Capitulo 4: é guerra

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E assim acabou aquela história toda.

Sem sentido.

Jessyka ficou como culpada por se entregar, eu como a mentirosa e Roy como o inocente.

Que raiva!

E a história da cola na cadeira não foi confirmada pela diretora, já que ela diz não ter encontrado nada na sua cadeira.

Eu devia ter pensado nisso, se ele sabia que tava sendo espiado deve ter limpado antes de sair.

Agora eu era a vilã da história, eu só não entendia o motivo de Jessyka ter colado chiclete no cabelo da garota, ela nunca me falou nada sobre não gostar dela, mas essa foi sua desculpa.

E agora ,depois de um climão na sala, eu estava a caminho da sorveteria com Nate.
Contei tudo a ele, confiava nele, e ao ver minha frustração, achou que seria legal me levar pra sair e relaxar.
Muito fofo da parte dele, e eu ficava mais do que feliz com ele, além de realmente eu estar apaixonada por ele, nossa relação não se baseava apenas em querer namorar e "dar uns amassos por aí"

Eu realmente amava ele.

Desde o primeiro momento em que o vi encostado na porta da sua sala, distraído.

O melhor companheiro para toda e qualquer situação.
Ele me contava sobre o que estava pensando em fazer depois da formatura, e meu coração doia ao pensar que eu ficaria mais um ano na escola, enquanto ele já iria para a faculdade.

–ah é, já tinha até esquecido que você não vai estar aqui no próximo ano...-falei desanimada

E assim segurou minha mão.
E assim meu coração amoleceu.

Olhei para seus olhos, que me transmitiram confiança e segurança.

Sorri ao sorriso dele.

–você sabe que eu não vou deixar você, não sabe?

Eu sabia que não ia.

–eu sei...porque a gente se ama.-falei sem medo, porque era o que meu coração queria dizer.

–exatamente– ele sorriu mais ainda me enlaçando em seu braço.

Chegando lá, escolhemos uma mesa perto da enorme janela de vidro, em um canto bem discreto.
Compramos paletas mexicanas e ficamos conversando sobre as coisas importantes de cada um.

Tudo estava correndo bem se não fosse por um grupinho da escola chegar justamente onde nós estavamos.
Não teria problema, se o pulha do Roy não estivesse no meio!!

Bufei na hora e tampei meu rosto com as duas mãos em sinal de frustração.

–deus!...o que eu fiz pra merecer isso?!

Nate me olhou confuso

– o que foi?

–olha..

Apontei com o olhar na direção do garoto que ria em compania de 3 garotos e uma menina, conhecia aquele grupinho, eram os "riquinhos" que adoravam se exibir com seus carros.
As roupas pretas , o tenis e a mochila vermelho vinho, sempre contrastavam com sua pele branca demais.

– é ele?

–sim

–é bonito...

O que é isso Nate??!!!!

–como?!!-perguntei espantada

Ele riu

–desculpa, foi a primeira coisa que me veio a cabeça...deus! O que foi que deu em mim? Saí dessa..

Pelo visto essa era a impressão que todos tinham dele no primeiro contato, até eu o achei lindo demais no começo...

–te entendo, também disse o mesmo quando o vi pela primeira vez.

–anda achando caras lindos às minhas custas?

Revirei os olhos

–você acabou de fazer o mesmo...o que foi isso?ciúmes...

–sim, ciúmes- ele disse cruzando os braços

Não tive como não rir, mas o sorriso logo se desvaneceu quando vi que Roy estava se aproximando! E parecia estar vindo na minha direção!!

–e como vai a mentirosa?- falou ironicamente

–eu não sou mentirosa! E você sabe disso seu cretino!

–foi a sua amiga!! Ela mesma se entregou, e não me chama de cretino sua patética!- falou um tom mais alto do que eu estava falando.

Nate parecia irritado com ele agindo e falando assim comigo, mesmo porque Roy nem tinha olhado para a cara dele. E eu sabia que Nate não se segurava quando se tratava de pessoas estúpidas.

–repete o que você falou pra ela, que te tiro daqui arrastando!- levantou Nate enfurecido

–e quem é você metido?!

Nate semicerrou os olhos com os punhos já fechados.

–o cara que vai quebrar sua cara!- num piscar de olhos Nate avançou no pescoço do Roy e quando vi já estavam no chão aos porres.

–para com isso Nate!!- gritei o mais alto possível

Começou um tumulto na sorveteria com aqueles garotos no chão se batendo.

Os amigos de Roy tentaram separar, e conseguiram depois de cada pessoa segurar um braço de cada lado.

Eu estava tremendo e os dois se olhavam com raiva.

O dono da sorveteria apareceu e expulsou todos os envolvidos.

Já lá fora ficaram se ameaçando, e eu puxava Nate para longe enquanto os amigos de Roy enfiavam ele dentro de um carro vermelho que parecia ser caro e parecia ser do Roy.
 
Eu não disse nada o caminho até a casa dele, ele apenas andava cabisbaixo.

Já no portão da casa dele, me despedi, mas este segurou meu braço.

– me desculpa mesmo..por favor- ele estava arrasado, e eu não gostava de ve-lô assim.

Suspirei antes de responder

– tudo bem, eu agradeço a intenção, mas realmente não era necessário..

Nos olhamos por um tempo, até ir e abraçar ele, nada melhor para  afastar os males.

Depois de andar muito, cheguei na minha casa.

Expliquei a minha mãe o motivo de chegar um pouco tarde.

E à noite quando deitei na cama e repensei tudo o que havia acontecido no dia, tive uma certeza.

Ninguem se mete com as pessoas que eu gosto, ninguem!

E o Roy tinha cometido esse grave erro...

–é guerra

Falei audivelmente, para que assim, meu ser e consciente não tivesse pena dele pelo que eu era capaz de fazer.






Dois capitulos de uma vez só??

Sim!! porque tava inspirada

E nem sempre vou postar segunda, que as vezes da a louca em mim, e posto 2X1.

E que foi essa briga??

Garanto que é só o começo..

Genteee to feliz!!

Nada a ver mas

Sou #teamstark

Haha quem é fã vai saber

Até anjos ♥♥

Garoto InfernalOnde histórias criam vida. Descubra agora