Rinnegan 2

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Após terminar de examinar a filha Sakura me pediu que devolvesse a bebe para a enfermeira leva-la ao berçário, relutante entreguei minha filha para a mulher que sorriu e a levou embora da sala. Meus braços pareciam vazios sem ela e me peguei desejando embala-la, não queria deixar nenhuma das duas mulheres da minha vida porque sentia que se o fizesse esse momento mágico deixaria de existir, tornando-se um sonho.

Apesar da minha insistência de que já havia visto sua filha nua várias vezes e era exatamente por isso que estávamos nessa situação, Sakura foi irredutível em me expulsar de volta para a sala de espera enquanto Sarada tomava um banho e era levada de volta para o quarto. Xinguei mentalmente minha sogra enquanto entrava no corredor, a calma no ambiente contrastava com o turbilhão que era minha cabeça e meu corpo. Nem parecia que o mundo havia acabado de ser transformado para sempre, mas era isso que havia acontecido, para mim pelo menos.

Caminhei até a sala de espera, a adrenalina que havia me acompanhado até aquele momento estava se esvaindo e sendo substituída pelo cansaço, cada passo parecia mais difícil e me forcei a continuar andando até passar pelas mesmas portas que eu havia cruzado a ... quanto tempo mesmo?

Levantei meus olhos para o relógio na parede e vi que já haviam passado três horas desde que fui avisado sobre o nascimento da minha filha, Sarada levou cinco horas para dar a luz, não sei se isso é muito ou pouco tempo. Ainda era estranho pensar naquela pequena criança deste modo, tão dependente de mim tão linda. Fui tomado pela empolgação e pelo medo ao mesmo tempo, agora eu era pai.

Abaixei o olhar de volta para as pessoas que me esperavam com os rostos preocupados. Meus pais e Sasuke estavam lá, com meu melhor amigo e minha irmã, o idiota do Nara a quem eu devia um murro e a esposa também. Um sorriso surgiu no meu rosto pela segunda vez naquele dia e começou a se espalhar para o dos presentes. O maior de todos era o do meu pai, não que fosse novidade, Naruto era o Sol e todos orbitam ao seu redor. Minha mãe foi a primeira a falar.

-Como elas estão?

Ela mantinha as mãos unidas como se estivesse fazendo uma prece e seus olhos estavam brilhando de emoção. Andei devagar até chegar ao grupo de pessoas porque o chão sob os meus pés não estava muito firme.

-Sarada vai ser levada para o quarto e a Aria foi levada para o berçário.

Minha mãe assentiu com a cabeça no seu jeito tímido de sempre, minha irmã veio voando para cima de mim e me envolveu em um abraço apertado. Ela com certeza havia herdado a personalidade do meu pai e um dia seria o Sol de muitas pessoas, a primeira delas era o meu melhor amigo.

-Meus parabéns Onichan você agora é pai, quem sabe não ganha algum juízo divino?

Todos acompanharam minha irmã que começou a rir de mim, fiz uma cara feia e cruzei os braços numa tentativa de passar seriedade.

- O que você quer di...

Não consegui terminar a frase porque o ar me faltou, meus pés se recusaram a sustentar meu corpo que inclinou para frente e minha visão escureceu. Ouvi minha mãe e minha irmã gritando meu nome e senti três braços me segurarem antes que batesse os joelhos no chão. Fui arrastado para uma das poltronas onde fiquei sentado com a cabeça entre os joelhos. Meus ouvidos apitavam, mas com o tempo consegui respirar e meu ritmo cardíaco foi diminuindo até conseguir abrir os olhos sem que o mundo girasse ao meu redor.

Olhei para cima devagar e encontrei meu pai agachado ao meu lado e Sasuke de pé do outro, ambos preocupados comigo. Queria assegura-los que estava bem, mas ainda não conseguia falar. A sala estava silenciosa exceto por passos apressados que se aproximavam, minha irmã vinha acompanhada de uma enfermeira que parou na minha frente.

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