Um novo mundo onde eu exista

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Seiva liga o carro mesmo não entendendo muito sobre as pedras, a cura, e o fato de Isako ser um feiticeiro, apenas continua dirigindo. A noite cai, e quando chegamos na cidade, vejo algo no qual fico bastante aliviada, os zumbis estão apodrecendo, alguns parecendo ovos ao serem quebrados, outros parecendo barro sobre ossos, e tudo parece surreal. Cada vez mais pertos de um saida, e é como se eu não quizesse isso, eu gosto desse mundo, e me da medo conviver com os humanos, afinal, nós somos os verdadeiros monstros, e monstros criam monstros. Isso me faz lembrar, que Jessa ainda não sabe sobre o sangue dela, não sabe o que Isako contou para mim e Pietro. Mas por outro lado, se eu conseguir a pedra, o que eu desejarei? Que os zumbis simplesmente desapareçam? Que o mundo volte a ser como era antes? Que nada disso tenha acontecido? E se por alguma razão eu não exista nessa dimensão que a pedra da "salvação" criará para o meu desejo, e se Jessa e Adam nunca ficarem juntos, e se as princesas nunca tiverem existido, talvez, seja mesmo melhor, que tudo dê errado, afinal, a realidade é as vezes tão assustadora quanto esse mundo.

Entramos num azilo, onde passaremos a noite antes de entrarmos no cemitério, nos reunimos na sala, eu , Jessa, Seiva, Isako e Marvin.

- Eu não vou com voceis - diz Isako comendo uma barra de chocolate vencida.

-Esta com medo? - pergunto debochando o.

- Não - responde ele, mexendo a cabeça em negatividade - Acho que não preciso dizer a voces tomarem cuidado, a pedra irá testa-lás, vocês acham que se conhecem, mas ela te conhece mais do que a si mesmas. É facil conseguir encontrar a pedra, é so seguir um caminho reto por um labirinto, mas havera distrações, e uma vez perdida nesse mundo, perdida para sempre.

Minha mãe me olha assustada, enquanto Isako se levanta, olho de volta para ela, e em eguida, levanto-me e vou atras do mago.

-Isako - chamo-o.

- Diga.

-Se eu encontrar a pedra, que desejo eu faço? Digo isso porque, penso que talvez se eu desejar que o Apocalipse nunca tenha acintecido, talvez Jessa e Adam nunca poderão se conhecer, e eu não existirei mais, ou, posso desejar que os zumbis sejam destruidos, mas nunca verei Pietro, ou o Adam seja lá onde ele estiver - respondo, rodando de um lado para outro nervosa, e com espasmos na mão. Isako sorri, mostrando seus dentes brancos, suas rugas e marcas de idade, depois ele coloca a mão na minha cabeça e bagunça meu cabelo. Fico paralisada.

- Voce terá que fazer uma escolha Jennifer: você ou sua familia. Mas se fizer a certa, pode manter todos vivos - responde ele dando as costas, impeço Isako segurando sua camisa, e em seguida olho para ele com um sorriso.

-Isso foi um afeto? Estilo avô e neta.

-É a minha despedida.

-Você poderia me abraçar, o Pietro é a unica pessoa que constumava me abraçar com frequencia, e agora que ele esta m...

Antes que eu pudesse terminar de falar, Isako entrelaça seus braços em volta de mim, e me abraça de forma leve e delicada, sinto um calor vindo da minha orelha, então ele sussura:

-Você não ativou a mina terrestre.

Levanto o rosto, e sorrio, meus labios formam a palavra "obrigada". O barulho de um tiro me afasta de Isako, um tremor percorre minha espinha, e minha expressão que antes transmitia carinho, agora transmite medo, tiro a arma do coldre, e a engatilho. Olho para Isako e ele para mim, de repente não consigo mais ve-lo, a luz de apaga, e volta em segundos, e de repente uma nova explosão, e a luz se apaga de repente, fico paralisada no lugar, quero ir atras da minha mãe, mas não sei para onde ir.

-Isako? - pergunto para o vazio, mas não ouço nenhuma resposta.

Começo a andar lentamente, passo por passo, volto para a sala onde minha mãe se encontrava, e esbarro de repente em sua bolsa. Sussuro o nome dela, de Seiva e Isako, mas não ouço nada, e me sinto completamente sozinha. Será que os jogos psicologicos já começaram? Coloco a mochila nas costas, e continuo andando, sinto meu corpo sendo sugado cada vez mais rapido diante da escuridão. O cano da arma enconsta em algo plano, e quando coloco minha mão, percebo que é uma parede, e me encosto nela, tiro da bolsa algo que parece ser um sinalizador e um esqueiro, coloco a mochila nas costas e continuo andando, o unico barulho que ouço é dos meus passos, mais são tão baixos, sinto como se estivesse ouvindo o barulho do universo, quando na verdade não ouço nada. Percebo que estou entrando em outro ambiente, quando minhas botas tocam a grama, abro o isqueiro, e quando toco ele no barbante do sinalizador, o local se acende, e vejo exatamente o que eu temia, uma gota de suor escorrega lentamente pelo meu rosto, e quando ela cai no chão os olhos esbranquiçados e mortos de milhares de zumbis começam a se virar em minha direção.

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