Rinnegan 31

279 20 0
                                    

Antes do início da terceira fase, os participantes foram reunidos para que minha mãe pudesse explicar a ordem das lutas. Os participantes que restaram foram divididos em pares, cada luta duraria 5 minutos e no final desse tempo quem tivesse adquirido mais pontos ganha. Os pontos são atribuídos por técnica, precisão e conhecimento. Cinco jounins são os juízes, um de cada vila, no final da luta eles reúnem as pontuações e decidem o vencedor.

No segundo round as lutas durarão 10 minutos, no terceiro 15 e na final não há tempo limite. Novamente eles estão testando não só a força, mas também nossa resistência. Os kages assistiram as lutas de um camarote no alto do estádio, eles não pareciam muito felizes por estarem juntos e me perguntei se fui a única a perceber isso.

Ao contrário do que pensei, os jounins foram rápidos em decidir os vencedores, assim que recebíamos o sinal tínhamos que ir com tudo para cima do adversário e tentar conseguir a maior quantidade de pontos possível. Percebi que muitos shinobis não estavam preparados para isso, eles provavelmente estavam acostumados a ler os oponentes antes de começar o ataque de verdade e por isso acabaram perdendo. Nem sempre você tem tempo de pensar em uma estratégia, nestas primeiras lutas isso ficou claro.

Ninjas que usam técnicas a distância também tiveram dificuldade, era difícil manter o adversário afastado por tempo o suficiente para usar um jutsu quando ele está desesperado para conseguir pontos o mais rápido possível. Ganhei minha primeira luta exatamente por causa disso, a menina da vila da nevoa não conseguia se concentrar comigo correndo ao redor dela, trocamos alguns golpes e eu a nocauteei.

A segunda luta foi mais difícil, o garoto de Suna era muito mais forte do que eu e pensei que ia perder, consegui ganhar queimando ele com o jutsu de fogo do clã Uchiha que meu avô me ensinou. Meu terceiro oponente foi ainda pior, dessa vez era uma garota que usava o próprio cabelo como arma, uma habilidade digna de histórias de terror se você quer saber.

Tentei queima-la, mas não funcionou porque ela sabia jutsu de água, tentei cortar o cabelo dela, mas parecia que nunca acabava. Percebi que apesar de usar jutsu de água a menina sempre recolhia o cabelo antes de atacar, por isso refleti o ataque dela e funcionou. O cabelo molhado voltou a forma normal e ela desmaiou de cansaço, aquela devia ser uma técnica muito desgastante.

Enfim em cheguei à final.

Entre os rounds nós tínhamos tempo de ir tratar algum ferimento, conversar com os parentes, beber uma água. Minha mão não precisava me dizer nada, pude ver de onde estava o sorriso dela, imaginei ela me dizendo o quanto estava orgulhosa e isso foi suficiente.

O restante da minha família estava sentada na arquibancada com um cartaz enorme me desejando boa sorte. Meu irmão e meu avô Naruto que estavam segurando, claro que isso tinha que ser ideia deles. Depois da luta, mesmo se eu não vencer tenho que agradecer todo o apoio que eles me deram.

Ouvi o narrador anunciando os dois participantes da final, fiquei surpresa quando ele apresentou meu oponente, porque eu não havia prestado atenção nas outras lutas para saber de antemão quem seria.

Olhei para cima e vi Yori entrar do ouro lado da arena, ele sorriu para mim, mas seus olhos continham um aviso claro de que dessa vez ele não iria me ajudar. Fiquei com medo de que minha visão se tornasse realidade naquele momento, mas então me lembrei de que nela Yori não parecia ameaçador, ele estava desesperado e tentando me dizer algo.

Foi difícil limpar a mente antes da luta, Yori me dá muito sobre o que pensar, eu nunca consigo entender o que se passa na cabeça dele e queria saber porque me esforço tanto para decifra-lo. Tentei dizer a mim mesma que é apenas por causa da visão e encerrar o assunto. Eu não sou boa em enganar nem a mim mesma.

RinneganOnde histórias criam vida. Descubra agora