7° CAPÍTULO

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O SUOR me descia sobe a face enquanto todos me encaravam

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O SUOR me descia sobe a face enquanto todos me encaravam. Eu travei. Não sabia o que responder ou o que fazer. Os seus olhos zombeteiros me encaravam enquanto suas pernas batiam violentamente no chão. O olhar da minha mãe cravado sobe mim me deixava ainda perplexa. Via que por um momento todos ali pensaram nessa sugestão. Eu matei a Emma? Sumir com ela? Eu sou a culpada? Os olhares gritavam por isso em minha direção. O suor frio descia pela minha testa e pingava no chão frio. As conversas lá foram resoava distante na pequena sala fechada.

- Eu não fiz nada...- disse, mais para mim do que para eles - Essa garota não tem provas de nada. Eu não fiz nada!

- Megan, acalme-se. - Adam protestou passeando as mãos pelos cabelos em um gesto cansado - Tirem ela daqui. - apontou para a garota ruiva enquanto um outro policial a levantava da cadeira.- Eu quero respostas. Encontre alguém da família dessa garota. Eu quero saber quem ela é e quero saber hoje! - o outro policial acenou e saiu da sala segurando os braços da ruiva. Minha mãe ainda me olhava de soslaio e meu pai encarava qualquer coisa que não fosse meus olhos.

- Eu fui acusada por uma doida e isso será considerado?

- Não foi você quem disse que ela poderia estar fingindo? - retruca minha mãe.

- Chega! - exclama Adam exausto - Tentarei tirar daquela garota o porquê de dizer isso sobre você. Uma acusação sem fundamento não é válida. Agora por favor, retirem-se da sala. Preciso conversar com o Scott que já encontra-se presente. Esperem na recepção.

Saímos da pequena sala encontrando um Scott aturdido. Me encarou por um segundo e virou a face indo em direção a sala a qual eu me encontrava a poucos segundos atrás. Meus pais por outro lado o olhou enojado como se estivessem acabado de ver o verdadeiro culpado. Sentamos na cadeira de espera enquanto aguardávamos a segunda ordem. Meus pensamentos permaneciam inquietos, uma chuva de dúvidas me cobria. Seja lá quem for, está querendo me incriminar ou tirar o foco principal. Esperar a resposta chegar foi como uma tortura. Pessoas saiam e entrevam na delegacia e permanecíamos ali sentados a espera. Por um breve momento o Alex me passou pela mente. Onde estaria?

- Me acompanhem. - disse uma policial que apareceu subitamente em nossa frente nos indicando o caminho de ida. Os cabelos preso em um coque e a pose distinta fez-me sentir uma calafrio. Não sabia ao certo quanto tempo haviam se passado, mas sabia que não havia sido pouco. - O detetive Adam quer falar com vocês novamente, por favor sem confusão ou alteração de voz. - afirmou. Adentramos novamente a pequena sala do Adam e Scott encontrava-se lá.

- Bom, vamos direto ao assunto. - começou Adam - A garota afirmou que você Megan é a culpada pela sumiço da Emma por causa de uma suposta briga ocorrida no colégio ao qual vocês estudavam. Uma briga cujo o motivo foi Alex Miller, filho do senhor Robert Carter com a senhorita Leona Miller. Seu meio irmão. A garota afirmou que viu você ameaçando a sua irmã enquanto brigavam. Entraremos com um investigação sobre isso, se houve essa ameaça então algum aluno do colégio estudantil possa ter visto e isso será investigado. Mas se você quiser colaborar com a policia, seria de bom agrado. Essa briga houve realmente?

- Briga?! Não houve briga! Pelo menos não que eu me lembre... Eu nunca fui de brigar com a Emma, mesmo que ela provocasse. - ponho as mãos a cabeça sentindo uma forte pontada me atingir - Eu nunca brigaria com a Emma! - meus pais me encaram desconfiando seguido de um Adam também confuso. Scott permanecia sentado ao meu lado enquanto olhava para o chão.

- Tudo bem, retirem-se por favor. Qualquer informação entrarei em contato novamente. - disse Adam indicando a saída com as mãos para nos retirarmos. Meu pais não dizem nada, apenas saem na minha frente enquanto Scott acompanha-me do meu lado. Ao chegar perto de mim sussurra '' preciso te mostrar algo. '' e o encaro vendo meus pais entrarem no carro.

- Você não vem? - perguntou minha mãe com a porta aberta a minha espera.

- Não... Eu vou tomar um ar. Pego um ônibus pra ida, podem ir. - sorrio vendo-a bater a porta e meu pai alavancar com o carro. Scott se encontrava já do outro lado da rua onde me esperava. Atravesso rapidamente me aproximando. Seus olhos estavam fundos como se não dormisse a algum tempo. As mãos no bolso se mostravam inquietas.

- Eu achei uma coisa. - falou sem rodeios enquanto começava a andar em direção oposta a minha casa - Eu achei algo relacionado a Emma e quando a policia me chamou pensei em mostrar, mas eu amarelei... - sua cabeça despencou em sinal de derrota. O olhei preocupada e inquieta não querendo obriga-lo a falar de imediato o que houve, sua cabeça se reergueu e uma pequena lágrima escorre.

- Scott... você tá me assustando. O que achou?

- Isso. - tirou do seu bolso uma pequena correntinha dourada e entregou-me em mãos. - Isso era da Emma. Eu lembro dela usar isso as vezes no colégio. - era uma linda correntinha com um pingente escrito '' Não temerei mal algum. '' não era o tipo de joia que Emma usaria, mas não via motivo para o medo em seus olhos. - Eu achei na minha casa e a Emma nunca foi lá em casa com essa correntinha... Estava no quarto do meu pai, em meio a suas bermudas. - então ali eu havia entendido o porquê do seu medo e desconforto.

- Scott, você tinha e tem que entregar isso a policia. É uma prova, o seu pai pode saber de algo... Scott, não pode deixar isso passar. Se você não contar, eu conto. Desculpe-me... - digo o vendo murchar de tristeza.

- Não podemos Megan. - disse em um respirar enfadonho - Eu não sei porquê isso estava lá, mas sei que meu pai não faria mal a ninguém. Ah, fala sério Megan! É a porra do meu pai. Se ele for chamado para depôr vai saber que fui eu que disse e provavelmente me expulsar de casa. Eu topei te ajudar e estou ajudando, mas isso não pode foder com a minha vida! Eu não tenho papai e mamãe do meu lado como você! Se você quiser ajuda, eu estou aqui, mas você começou isso sozinha, então não pense em foder com a minha vida.

- Scott... - o encaro sem jeito. Seu olhar transmitia raiva deixando-me nervosa. Seus punhos cerrados passavam autoridade. - Tudo bem, desculpe-me. Não farei nada que não queira. Mas posso ficar com isso?- sacudo a pequena corrente em sua frente.

- Sinta-se a vontade. - disse respirando aliviado e voltando a andar a minha frente enquanto o acompanho. - Esse pingente parece uma puta ironia. A Emma nunca foi religiosa. - crispa sem me olhar fazendo-me repetir a frase em minha mente. Frase essa que não me era estranha. A frase ecoava em mim repetidas vezes tentando extrai algo que eu não conseguia lembrar. - Megan, tudo bem ai? Terra chamando Megan Carter!

- Eu conheço essa frase. Scott, eu conheço essa frase! - exclamo aturdida - Eu lembro de longe, mas eu sei. Eu disse essa frase a Emma enquanto discutíamos na saída do colégio. Houve uma discussão, mas não lembro-me o porquê. Que merda Scott, eu fiz alguma coisa!

 Que merda Scott, eu fiz alguma coisa!

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