capitulo 29: o silêncio

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Nate

Quando conheci Jessyka a achava uma garota diferente, engraçada e bonita...
Achei que estava começando a gostar dela pois ficava feliz sempre que a via.

Mas quando ela me apresentou a Angel... Foi um anjo realmente quem vi.

Tão linda! Tão inteligente e com assuntos que me prendiam total atenção.

Tive certeza que ela era a garota certa pra mim.

Pedi ela em namoro da maneira mais íncrivel que pude planejar.
Porque ela era tudo que eu mais queria.

Fomos felizes enquanto o amor estava, e era um amor tão grande...tão profundo...que ela era meu tesouro, eramos o que faltava no outro.
Eramos amigos que brincavam de amor.
Amores que não tinham límites, não tinham válidade.

Até que Roy apareceu.

Ela realmente desgostava dele.

Eu sabia, era um completo idiota!

Mas percebi que com o tempo seu olhar já não era o mesmo, as brigas tinham diminuido, assim como as reclamações.

Ela não falava dele.

Mas quando eu pronunciava seu nome.

"Roy"

Era como um alerta, e seus olhos brilhavam sem permissão.

Aquilo doeu, doeu ter que pensar que talvez todo aquele ódio descompasado talvez fosse algo a mais.

Deixei passar, o tempo me daria respostas.

Eu a amo, amo muito.
E sei que ela também me ama, por isso não me deixou na primeira oportunidade.

Eu queria seu bem, e pelo seu bem eu iria lutar.

Se ela estivesse apaixonada por ele, eu teria que aceitar, o amor se baseia em querer o outro feliz, mesmo que custe sua felicidade, e eu a amava, e faria de tudo para ve-la feliz.

Mas ela não falava nada, eu esperava uma confissão, mas ela só sabia mudar seu jeito de ser.

Angel já não era a mesma.

E eu tentava achar um jeito de que ela me conte, porque confiança era tudo que eu queria.

Tive a certeza do que eles sentiam um pelo outro quando os vi conversando uma vez , pareciam estar brigando, mas seus olhos gritavam por querer beijar um ao outro.

Eu já não tinha muito o que fazer, apenas esperar por que tivessem coragem de assumir.

E foi naquele dia quando minha mãe disse que iria ir na casa de Laura Valentino para fazer um trabalho na sua casa, que pedi para ir junto.

Além de eu desconfiar de que ela era mãe do Roy, era a ex patroa da Camilla.

E eu queria descobrir qual era a razão dela ter sido despedida.

Chegando lá fomos recebidos por ela, era muito elegante e esbelta, uma verdadeira mulher de atitude e confiança.

Ajudei minha mãe a descer os materiais do carro e levamos para dentro da casa.

- bom, essa é minha sala querida, muito pobre de decoração e estilo!, quero que você faça aquilo que já combinamos ok?

A sala realmente estava muito sem graça, só com alguns móveis.

Ela nos conduziu por toda a casa, mostrando para minha mãe o que tinha que ser feito.

Logo se despediu e nos deixou a vontade dizendo que estava muito atrasado e que seu filho provavelmente não iria aparecer por ali.

Filho?

Concerteza era o Roy!

Enquanto minha mãe saiu para conversar com algumas lojas de móveis e objetos, decidi passear pela casa.

Até que vi uma porta diferente no fim do corredor.

Era escura e com alguns desenhos bonitos.

Me atrevi e abri.

Estava destrancada.

Era um tipo de estúdio fotográfico.

Analisei o lugar até chegar em uma mesa onde haviam algumas camêras, peguei uma e liguei.

A foto que apareceu me deixou paralisado e confuso.

Aquela era a Angel? Não podia ser!!

Mas quando fui passando as fotos...era ela, não tinha jeito.

Ela tinha ido na casa dele, sinal de que se falavam, talvez, eles estivessem se encontrando...

Por isso ela estava tão estranha!, por isso ela já não aceitava sair comigo!!, ela estava com ele...

A raiva me tomou naquele dia, chorei e sofri, mas faz parte do amor.

Logo vi que aquilo era previsível, eu sabia que ia acontecer, só não esperava que a realidade fosse tão chocante.


Agora eu sabia.

Angel já não precisava se preocupar.

Mas eu precisava que ela tivesse a coragem e respeito para me contar.

No fundo eu não sentia rancor, não sentia mágoa, apenas doia.

Mas o importante, era que eu estava consciente, e o único que eu queria era poder livrar esse caos da minha vida e de Angel.

E que ela soubesse que eu sempre estaria aqui para o que ela quisesse, porque eu a amava, e nunca esqueceria esse amor.
Ela estaria para sempre ali, em uma cicatriz incurável em meu coração.

Esse tipo de amor é para poucos, o amor que supera, o amor que perdoa.





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Garoto InfernalOnde histórias criam vida. Descubra agora