capitulo 23: flagra

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Lá pelas  cinco da tarde foram embora.
Por sorte Nate ficou mais encantado em dar atenção à Hanna ( mesmo ela dormindo) do que dar atenção à Camilla.
Tia Alice tinha saido com Dean, o que era frustrante, visto que ainda não tive a oportunidade de contar a ela sobre o que aconteceu comigo e Roy.

Eu por minha vez estava aqui sem saber que sentimento era esse que me encomodava desde que Camilla soltou a bomba sobre ela e Roy.

Será que eles se odiavam tanto?
Ou seriam capaz de voltar a sentir algo um pelo outro...

Em uma coisa eu teria que concordar.

Eles eram muito parecidos.

Nem o fato de que hoje sairia o primeiro jornal feito por mim me tirava dos devaneios.

Isso era algo tão importante pra mim, mas agora, eu não entendia porque aquilo não fazia sentido para mim.

Eu tenho medo de admitir, mas, lá no fundo, eu sinto que já não sou a mesma.

°°°

Antes mesmo que eu pudesse entrar na escola, me vi sendo levada por alguém que tampou a minha boca e me colocou dentro de um carro.

Não consegui nem espernear ou fazer algum barulho audível.

Quando meu cérebro em pânico voltou em si, meu "raptor" se sentou no banco do motorista.

Ele riu da minha cara que não devia ter um pingo de sangue.

Reuni todas as minhas forças em meio à tremedeira que meu corpo estava pelo medo e comecei a soca-lo.

Ele só riu mais ainda e tentou me parar.

E conseguiu.

De um jeito constrangedor.

Segurou meus pulsos e me beijou.

Depois que parei de me debater ele me soltou.
Se recostou no volante e me observou com aquele olhar.
Enquanto eu desejava enfiar minha cabeça em um buraco na terra.

- melhor?- perguntou

O encarei por um tempo com a cara amarrada.

- qual é o objetivo de tudo isso afinal? Me matar de susto?

Ele riu

- também, mas eu queria te levar em um lugar, e como sei que não ia aceitar, decidi te levar de qualquer jeito!

- não iria aceitar mesmo.

- viu!

- porque temos aula!

- oras Park! Um dia não vai fazer você reprovar.

- mas eu nunca furei aula!

- ok, já entendi, tem medo...

Ah!.. Isso era jogo sujo, eu odiava que disessem que não posso fazer alguma coisa.

- não é isso, vai saber que lugar é esse que você quer me levar!, você pode querer me assassinar e logo jogar meu corpo no mar...

- possívelmente..., mas eu não faria isso com você.

- por que?

-porque  você é muito bonita pra morrer tão cedo, existem coisas mais úteis!

Não evitei o sorriso que gritava em se formar no meu rosto.

- então?, confia ou não confia nesse belo rapaz?

- vamos!- falei me recostando no banco e olhando pela janela.

Podia jurar um sorriso vitorioso em seus lábios.

Garoto InfernalOnde histórias criam vida. Descubra agora