Rinnegan 32

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Acordei bem cedo na manhã seguinte e fui bater na porta do quarto do meu irmãozinho. É humilhante admitir, mas ele é bem melhor em se comunicar do que eu e preciso de muita ajuda.

-Tetsu acorda.

A cabeleira loira do meu irmão apareceu na porta e ele levantou a cabeça para me olhar sonolento, seu pijama de Sol deixava ele ainda mais adorável.

-Hoje não é folga.

-Sim, é por isso que eu preciso da sua ajuda.

Ele coça os olhos, o que é um sinal de que está tentando acordar o suficiente para ser útil naquele horário.

-O que houve.

-Eu fui convidada para um encontro.

Tetsu arregalou os olhos e ficou me encarando com cara de espanto. Não sei o que exatamente é tão perturbador na minha afirmação.

-Quem te convidou?

-O Yori.

Ele franziu a testa chateado, os dois nunca se deram mau e depois que Yori me venceu no exame Tetsu passou a admira-lo ainda mais, então porque estava agindo daquela forma.

-Sabia que não devia ter deixado ele falar com você ontem.

-Achei que você gostasse dele.

Meu irmão me encarou com a cara que ele geralmente reserva para quando eu faço uma pergunta muito idiota e cuja resposta é de conhecimento geral.

-Exatamente, agora vou ter que odiar ele por ter convidado minha irmã para sair.

-Por que?

-Porque essas são as regras.

Eu já tinha problemas demais sem tentar descobrir de onde ele tirou esse livro de regras estranho, balancei a cabeça e continuei.

-Isso não importa agora. Como eu devo me comportar em um encontro? Tem algo especifico que eu deva fazer?

-Tomar banho.

Revirei os olhos irritada, tá certo que sou meio lerda, mas isso até eu sei.

-Algo mais?

-Eu sou um garoto, como devo saber o que uma garota deve fazer em um encontro?

Ele tinha razão, apesar de ser altamente capaz de se comunicar com outros, cada um tem seu papel e eu não podia esperar que meu irmão soubesse o papel do sexo oposto.

-O que você gostaria que uma garota fizesse com você no primeiro encontro?

O rosto dele ficou muito vermelho e pensei que fosse passar mal, mas ele só bateu a porta na minha cara. Fiquei sem saber o que eu tinha dito de errado.

-Vá perguntar para a mamãe.

Eu adoraria perguntar para a mamãe, mas ela já tinha saído para trabalhar. Tentei listar mentalmente as pessoas que poderiam me ajudar nessa ocasião. Fui até a floricultura dos Yamanaka ver se a Inoha estava lá, mas só encontrei a avó dela Ino.

-Olá Aria, em que posso ajuda-la?

-Estou procurando a Inoha, ela está?

-Está lá dentro, pode entrar.

Agradeci e entrei na casa, haviam várias flores lá dentro também, dava para perceber que a avó de Inoha realmente gosta de flores e não só as vende.

-Oi Aria, o que houve?

Inoha estava sentada no sofá da sala, mas quando me viu ela se levantou.

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