram 2 gerações até eu nascer assim também.
–que legal, mas Ed..., posso te chamar assim?
–pode, até penso que não é comigo quando me chamam Raphael.
Demos uma risada
E assim fomos caminhando pelo campo até chegarmos no comedor.
Angel estava me evitando, fugindo onde não pudesse encontra-la, mas eu não me importava, era melhor assim.
Almoçamos e não a encarei, Jessyka me encarava, e não queria que ela soubesse.Eu comi tudo rápido, queria sair logo dali, queria ir onde Ed me disse.
E quando vi que ele também já tinha almoçado tudo, e os outros estavam embolados em conversas, me levantei discretamente e fui até ele.
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Garoto Infernal
Teen FictionAngel Park O que acontece quando você coloca amor e ódio na mesma questão? Nem tudo que planejamos acontece. O destino as vezes pode ser cruel. Ou não. Só você escolhe.