L U C Y
ELE ainda estava lá. Kurt não tinha ido embora como eles tinham falado. Ele esperou por mim. Quando eu o vi todo machucado, não consegui me mover. Não consegui gritá-lo. O que tinham feito com ele? Ele estava tão machucado. Meu coração doeu. Quando Dustin ligou o carro e partiu, eu comecei a chorar.
—O que foi? Está doendo alguma coisa? –ele disse enquanto dirigia.
—Estou bem. –eu estava mentindo.
—Então não chore. Você pode me explicar como chegar em sua casa? –eu disse que sim e comecei a explicá-lo.
Estava doendo tanto. Eu não podia estar apaixonada. Eu não podia. Kurt estava preocupado comigo, eu não consegui falar. Era mentira. Eu queria vê-lo, mas Dustin mentiu pra ele.
—Dustin, eu quero falar com Kurt.
—Acho melhor você dar um tempo, ele está fora de si. –a voz de Dustin ecoava na minha cabeça. Eu não me importava, eu só queria vê-lo.
—Por que ele está todo machucado? Você bateu nele? –se ele falasse que sim, eu iria descer do carro.
—Não, princesa. –eu respirei aliviada. Mas quem teria feito isso? —Foram os outros caras que o viram te chutando. –ele me respondeu como se lesse meus pensamentos.
"Outros caras". Eu comecei a chorar novamente.
—Ele está muito machucado. Você pode voltar e pegá-lo? –Dustin riu e eu queria socá-lo.
—Caramba, você é uma santa. Depois de tudo que ele te fez, ainda quer ir pegá-lo? –eu assenti com a cabeça, engolindo o choro.
—Por favor!
—Não dá. Já estamos chegando na cidade. Ele se vira por lá. –eu odiava pensar que ele estava sozinho e machucado.
Não dei mais nenhuma palavra até chegarmos em casa. Dustin me perguntou algumas coisas, mas eu fingi que estava dormindo. Quando o carro desligou, ele desceu e abriu a porta de trás.
—Meu anjo, acho que chegamos na sua casa. –ele disse com uma voz baixa e tranquila.
Eu me levantei devagar, sentindo uma dor forte nas costelas. Coloquei minha mão sobre elas e fiz uma careta.
—Tem certeza que não quer ir ao hospital? –a mão de Dustin segurou minha cintura e me tirou com cuidado dali. Eu balancei a cabeça.
—Não precisa. Eu só preciso que me ajude a entrar em casa. –ele me carregou até a porta —Tente não fazer barulho, meu pai não sabe que eu estou fora.
Ele não parecia ser tão meigo quando eu o vi lá em cima, cantando para todas aquelas mulheres. Seu cabelo bagunçado em um coque estava com alguns fios soltos sobre seu ombro. Ele era um cara muito bonito e eu gostava de olhá-lo.
—Seu rosto está bem machucado. –eu sussurrei enquanto entrávamos no meu quarto.
—Nada demais. Seu namoradinho estava bem nervoso. –ele sussurrou de volta enquanto me colocava na cama.
—Ele não é meu namoradinho.
—Eu sei, Kurt não namora. Você não tem namorado? –ele estava sentando na minha cama, mas permanecia falando baixo.
—Não. –eu respirei fundo mudando meu olhar. Eu não conseguia ficar olhando para aqueles olhos intensos que me encaravam sem parar —Acho melhor você ir.
—Também acho. –ele se levantou e beijou o topo da minha cabeça. Ele não parecia o tipo de cara que fazia isso. Eu o observei caminhar até minha mesinha —Vou deixar meu número aqui. Quando precisar, você me chama. Tudo bem? –eu concordei.
Eu o vi saltando pela janela, mas antes que ele fizesse, eu recebi uma piscadela. Ele piscou pra mim. Se eu não estivesse tão nervosa por causa de Kurt, eu com certeza estaria desmaiando.
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(COMPLETO) LAKEWOOD - Entre o céu e o inferno
Roman d'amour(COMPLETO) - SEM REVISÃO COMPLETA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. PLÁGIO É CRIME! DENUNCIE!!! "CRIE. INOVE. INVENTE. NÃO COPIE." ----------------------------------- LAKEWOOD Kurt Walker é o bad boy da cidade. Mulheres, motos, carros e festas nunca for...