Capitulo 14: no ônibus

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De malas feitas, todos aguardavam o ônibus.
Tia Alice tinha chegado na hora certa, ela agora ficaria cuidando e ajudando minha mãe, que por sinal se emocionou ao reve-la.
Ela já estava em casa, Hanna estava muito saudável por isso não era necessário ficar mais no hospital.
Papai tinha me trazido, e estava esperando aqui na frente do colégio como todo mundo, mas eu em especial, esperava por Mik, ela iria me trazer a camêra fotográfica e uma agenda especial para eu usar, e assim poder começar meu primeiro trabalho.

Uma coisa sim estava estranha, Roy não tinha aparecido ainda.
E desde a minha conversa com tia Alice, sinto que vou fugir se ver ele, ter falado o que falei em voz alta me fez ter um baque da realidade.
E estava me sentindo aliviada por ele não ter vindo.
Principalmente com Nate ao meu lado, ele veio para se despedir, e perceberia meu encomodo e eu não saberia mentir.
Jessyka estava que não ficava quieta, falava com todos e até o professor pedia para ela se agitar menos ou o motorista do ônibus ia mandar ela descer.

Mik apareceu com um mini maletim.

–aqui Angel, tudo o que você precisa está aqui.

Peguei e sorri para ela.

–obrigada, estou ansiosa, quero fazer o primeiro click logo!

–e porque não faz? O assunto é a viagem dos alunos, você pode tirar deles reunidos aqui na frente!

–verdade, obrigada pela ideia.

–Nada. Bom agora eu já vou, tenho que resolver algumas coisas.

–ok, obrigada de novo.

Fui até onde todos pudessem me ouvir.

–pessoal, será que podem se arrumar para uma foto? É pro jornal...

Todos se animaram e foram se agrupando e posicionando para a foto, inclusive o professor, que sorria fazendo uma careta com as mãos no joelho.

–pronto - falei um pouco emocionada, aquele foi o primeiro momento capturado por mim.

–então galerinha, daqui a pouco já chega o ônibus, e não se esqueçam das regras que já comentei com vocês, e lembre da principal, que é sempre me obedecer, e não se afastar do grupo quando estivermos no campo.

Todos concordaram.

–Agora me entreguem a permissão que entreguei a vocês para ser assinado pelos pais antes que eu me esqueça.

Todos começaram a procurar os pápeis, eu entreguei o meu.

Teria sido esse o problema do Roy?, a mãe não permitiu que ele viesse? Talvez ela não quisesse que o filho se suje ou seja picado por mosquitos.

Sem perceber, o ônibus já havia chegado, o estomago deu uma reviravolta pela emoção.
E o ar que ele soltou quando a porta se abriu só piorou.
Olhei para Nate e ele olhava algo decepcionado por não poder ir junto.

–Tem que ser agora?...

–tem!, ou não vou ir.

–não seria má ideia.

Lhe dei um beijo e um abraço, o professor já estava mandando subir, fui andando até nossas mãos se soltarem.
Subi minha mala no bagageiro do ônibus e logo entrei.
Sentei na frente do lado da janela, e observei ele, me mandava beijos e eu ria de volta.
Jessyka sentou do meu lado, mas depois de um tempo já estava de joelhos no banco olhando para trás.

–gente! Vamos fazer como nos filmes onde eles cantam nos ônibus?

Algumas garotas concordaram.

Garoto InfernalOnde histórias criam vida. Descubra agora