Contrato

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Acordo com tapas em meu rosto. Abro os olhos devagar, vendo uma Dinah com cara de riso. — Bom dia, Jane. — Resmungo.



— Bom dia, presidiária. — Bufo com seu deboche.


— Eu não sou presidiária. Fiquei presa por algumas horas e fui solta. Se liga, Dinah! — Jogo um travesseiro na cara dela, e a idiota ri mais ainda.


— Olha Lauren, pelo menos uma coisa de adulto você fez. Foi presa, já que você não transa.


— Eu transo sim! — Grito, me levantando da cama.


— Com certeza. Com muita frequência, né? As vezes nem parece que você tem um pau. É delicada demais.


— Olha projeto de puta, eu transo sim, mas por acaso não tenho uma namorada sabe, pra fazer isso todo dia. Agora sai do meu quarto!


Dinah sai do quarto rindo, me deixando brava e com vergonha. Eu odeio quando ela fala assim da minha vida sexual. Não é como se tivesse milhões de mulheres atrás de mim. Minha aparência nerd não ajuda muito e ter um pênis piora. Olho no relógio e vejo que são 11 horas. Decido ligar pra Camila, pra saber logo o que ela quer comigo.


Disco o número e fico ansiosa ao ouvir tocar. Logo atende. — Camila Cabello. — A voz dela é ainda mais maravilhosa pelo telefone


— Hum. Camila, é a Lauren Jauregui.


— Ahh, Lauren! Como vai? Dormiu bem?


— Hum, sim, obrigado. E você?


— Maravilhosamente bem. A que horas podemos nós encontrar? — Ela é direta, nossa.


— Bom, eu estou livre agora, se você quiser...


— Ótimo! — Ela fala rápido. — Me encontre na minha casa às 12:30. Creio que você já saiba o endereço, até mais!


E desliga, me deixando tonta. Ela era bem direta. O que raios ela queria comigo? Olho para meu quadro de fotos onde havia várias dela. Camila em Lost Stars, Camila em premiações,um foco no sorriso dela... Sacudo a cabeça e decido me arrumar. Tomo um relaxante banho e me sinto em dúvida sobre qual roupa devo usar. Pego um jeans preto e uma camisa xadrez, com All Stars velhos e meus óculos. Saio do quarto e encontro Dinah de calça legue e top de corrida, tomando um suco.


— Vai sair? — Ela pergunta, me observando.


— Vou. Mas antes que você pergunte pra aonde, eu digo que não é da sua conta.


Ela revira os olhos. — Como se você fosse muito importante. — Rio com sua declaração.


— Eu sei que sou, Dinah. Você me ama, só não admite.


Hands To Myself | InterssexualOnde histórias criam vida. Descubra agora