Rinnegan 21

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Percorremos um longo caminho até o salão principal, minhas pernas estavam dormentes o que me fez cair varias vezes, deixando o homem que me carregava muito irritado. Quando chegamos ao salão, notei que as janelas eram completamente seladas e a única luz era a da lua. Cada movimento parecia exigir muito mais esforço de mim do que deveria. Fui atirada no chão e não consegui me equilibrar, caindo de cara.

Minha visão estava turva por isso demorei um tempo para notar que havia outra pessoa na sala, ela andava na minha direção. Ouvi a porta sendo fechada e os passos do homem que me levou até lá, estava sozinha com o estranho.

-Levante-se.

Era fácil pedir, eu apenas levantei a cabeça para poder olhar para ele, mas meu corpo permaneceu onde tinha sido atirado. Ficando irritado o homem puxa meu cabelo até que eu não tenha escolha a não ser ficar em pé. Eu mordo meu lábio para sufocar o grito, enquanto sinto a raiz do meu cabelo se soltando do couro cabeludo pela força com que ele está puxado.

-Ótimo, você tem muito a me agradecer sabia? Eu deveria te entregar para a pessoa que me contratou, mas ai pensei porque não ficar com o Rinnegan para mim?

Eu choraminguei e tentei esticar meus braços para alcançar a mão dele na minha cabeça, mas antes que eu pudesse ele agarrou meu pulso e o torceu na direção errada. Levou algum tempo para o meu cérebro entender o que aquilo significava e quando isso aconteceu a dor foi tão grande que me fez gritar.

-Não me interrompa quando eu estou falando.

Ele me chutou fazendo o pouco que eu tinha no estomago voltar, mas não era ácido e sim sangue que eu senti na boca.

-Você não está grata por ter ficado nessa casa linda ao invés de presa em um país distante? Agora que tal demonstrar sua gratidão me mostrando o Rinnegan?

Ele estava fazendo muitas perguntas e eu não conseguia acompanhar, cuspindo o sangue que estava acumulado na boca tento falar, mas saem apenas alguns gemidos. Mesmo que eu quisesse não poderia ativar o Rinnegan porque estava sem chakra para isso.

O homem segurou meu queixo me forçando a olhar para ele, mas quando viu que não estava conseguindo o que queria ele segurou meu outro pulso, sabendo o que viria eu tentei puxar meu braço para me soltar dele. Choraminguei e balancei a cabeça, implorando para ele não fazer isso, eu não podia mostrar a ele.

Sua mão girou meu pulso bem lentamente, aproveitando cada segundo da agonia que eu sentia, esperando que isso fosse me fazer obedecer. Quando o osso finalmente quebrou eu gritei mais alto, com toda a força que eu tinha, como se isso pudesse me livrar do meu próprio braço.

A porta da sala foi aberta, mas como eu estava de costas não consegui ver quem estava entrando, do lado de fora vinham vários sons que não consegui distinguir, minha mente estava oscilando entre o consciente e o inconsciente.

Uma figura negra passou muito rápido pelo meu lado e levou o homem com ele, meu corpo ainda ficou de pé por algum tempo e percebi que era porque a mão dele ainda estava presa no meu cabelo. O membro decepado rolou pelo chão e meu corpo caiu para trás. Alguém me segurou e o rosto do meu pai apareceu acima do meu, ele estava falando comigo e eu queria muito responder, eu estava tão feliz em vê-lo, tão feliz. Sua voz não chegava aos meus ouvidos, nada mais chegava, eu sentia as lagrimas escorrendo pelo meu rosto e ao mesmo tempo pareciam ser de outra pessoa.

Eu queria perguntar a ele sobre o Tetsu e sobre a mamãe, queria saber se meu sensei estava bem e o Shikaru e a Inoha. Nenhuma pergunta foi feita, eu nem sequer me lembro de quando deixei de ver seu rosto, mas a última coisa que me lembro é dele falando comigo.

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