XVII - Hearts On Fire

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Uma semana depois...

Well, I don't know how, and I don't know why
But when something's living, you can't say die
You feel like laughing, but you start to cry
I don't know how, and I don't know why

O vento gelado prenunciava a chegada do mês de novembro. Diante de seus olhos, Harry e Albus viam o suntuoso castelo que, segundo Draco, havia sido construído no século passado.

Por alguns instantes, Harry ficou imaginando as possíveis festas que aquele lugar que, outrora parecia glamoroso e fantástico, deviam ter acontecido em homenagem a Lord Voldemort e seus ideais. Sentiu arrepios apenas com a imagem de Voldemort entrando em um luxuoso salão, que deveria ter ouro escorrendo até das paredes e do teto, e sendo aplaudido de pé por bruxos e bruxas que acreditavam que a pureza mágica era, de alguma maneira, o que definia quem era ou não digno de usar uma varinha.

Felizmente, o horror daqueles anos parecia ter acabado. Porém, todo o pavor esteve de volta com o assassinato de Hugo Weasley, meses antes, e com os ataques a vilarejos trouxas, e, mais recentemente, a Rose e Summer. Discretamente, o Ministério começava a entrar em pânico, departamento por departamento sentindo novamente o pavor brotar dos poros sem saber qual seria o elo que ligava todos os ataques. Até que, quem diria, Draco Malfoy jogou um feixe de luz sobre as trevas dando algumas informações importantíssimas.

Informações essas que os tinham trazido até ali; até os terrenos do magnifico castelo de Autumn Leaves, na Escócia. Hoje coberto de folhas secas, com a pintura gasta e, claramente, precisando de uma reforma.

– Como é que isso passou despercebido por vocês pai? – A voz de Albus, ainda abobada com o tamanho da propriedade, tirou Harry dos seus devaneios.

Harry encarou o filho, os mesmos olhos que ele via no espelho toda a manhã.

– Foi exatamente àquilo que comentei com o senhor Malfoy, no dia da nossa reunião. – Harry disse, cansado. Aquilo era incompetência do ministério, mas não ousaria dizer aquilo a Albus; ele que entendesse as entrelinhas. – Muitas propriedades foram confiscadas durante a guerra, muitos dos aliados de Lord Voldemort perderam todo o dinheiro que tinham em prol de financiar orfanatos e consertar ao menos parte dos estragos feitos no mundo bruxo. As casas que não foram vendidas na época, por ter um peso emocional muito grande, ficaram no nome do Ministério, como Autumm Leaves. Porém, passados alguns meses, a vigia caiu. Os comensais da morte ou estavam mortos ou presos em Azkaban e seus decentes, em grande parte, pareciam ter sumido. O Ministério soltou as rédeas.

– Apenas os Malfoy e o Zabine davam o nariz por aí, então? – Albus perguntou.

– Basicamente. – Harry respondeu friamente. – E os Parkinson, até o evento que Draco nos narrou naquela tarde.

Albus permaneceu pensativo, porém, não falou mais. Tentava colocar sua cabeça pra trabalhar e controlar seus instintos pra não invadir aquele castelo e matar quem fosse que estivesse se escondendo ali dentro.

– Eu sei que eles estão ali dentro, em algum lugar. Eu sinto. – Harry comentou. – Mas ao mesmo tempo, não consigo ter certeza. Precisamos trazer reforços e invadir esse castelo. Tudo o que precisamos está ali dentro e o lado de fora do lugar não está dotado de magia de segurança muito avançada. Podemos burlar o sistema deles facilmente.

– Vamos voltar, então. Ainda precisamos ir até Hogsmead. – Lembrou Albus, com um sorriso tímido nos lábios. – Rose vai ficar contente com a surpresa.

Harry concordou e ambos, então, se levantaram de onde estavam escondidos. Porém, antes que pudessem aparatar, uma pequena parte do gramado amarelo e seco pegou fogo. Imediatamente, Albus puxou a varinha, mas Harry o deteve. A chama avermelhada subiu alguns centímetros, ardendo para, em questão de segundos, apagar. Harry e Albus olharam atentamente as cinzas no chão e, então, perceberam um pedaço de pergaminho com algo escrito.

Sweet Child O'Mine (Rose e Scorpius)Onde histórias criam vida. Descubra agora