6° CAPÍTULO

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" A policia de Nova Jersey comunicou nessa manhã de domingo uma única suspeita do desaparecimento da senhorita Emma Carter. Uma garota chamada Mary Hale de apenas 16 anos que foi encontrada está manhã em um banco de praça segurando uma foto de Emma e escrito atrás " Para Emma Carter " Um senhor de idade depôs dizendo que viu a menina chegar na praça e acabar adormecendo quando percebeu o que ela estava segurando chamou imediatamente a polícia. Ao encontrar a garota ela apenas afirmou que era uma admiradora da Emma. Fica agora nas mãos das polícia desvendar o mistério. Para mais notícias fique ligado no jornal diário."

  '' Sim detetive Adam, estaremos ai em breve

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'' Sim detetive Adam, estaremos ai em breve. ''

Minha mãe dizia ao telefone. Eu andava de um lado para o outro na sala esperando alguma resposta vir do outro lado da linha. Uma garota, só podia ser aquela garota. Uma pista de Emma, sim, eu precisava manter a esperança acesa.

- Vamos para a delegacia agora. - disse minha mãe me encarando e pegando a sua bolsa em cima da poltrona - Acharam uma pista de Emma, uma garota com uma foto dela. Precisamos ir para lá agora! - a acompanho até a saída e fomos direto para a delegacia. Meu pai se encontrava já no carro a nossa espera. Ao adentrarmos o volante seu semblante estava tenso. As mãos passavam no rosto como se estivesse a soar. - Vamos Robert! Anda! - disse minha mãe o fazendo da partida.

Não demorou muito para a chegada a delegacia. Em questão de 20 minutos estávamos na porta. Descemos do carro rapidamente adentrando o local. Alguns policias se formavam em pequenos grupos e conversavam de algo que não pude ouvir. Uma recepcionista atendia telefonemas a cada instante. Um homem em exceção se destacava dos demais. Adam, o mesmo caminha até nós com um leve ar superior. Vestia um sobretudo cinza dando um ar jovial a sua aparência. O cabelo liso e longo batia abaixo do seu ombro.

- Família Carter! - disse estendendo a mão para a minha mãe e em seguida para o meu pai. - Me acompanhem, por favor. -Seguimos em direção a sua sala. Ao adentrar o local o forte cheiro de charuto e móveis velhos penetrava nossas narinas. Uma larga mesa com um computador em cima e duas poltronas pretas a frente enfeitavam o lugar. Não havia muito luz, apenas a fresta de uma pequena janela clareava o espaço. O ventilador de teto fazia barulho deixando a sala ainda mais obscura. Meus pais sentaram-se nas duas poltronas e eu permaneci em pé. - Como disse no telefonema uma garota foi encontrada em um banco de praça segurando uma foto da Emma. Peço desculpas por ter vazado, mas a impressa sempre parece mais a frente de nós. - deu uma leve tosse e continuou - A garota parece atordoada, parece não se lembrar de nada, somente do seu nome. Ela não parece em estado confiável. E aparentemente ela só segurava uma foto...

- Quero vê-lá. - interrompeu minha mãe - Eu posso conhece-lá de algum lugar. A Emma tinha muitas amigas, vocês não podem deixar isso passar despercebido.

- Ela ainda encontra-se na sala de depoimentos. Estamos a espera que ela diga mais alguma coisa. Tentamos encontrar a família, já que a garota é de menor. Mas ela diz não se lembrar de nada, nome de pai, mãe, algum conhecido. Nada. Lembra somente de ser uma admiradora da Emma e nada mais.

- Ela se diz ser admiradora da minha filha e não sabe o porquê? - pergunta minha mãe alterada, seguida de meu pai tentando acalma-lá.

- Se me permite perguntar, ela é ruiva? - contesto - É a garota citada pelo Scott, não é? Ele disse isso em seu depoimento. Disse que Emma tinha uma amiga que ele nunca viu antes e que a garota era ruiva e baixa. É só chama-lo e vê se o mesmo a reconhece.

- Eu já iria chegar a esse ponto. - disse Adam - Veja bem, como a senhora Carter citou. A Emma tinha muitas amigas e pessoas que a seguiam ou queriam estar por Perto. Ela era popular no colégio. Não tem como dá 100% de certeza que é essa a nossa garota. O Scott já foi convocado a vir a delegacia para tentar reconhece-lá, porém mesmo que haja um reconhecimento da parte dele ainda assim isso não será motivo para mante-lá aqui. Uma foto não é prova de um desaparecimento ou assassinato e infelizmente não parece ter fundamento. A garota parece atordoada e segundo o Scott a garota que conversava com Emma era perfeitamente saudável.

- Ela pode estar mentindo! Pode estar fingindo não lembrar de algo. -o respondo em uma tentativa tola de descobrir algo.

- Já conheci muitos tipos de assassinos e sequestradores, mas nenhum que acabasse adormecendo em uma praça pública com a foto de sua vítima nas mãos. No mínimo quem sequestrou a Emma não seria tão burro a esse ponto e isso se, a mesma foi sequestrada. Não podemos confirmar nada. Seja o que foi que aconteceu, foi muito bem executado. Não temos nada que ligue ao acontecido. Nenhuma evidência, marca de mãos. Nenhuma prova. E uma garota transtornada não torna isso mais fácil senhorita Megan.

A sala parecia mais quieta desde que entramos ali. Meus pais ouviam tudo com a miníma atenção e mesmo que eu soubesse que o Adam estava correto era como se algo faltasse, mas não soubesse o quê.

- Eu preciso olhar para ela - protestou minha mãe - preciso olhar nos olhos dela. Conversar com ela, qualquer coisa. Só por favor, me deixe vê-lá. - Adam tambolirou os dedos na larga mesa enquanto observava. Uma mão apoiava o seu queixo o deixando com ar pensativo.

- Claro. - disse por fim se reconcertando e levantando-se da mesa. O acompanhamos até uma pequena sala. Haviam janelas de vidro cobrindo toda a extremidade. Parecíamos ver a garota, mas ela não nos via. Adam abriu a porta com cautela, deixando a minha visão clara sobre a garota. Era ela. Eu nunca me esqueceria dos seus cabelos cor de fogo e da sua pele clara. Porém, o Adam não havia mentido. A garota tinha olhos fundos e o cabelo encontrava-se em um verdadeiro emaranhado. Batia repetidas vezes os pés no chão. Um policial gordinho encontrava-se ao seu lado como se quisesse acalma-lá. Era a minha chance, eu poderia acusa-lá. Eu tinha provas, não tinha? Não. Eu não tinha. Eu poderia dizer a verdade, mas sei que não sairia realista. Um papel escrito '' Adivinha quem sou? '' não vai culpa-lá de nada. Suas digitais já foram cobertas com a minha, já que peguei o papel com as mãos descobertas. Burra.

- Então é ela? - perguntou meu pai aproximando-se da garota que se encontrava sentada. Seus olhos levantaram-se e olhou para todos nós. - Você conhecia a minha filha? Por favor, nos diga qualquer coisa. - a garota permaneceu calada, seu pés batiam com mais leveza no chão. Observava nossos rostos ali presente, enquanto eu a encarava com frieza.

- Eu não fiz nada... - disse, tão baixo que mal deu para ouvir. Adam se aproximou e sentou-se em uma cadeira ao seu lado. - Eu não fiz nada... - repetiu- Ela fez! - disse em um súbito. Seu pequeno dedo apontou em minha direção fazendo os rostos ali presente virassem para mim. Um misto de terror e surpresa percorreu meu corpo. - Foi ela, ela matou a Emma!


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