Rinnegan 39

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Quando eu acordei a primeira coisa que notei é como tudo parecia brilhante, fechei meus olhos de novo para tentar escapar de toda aquela luz. Meu corpo doía, o que infelizmente quer dizer que eu não estou morta. Sei que não devia ser tão pessimista com a minha sorte, mas eu não conseguia ver um futuro para mim agora.

Com o tempo todas as lembranças do porque eu me sentia miserável e sem vontade nenhuma de estar viva voltaram para a minha mente, assim como os rostos preocupados da minha família e do Yori. Droga, agora eu me sentia culpada por me sentir miserável quando tem tanta gente preocupada comigo. Abri os olhos novamente e olhei em volta, não demorei muito para encontrar a cabeleira loira do meu irmão largado em uma cadeira. Eu tentei sorrir, mas doía demais, por isso, fiquei parada mais um tempo até alguém entrar no quarto.

Meu pai estava carregando uma sacola com o parecia ser comida para o meu irmãozinho, mas sorriu quando viu que eu estava acordada e andou até a cama.

-Você está no hospital a uma semana, como se sente querida?

Ele sabia que eu ia querer saber o que está acontecendo e sussurrou tudo com calma, o que eu agradeci porque não conseguia me concentrar muito bem.

-Dói.

Não precisava dizer muito mais, ele entendia que ia além do meu corpo e sorriu triste.

-Eu sei, quando você estiver melhor, pode nos contar o que aconteceu?

-Tá.

Eu não estava aguardando ansiosa por esse momento, mas eles têm direito de saber o que aconteceu com o meu avô, a verdade é que estava com medo do que iriam pensar de mim.

-E a guerra?

-Ela acabou meu amor, não precisa se preocupar com isso.

Movi a cabeça devagar para o saco onde estava a comida do Tetsu e depois para o meu pai que sorriu.

-Está com fome?

-Sim.

Ele abriu a sacola e me entregou um sanduíche.

-Só não conte para a sua avó que eu te dei e se você começar a se sentir mal me avisa, faz uma semana que você não come, seu estomago deve estar sensível.

Não disse a ele que não me importava de passar mal contanto que comece o sanduiche. Tetsu se mexeu na cadeira e abriu os olhos devagar. Ele piscou algumas vezes como se não entendesse o que estava vendo e eu sorri para ele com a cara toda suja de sanduiche. Ainda tive a coragem de oferecer um pedaço.

-Esse era o meu almoço, não é?

Balancei a cabeça concordando e meu pai deu risada.

-Ela acordou primeiro então você perdeu.

-Pelo menos me dá as batatas.

Ele tentou pegar o saco, mas eu não deixei. A força que usei para puxar o saco não foi muita, mas a dor quase me fez colocar o almoço para fora. Segurei a barriga com força, sentindo o curativo que estava cobrindo o buraco da espada, Tetsu tirou a comida de perto de mim e meu pai me ajudou a deitar de novo.

-Desculpa eu não devia.

-Não foi sua culpa, apenas deixe umas batatas para mim okay?

Fechei os olhos e adormeci logo depois, acordei de novo no meio da noite e minha mãe estava lá dessa vez, não quis acorda-la por isso fechei os olhos de novo e voltei a dormir. Na manhã seguinte minha avó veio me ver, apesar de fazer uma semana eu pude perceber que ela ainda não estava bem, seus olhos estavam fundos e apesar de tentar parecer otimista, seu sorriso era superficial.

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