Capítulo 15 - Por toda a minha vida e além dela

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O abajur estava acesso quando meus olhos se abrem de maneira abrupta e solto em um grito um enorme "Não". Meus olhos percorreram o enorme quarto. Meu corpo estava sobre a cama de casal, na minha frente preso a parede estava a televisão de LCD de 52'.

Havia um guarda roupa de mogno e marfim embutido na parede do meu lado esquerdo, entre a televisão e o guarda roupa ficava uma porta de vidro que dava acesso a uma varanda onde se encontravam duas cadeiras feitas de vime, sua porta era de vidro que deslizava para a direita. Havia dois criados mudos um de cada lado da cama juntamente com os abajures.

Meu corpo pesa e caio na cama, meus olhos se prendem no teto de madeira reluzente, onde está rabiscado levemente com minha caligrafia a seguinte frase: "Por toda a minha vida e além dela". Me viro na cama e olho para o meu lado esquerdo que continuava intacto e arrumado.

Levanto-me e percebo que estou com uma samba canção azul escura e uma camiseta cinza, calço os chinelos que estavam próximos a cama e saio do quarto e caminho pelo corredor, até chegar a escada que dá acesso ao piso inferior. Eu sabia onde estava apesar das lembranças estarem aleatórias, mas eu sabia onde estava e com que eu estava.

Tocar no corrimão enquanto descia me fez sentir uma sensação de estar onde eu deveria estar, desde o começo. Quando me aproximo da sala, vejo ele, sentado em sua poltrona, seus olhos estavam perdidos em pensamentos enquanto olhava para a lareira que sibilava chamas.

Caio aparentava estar cansado, seu cabelo estava desgrenhado, havia marcas arroxeadas abaixo de seus olhos. Ele estava péssimo, enquanto na mesinha de centro da sala estava um copo de whisky juntamente com uma garrafa. Eu o olhei de longe, o admirando.

Então ele vira o rosto e seus olhos encontram os meus. Seu corpo vem em direção rapidamente, seus braços me envolvem em um abraço apertado, e então ele desaba. Minhas mãos percorrem suas costas tentando acalma-lo. Ele estava desesperado.

- Esta tudo bem meu amor... eu estou aqui.

Ele não conseguia pronunciar uma única palavra, então separei nossos corpos e fiz como ele sempre fazia quando eu me sentia triste e sozinho, segurei seu rosto em minhas mãos e olhei em seus olhos. Minha boca se movimentou devagar pronunciando cada palavra quase como em um sussurro.

- Por toda a minha vida e além dela, eu vou amar você.

Então sua boca tocou a minha, sua língua pedia passagem com urgência, enquanto suas mãos passeavam pelo corpo. Ele elevou meu corpo e me colocou em seu colo, em nenhum momento ele soltou a minha boca, então nos separamos por um breve momento para pegar folego.

Ele já subia as escadas e caminhava em direção ao quarto, ele me deitou na cama e se colocou por cima de mim, sua boca tocou a minha novamente, só que desta vez ela não quis ficar apenas ali, ela desceu pelo meu pescoço, eu sentia sua língua por sua extensão, enquanto ele o chupava.

Ele subiu até a minha orelha e a mordeu com carinho e desceu de volta a minha boca enquanto ele separava minhas pernas com as suas coxas e se encaixava entre elas, suas mãos tocavam minhas coxas e ima em direção a minha cintura enquanto sua boca descia pelo meu pescoço, sem pensa duas vezes ele rasga a camisa e sua língua encontrara meus mamilos.

Soltei um gemido de prazer enquanto ele soltava um sorriso safado e começou a suga-lo deixando meus mamilos rígidos, enquanto sua mão trabalha e tirava meu samba canção, então sua boca desceu dando mordidas e lambidas até chegar a barra da minha cueca, ele a abaixou com a boca e encontrou meu pau duro.

Sua língua tocou a cabeça e logo em seguida sua boca engoliu meu mastro em movimentos de subida e descida, minhas mãos acariciavam sua cabeça e a forçavam contra meu pau que entrava e saia da sua boca, me fazendo gemer alto enquanto lhe arranhava as contas.

- Aaaah! Isso chupa gostoso vai amor... Aaaah! Que boca gostosa amor.

Então segurei sua cabeça e comecei a foder sua boca que deixava meu pau todo melado de baba e deslizava dentro de sua boca, então sem pensar duas vezes eu me viro e jogo Caio na cama e abro sua bermuda a arrancando junto com a sua cueca e começo a chupa-lo com vontade.

Ele puxa meu corpo e faz com que minhas pernas fiquem de encontro com seu rosto e volta a chupar meu pau em um meia nove delicioso, me levantei e ergui suas pernas me encaixando na entrada do seu cuzinho e forçando a entrada. Caio fez uma cara de dor que logo foi substituída por prazer, ele começou a rebolar com pau dentro do seu rabo.

Eu sentia toda a extensão do meu membro sair e entrar dentro dele, deslizando entre as pregas apertadas de sua entrada, ele me joga na cama e sobe em cima de mim, encaixando meu pau em seu cuzinho e fazendo com que ele entre deslizando me fazendo soltar um gemido alto, ele cavalga rapidamente retirando apenas o corpo do meu membro e deixando a cabeça e logo em seguida descendo rapidamente.

Minha respiração acelera, nossos corpos estão suados e sinto como um apequena carga elétrica atravessasse meu corpo, enquanto Caio desce de uma vez e rebola esfregando seu corpo no meu, não consigo mais segurar e urro alto despejando todo o meu leite quente dentro daquele anelzinho apertado e quentinho.

Ele geme alto e esporra em meu rosto, sinto sua gala escorrer pelo meu rosto e cair na minha boca, minha língua saborear o néctar de Caio enquanto vejo seu corpo caindo em minha direção e eu o abraço. Sua respiração esta acelerada enquanto faço carinho em sua cabeça.

- Eu tenho medo. – disse ele quase que em um sussurro.

- Eu também. – digo suspirando.

Seu corpo se ergue, ele se apoia em seus braços e fica a centímetros do meu rosto.

- Eu nunca vou desistir de você, não importa quanto tempo leve.

- Não quero faze-lo sofrer Caio. Tudo pode se desfazer em um único momento.

- Eu sei. Mas você sabe que dia é hoje?

- Não. – o olho curioso esperando por uma explicação.

- Dia dois de maio, o mesmo dia em que nos casamos. Eu só percebi no segundo ano que havia um padrão, mas não havia uma explicação lógica para o que está acontecendo.

- Ainda não estou entendendo.

- Há três anos, você sempre volta para mim nessa data. É como se sua mente reiniciasse e recuperasse todas as lembranças e é a única data em que eu posso ter você assim, como meu marido.

Meus olhos se enchem de lagrimas e o abraço forte, não digo um única palavra apenas o aninho meu colo e assim ele adormece em meus braços. Me levanto devagar para não acorda-lo, o cubro e saio do quarto em direção a cozinha, abro a geladeira e pego uma garrafa de whisky que estava escondida atrás de algumas latinhas de cerveja.

Pego um copo e me sento na mesa me servindo. A bebida desce rapidamente e sensação de queimação toma conta de minha garganta. Olho para os meus pulsos, as marcas de quem já havia tentado a morte. Olho pela pequena janela de vidro e vejo o carro, pego a garrafa e sigo até o mesmo, o ligo e viro a garrafa em minha boca, deixo outra leva de bebida inundar meu corpo.

Acelero o carro e saio em disparada, as curvas que levavam a nossa casa era fechada e a estrada era de areia batida e não havia ninguém em quilômetros, a casa era afastada para uma vida tranquila. A lua estava no auge, não havia nuvens no céu, os faróis iluminavam o caminho, mas a bebida começava a fazer efeito.

Não há uma razão, a adrenalina começava a tomar conta do meu corpo enquanto eu aumentava a velocidade do carro e a cada curva o carro rangia ao fazer um cavalo de pau e se estabilizar novamente, naquele momento eu só queria poder voltar no tempo, ir até o maldito dia em que eu fui falar com Doug. Onde tudo começou a dar errado.

Minha mão tateia o banco do passageiro, mas garrafa cai abaixo do banco e me abaixo para tentar pega-la e no instante seguinte sinto um solavanco, meu corpo se torna tão leve e no instante seguinte tão pesado. Sinto a gravidade me puxar para baixo então faço o que qualquer um faria quando se vê a morte a sua espreita.

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