Senhora Jauregui

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Ela me encarava o tempo todo. Seus olhos a cada oportunidade que tinham me olhavam, com uma expectativa. Camila estava dispersa na gravação e Drake teve que lhe chamar atenção várias vezes. Eu sabia o que aqueles olhares queriam dizer. Eu devia a ela uma noite, uma noite da forma que ela queria. Pesquisei bastante na internet como funcionava tudo aquilo de Dominador e como eles agem. Me senti intimidada. Nunca foi do meio feitio bater em alguém enquanto transava, apesar que só transei com uma pessoa até hoje. Imagino o quanto de homens já devem ter passado na cama de Camila.


— Pausa! — Drake berra e todo mundo suspira de alívio. Estava sendo bem exaustivo hoje, de modo que qualquer paradinha era bem satisfatória. Toda a equipe se dirige ao garoto que servia os cafés, que se chama Andrew, e eu ajeito alguns fios de uma das câmeras. Eu não a vi se aproximar, só senti seu toque em minhas costas.


— Olá. — Camila ronrona e pulo de susto. Ela está parada atrás de mim, com um copo de chai late e um olhar arrasador. Seus olhos me olham dos pés a cabeça e estremeço. Nunca vou me acostumar com isso. — Você está maravilhosa hoje. Tudo isso por causa de nosso passeio?


Eu estava realmente arrumada. Havia colocado um jeans preto da Calvin Klein, cortesia de Camila, e uma blusa de botões azul, tendo um par de mocassins no pés. Camila estava com o visual de sua personagem, Cara Davins, usando uma saia preta curta e blusa de seda branca. Cara Davins era uma serial killer, que era uma secretária de um magnata durante o dia.


— Sim. Quero te impressionar. — Falo suavemente e ela ergue as sobrancelhas.


— Me impressionar? Você já faz isso sempre, cada vez que me dá o prazer de olhar pra esse corpo absolutamente gostoso. — E ela fez de novo. Me deixou sem graça com simples palavras. Imagino como vai ser quando eu lhe mostrar o que sei de seu mundo.


— Limpou e lustrou seu açoites? Porque estou disposta a usar eles esta noite. — De repente eu a deixei sem graça, o que é algo novo. Camila nunca fica envergonhada, mas parece que ficou agora.


— Claro. Eles estão a sua espera. Assim como eu.


— Ótimo. Chego em sua casa por volta das oito. — Dou as costas, indo atrás do meu copo de café, sorrindo leve. Andrew me dá meu café, e beberico, pensando em como seria hoje a noite. Eu estava ansiosa, nunca havia feito nada parecido, e ainda mais com a garota dos meus sonhos.


Tentei me concentrar o máximo possível na gravação, mas belos olhos castanhos tiravam minha atenção e me faziam viajar. Logo o expediente acabou, e eu voei pra casa, sem nem mesmo olhar pra Camila. Eu tinha coisas importantes pra fazer antes de ir vê-la. Quando chego no meu apartamento, Ally não está. Dinah só volta daqui a 2 dias, então a baixinha evitava ficar muito em casa, porque de acordo com ela, sem Dinah ali não tinha graça. E eu sou o que ali?


Tomo um banho longo, lavando os cabelos e esfregando bastante a minha pele, tentando ficar mais cheirosa possível. Pego uma boxer branca, calças jeans antigas azuis e uma camisa branca sem estampas. Logo estou no Jerry, dirigindo até a casa de Camila. Quando chego lá, as luzes estão acesas. Desligo o carro e fico um tempo lá dentro. Não pira, não pira, falo pra mim mesma. Saio do Jerry e bato a campainha.

Hands To Myself | InterssexualOnde histórias criam vida. Descubra agora