Capitulo 12: cor de rosa e guerra de comida.

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Cap 12:cor de  rosa  e guerra de comida.



Corri até o pequeno guarda-roupa e peguei as roupinhas, guardei na bolsa rosa e conferi se faltava mais alguma coisa.

–fraldas, panos, sabonete, talco, panos úmidos, manta....acho que não falta nada!

Meu coração batia a mil, e eram tantas coisas se passando pela minha cabeça que eu repetia as coisas várias vezes para ter certeza que estava bem.
Me vi no espelho na parede ao sair e estava deplorável com meu cabelo desarrumado.
Mas não havia tempo para me arrumar, era agora!
Já ia nascer.
Fui correndo até a sala, mamãe estava se contorcendo em pausas, papai apareceu erguendo a bolsa com as coisas da mamãe e na outra mão as chaves do carro.

–não falta mais nada?

Ele estava tão aflito quanto eu, e desarrumado também ...

–não, tudo aqui!

Peguei as coisas da mão dele e me adiantei enquanto ele ajudava mamãe a caminhar.
Coloquei as coisas no porta malas e enseguida liguei o carro.
Saí e fui abrir a porta do passageiro para mamãe entrar.
Entrei no lado traseiro e papai tirou o carro da garagem em direção ao hospital.

Olhei ao meu lado onde o bebê conforto já estava instalado, e me emocionei ao pensar que daqui a pouco ela já estaria ali conosco.

–já avisou sua tia Fawn?

–ainda não, vou avisar quando chegarmos no hospital.

–apenas cheguem no hospital antes que eu tenha a Hanna aqui no carro!- se manifestou mamãe, respirando aceleradamente.

–calma amor, vai dar tudo certo

Meu pai segurou a mão dela, mas ele estava tão desesperado que achei engraçado.
Se bem que mamãe também estava me deixando nervosa com seus gemidos de dor.

Chegamos e já a levaram na cadeira de rodas até a sala de parto enquanto papai registrava a entrada.
Peguei meu celular e digitei uma mensagem avisando tia Fawn.
Alguns médicos estágiarios lindos passaram por mim!!
E eu queria me enfiar em algum buraco, principalmente por como eu estava vestida.
Um short de pijama com estampa de lacinhos roxos, e um casaco de dormir branco com o desenho de um gatinho, sem contar os chinelos.
Meu cabelo estava um desastre, Além das olheiras.
Mas tudo bem, era por uma boa causa.
Ficamos aproximadamente 2 horas até eles liberarem nossa entrada no quarto.
Estava morrendo de sono, bela hora que ela decidiu nascer! 02:34 da madrugada.
Agora já eram 04:56.
Entramos e pude ver a carinha da nova princesa.
Meu pai a ergueu primeiro e quando vi ele estava chorando, aquilo era estranho, eu nunca o tinha visto chorar, logo mamãe já derramava lágrimas.
Isso mexeu com meu sensível, não me segurei e também me emocionei.
A ergui, e senti como se ela fosse uma pena de vidro, delicada e frágil.
Seu rosto estava todo vermelho e inchado. Mas para mim era linda.

–parece com você filha!- disse mamãe.

–porque comigo?

–você era exatamente assim quando nasceu, os mesmos traços, nunca vou esquecer.

Sorri e olhei novamente para a bebê, a levei para perto da janela, o sol já emanava os primeiros raios de luz, já estava amanhecendo, e era um espetaculo tão belo quanto uma nova vida.

–Bem vinda ao mundo Hanna Park...

••••

Tia Fawn veio lá pelas 06:00 da manhã, trouxe presentes e coisas para mamãe comer.
Eu e papai voltamos pra casa, provavelmente hoje à noite mamãe teria alta, e tia Fawn se ofereceu a cuidar dela o dia todo, deixou as filhas na casa da sogra.
Estava me arrumando para ir na escola, papai estava ligando para todos os parentes distantes avisando.
meu pai foi criado pela tia desde os 12 anos, depois que sua mãe morreu.
E mamãe só tinha o vovô que morava em uma fazenda, nas férias passavamos por lá.
Já estava atrasada, corri para o prédio de entrada e fui diretamente para a sala de aula.
Assistimos ás aulas até o horário de almoço no refeitório.
Nos dirigiamos até lá.

Garoto InfernalOnde histórias criam vida. Descubra agora