26 - Do que você está falando?

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SUBIMOS as escadas lentamente e ele vindo atrás de nós

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SUBIMOS as escadas lentamente e ele vindo atrás de nós. Antes de terminarmos de subir ele avisa a mulher que não era para tentar fugir se não teria consequências e ela sabia as quais.

Assim que chegamos ao andar de cima ele coloca a gente em um quarto vazio aos fundo da casa. Amarra o Alex em uma cadeira e me puxa bruscamente pelo braço ainda machucado. Sinto um latejar insuportável. Ele arranca meu curativo e dou um grito de dor.

— Não faz isso com ela seu desgraçado! — Alex clama preso a cadeira.

— Que bonitinho. O herói e a mocinha. Pena que estão com o vilão errado. — dá uma risada irônica até o Alex.

Termina de tirar meu curativo e me amarra em uma cadeira ao lado do mesmo. Meu braço dói, dói muito. O esforço ao dobrar foi como se estivesse se partindo ao meio. Engulo a saliva tentando aliviar a dor e não adianta.

— Dói, não é? — Adam diz sorrindo de lado para mim. — Acho que chegamos a fase final desse jogo que estava tão bom. — ele senta na cama em frente a nós. — Acho que vocês querem saber muitas coisas, não é mesmo? Então podem perguntar.

— Cadê a Emma? — grito tentando me soltar da cadeira.

— Vamos com calma mocinha. Que tal começar do começo?

— Você é doente! Doente! Por quê está fazendo isso? Por quê?

— Você é tão linda Megan, tão linda. Assim como sua mãe era. Uma mulher radiante, sem pudores. Uma ótima atriz.— disse mostrando um sorriso ferido, enquanto acariciava a arma em suas mãos. 

— Do quê você está falando? — olho para o Alex que me olha de volta.

— Conheço sua mãe a anos, obviamente ela não se lembra de mim. O que ela tinha de linda, tinha de fútil, soberba. Nunca me deu bola. Eu era um adolescente como outro qualquer, mas nunca conseguia conquistar o coração de sua mãe... — diz com um olhar nostálgico. Crispou a língua enquanto ainda passava as mãos pelo cano da arma.

Lembro do que a ela havia dito mais cedo no hospital " conheço ele a anos, estudou comigo."

— O que minha mãe tem haver com isso, seu monstro? — pergunto, porém minha voz sai rouca  como se algo estivesse a me estrangular no momento. 

— Tudo! Ela nunca me amou, nunca quis me amar. Eu era um garoto bonzinho da escola, tímido demais para minha idade, bobão demais para um garoto de 16 anos. Isso faz tanto tempo, mas lembro como se fosse ontem.

— Isso tudo por causa de um fora? — pergunto me sentindo enojada.

Ele levanta bruscamente da cama e vem a minha direção.

— Por causa de um fora? — grita em minha cara. —  Sua mãe estragou a minha vida! Estragou tudo! Eu só queria que ela me amasse, só isso.

— Você é doente! — Alex diz.

— Eu tentei Megan, querida, eu tentei. Eu teria dado uma vida linda a ela se ela tivesse deixado, mas não. Alguns anos depois a encontrei casada, feliz e grávida.— ele faz uma pausa e olha nos meus olhos. — Eu tive ódio! Ódio! Entrei para a polícia muito jovem. Eu realmente queria ajudar as pessoas, queria tentar fazer pelo os outros o que não fizeram por mim. E fiz e como eu fiz. Mas eu a amava tanto.— seu olhar vagueia pelo cômodo fechado e uma lágrima preenche seus olhos exaltados — Eu a vi segurando vocês ao colo com aquele marido babaca que ela arrumou. Eu comecei a beber, beber muito. A fumar maconha, cheirar cocaína, qualquer coisa que me fizesse esquecer a vadia da sua mãe! Como policial ninguém desconfiaria e eu sabia disso!

As lágrimas descem lentamente pela minha face.

— A gente não teve culpa! A Emma e eu não tem nada haver com isso! — digo olhando em seus olhos.

— O quê acabaria com uma mãe Megan, querida? O que acabaria com o coração de uma mãe? — ele diz lentamente com os olhos injetados de dor.  — A morte de uma filha acabaria com uma mãe Megan, a morte de um filho acabaria com qualquer mãe. Mas não queria matar nenhuma de vocês.

— Você matou a Emma?—  Alex pergunta com a voz embargada.

Adam começa a rir como se estivéssemos contando uma piada. 

— Para quê matar se eu poderia usa-lá? Emma... Uma bela menina, assim como você. Mas o que tinha de linda, tinha de burra! — sorri.

— Como você a conheceu? Como fez tudo?  

— Calma mocinha, uma pergunta de cada vez.

— Calma mocinha, uma pergunta de cada vez

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