CAPÍTULO 05 - PARTE 01

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KURT

A pele dela estava tão quente, ela tremia a cada toque. Eu não entendia o que estava sentindo, era diferente. Não queria apenas levá-la pra cama e sentir o prazer de estar dentro dela, eu queria mais. Lucy se afastou quando sussurrei em seu ouvido, ela engoliu seco e não disse uma palavra.

-Está tudo bem? -minha voz era rouca.

Sua cabeça balançou concordando com o que eu dizia. Por que ela tinha que ser tão perfeita? Eu sabia que talvez ela nunca tinha se deitado com alguém, qual é? Ela é filha do pastor, mal deve sair de casa a não ser para ir a igreja. Eu preciso ter calma, mas calma, não é algo que eu tenho agora. Eu não ia conseguir me segurar com ela ali na minha frente. Droga! Eu estava tendo o paraíso, mas estava começando a me arrepender de ter fingido sobre a gasolina da moto ter acabado. Sua roupa ainda estava molhada da chuva e suas longas pernas, muito malditas pernas longas e suaves estavam na minha frente. Eu queria apertar aquilo, eu as queria envolta de mim. Aquele olhar inocente, me chamava pra uma imensidão que eu não conseguia desviar. Não sei se era seu cabelo perfeitamente liso e longo, ou essas malditas pernas, alguma coisa me prendia a essa garota. Merda, eu nunca tinha ficado assim por alguém. Eu me aproximei dela, eu estava perto demais. Minha mão levantou-se tocando sua bochecha rosada, eu precisava senti-la. Seu cheiro era tão bom. Enrolei meus dedos no cabelo macio da menina a minha frente. Seus olhos se fecharam com o meu toque e seus dentes mordiscaram o seu lábio cheio. Puta merda! Eu estou perdido. Eu quero morder essa boca pra caramba. Sorri pra ela encarando aqueles lábios, eu iria beija-lá. Um toque alto vindo do meu bolso me fez cair dos céus. O nome de Lewis estava na tela.

"Cara eu te odeio muito agora!" -eu disse enquanto me afastava da perdição ao meu lado.

"Você some com o meu carro e ainda fala que me odeia? Por favor, Kurt!" -Lewis tinha uma voz séria mas com um pouco de sarcasmo.

"Eu sei que você me ama, seu gostosão" -era assim que nos relacionávamos desde quando eu tinha 12 anos. Ele era como um irmão pra mim.

"Seu idiota! Me deixou com vergonha agora. Onde você está? Cade o meu carro?"

"Está tudo bem comigo, obrigado por perguntar. E sobre o seu carro, longa história e eu não estou muito afim de contar. Pode escolher qualquer um da minha garagem pra você" -eu olhei para trás e pude ver Lucy me olhando assustada. Ela examinava cada parte do meu corpo, aquilo estava me matando.

"Merda Kurt! Seu tio disse que foi assaltado e agora você foi pra um retiro espiritual em alguma cidade com pouco mais de 5 habitantes" -Lewis terminou rindo.

"Mais ou menos isso. Bom, você me interrompeu de um momento interessante. Se me permite, preciso voltar" -eu voltei meu olhar para a janela a minha frente, não podia ficar olhando aquela obra de arte por muito tempo.

"Você está no meio de uma foda? Caramba! Parou só pra me atender? Me sentindo importante."

"É"

"Onde você está cara? Preciso do meu carro e você não vai acreditar na quantidade de mulher que eu.."

Não ouvi mais nenhuma palavra do meu velho amigo. Joguei o telefone na mesa velha ao meu lado e voltei a olhar Lucy.

-Você desligou na cara dessa pessoa? -ela me olhava espantada.

-Eu estava entediado, tenho coisas melhores para fazer por aqui. -arqueei uma sobrancelha enquanto a observava morder seu lábio de novo. -Não faça isso, lindinha.

-Isso o quê? -aquela testa se enrugando por causa da dúvida era tão sexy.

-Não morda isso, eu também quero mordê-la. -me aproximei colocando meu dedo sobre sua boca macia. Lucy não recuou, ela ficou paralisada. Seus olhos estreitos me olhavam com desejo, eu sabia que ela me queria.

-Posso avisar meu pai que estou aqui? -o quê? Sua mão apontou para o telefone em cima da mesa. O que ela estava fazendo? Tentando me deixar louco?

-Vá em frente. -saí do caminho da menina. Ela saiu com passos lentos enquanto levava sua bunda até a mesa.

O que ela estava fazendo comigo? Não sabia que ela gostava de joguinhos. Aquilo estava ficando cada vez mais interessante. Me encostei na porta a observando discar o número.

"Pai? Sou eu, Lucy!"-sua voz era tão meiga e suave.

"É de Kurt, ele está comigo"-eu não podia escutar o que seu pai a perguntava, mas pela cara dela, ele não estava muito contente de ter a filhinha comigo.

"Está tudo bem papai, tem muita lama na estrada. Já estamos indo pra casa"-ela se permitiu olhar pra mim por alguns segundos e ela parecia tensa.

"Sim papai, ele está sendo respeitoso comigo"-não posso acreditar que o velho estava preocupado comigo. Eu sou um lorde, quando se trata das mocinhas. Sou mentiroso também. Sorri comigo mesmo enquanto a observava no celular.

"Preciso desligar, eu te amo" -minhas sobrancelhas se levantaram e eu me desencostei da porta. Caramba, ela ainda fala que ama o velho? Fui até Lucy que não me olhava, seu olhar estava ainda sobre o meu telefone.

-Prontinho. Onde a gente estava mesmo? -coloquei minhas mãos sobre a mesa velha, prendendo a garota sob o meu corpo. Ela nem sequer me olhava, sua respiração era pesada e descoordenada. Lucy estava tremendo. Eu estava a assustando? -O que foi? Está tudo bem?

Sua cabeça balançou negativamente enquanto seus olhos subiam para encontrar os meus. Ela é tão ingênua. Sua boca se moveu devagar tentando formar algum tipo de palavra.

-Você pode me soltar? -Lucy disse tão baixo que eu mal pude ouvir.

O que ela está tentando fazer? Eu só sei que estou ficando louco. Eu estava amando esse joguinho, mas ela está dura demais comigo. Dei um sorriso fraco e tirei minhas mãos dali soltando-a. Ela caminhou em direção a cama e eu me apressei antes mesmo que ela se deitasse.

-Você está molhada, tire a blusa e vista a minha. -tirei rapidamente minha jaqueta e a camisa que não estava tão molhada por baixo. Ela hesitou um momento antes de me olhar. Ela me analisava e eu só queria jogá-la por cima da cama e rasgar toda a sua roupa. Estendi a camisa para a garota e ela pegou, mas não se trocou. Me sentei na cama esperando que ela fizesse, mas nada da menina se mexer. -Tire logo antes que ganhe um resfriado.

O olhar dela pra mim era de vergonha. Caramba, essa garota não existe. Ela está com vergonha de tirar a merda de uma blusa perto de mim?

-Está escuro aqui Lucy, não vou ficar olhando seus peitos. Já vi uma coisa melhor. -eu estava dizendo sobre sua bundinha delicada que havia visto pela manhã. Ela não fazia idéia disso. A menina se virou no mesmo instante. Dei uma risada baixa achando graça da sua vergonha.

Assim que vi partes de suas costas nuas, um arrepio passou pelo meu corpo. Eu quero tocá-la, eu quero beijá-la

-Dá pra vestir mais depressa? -eu disse deitando na cama. Tirei minhas botas e me aconcheguei na cama empoeirada. A chuva estava cada vez mais forte e eu sabia que não iria passar tão cedo.

(COMPLETO) LAKEWOOD - Entre o céu e o inferno Onde histórias criam vida. Descubra agora