A mulher da minha vida

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P.O.V Lauren


O som dos pássaros cantando é o que me acorda.


E a luz do sol também, entrando pela fresta da janela.


Meus olhos estão pequenos, devido ao sono, e os coço para tirar as remelas. Camila dorme ao meu lado tranquilamente, seu peito descendo e subindo, sua boca entreaberta. Uma graça. Aquela mulher é linda até num momento assim. Decido me levantar, ignorando as dores em minha coluna quando o faço, um estalo alto se fazendo audível. Argh. A noite havia sido longa e divertida. Um pedaço pelo o menos. Fiz sexo com Camila perto dos estábulos, bebi cerveja do Kentucky, ri como uma maluca ao lembrar das histórias de minha infância, contadas por uma Clara inebriada pelo vinho tinto. Não sei que dia é hoje. Nem quantas horas.


— Baby... — Uma voz fofa me chama, baixinha, e olho para aquele ser humano lindo deitado na cama, coçando seus olhos, e com uma fofa carinha amassada.


— Oi, Boo. Bom dia. — Me sento ao seu lado na cama, segurando sua mão macia. Camila é adorável quando acorda.


— Nós dormimos muito? — Me pergunta, subindo seu corpo do edredom, me dando a visão da ponta de seus seios.


— Não sei. Acordei agora. — Ela confirma com a cabeça, suspirando e coçando seus cabelos. Aquela visão era linda. Muito. – O que foi? — Interrompe minha adoração silenciosa ao seu corpo, me fazendo tirar os olhos de sua pele morena e quente.


— Você é linda. – Digo bobamente, me sentindo uma maldita sortuda por poder acordar com aquela mulher na mesma cama. Ela dá um sorriso singelo, e sorrio de volta.


— Eu gostaria de poder te beijar agora, mas tenho que escovar os dentes. – Brinca, se levantando. Sua pele morena brilha ao sentir alguns raios de sol baterem nela, e Camila poderia ser um quadro agora mesmo. Seu jeito de jogar os cabelos para o lado, de andar, tudo, tudo, é arte para mim. Sou uma completa trouxa por essa mulher. Ela vai até o banheiro que havia no quarto, e me levanto, indo até minha mochila e pegando minha escova mais a pasta de dente. Camila já havia pegado a sua. O barulho da água caindo da pia irrompe o silêncio calmo do quarto, e escovamos nossos dentes tranquilas. Estamos ambas nuas, e eu com uma leve ereção matinal, nada demais.


— Bom, agora sim eu estou aceitável. Venha aqui e me de um beijo baby. – As mãos da latina se apossam de meu quadril, me puxando contra si, e colando nossos lábios. Sua boca carnuda possui a minha, a sugando para si, me tomando, e me fazendo ver estrelas.


— Bom dia. – Digo sem ar, após nossos lábios se soltarem. Estou tonta.


— Bom dia. – Pisca e sai do banheiro, indo até sua mala. – Tem planos para hoje?


— Bem, Alex nos chamou para ir em uma cachoeira próxima. Acho que ela quer conversar. – Dou de ombros, abrindo minha mochila.


— Jura? Então já vou colocar um biquíni. Preciso realmente de um banho de cachoeira. — Nós nos trocamos, colocando roupas de banho, e depois roupas normais. Quando descemos para o café da manhã, só Alex, Martha e papai estão de pé. Eles conversam sobre a noite.

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