Meu corpo parecia ter sido moído, tinha consciência de um zumbido próximo, mas não queria me mover nem prestar atenção, pelo menos ate me lembrar da minha filha caída no chão e seu grito desesperado por mim. Um choque percorreu meu corpo e me sentei imediatamente gritando o nome dela, mãos fortes me impediram de sair da cama e percebi que não estava mais na clareira.
Um cobertor havia sido colocado em cima de mim, as folhas e grana sobre as quais eu deveria estar haviam sido substituídas por um colchão e a árvore onde bati por um travesseiro macio, estava em um hospital. Eu ofegava como se tivesse corrido uma maratona, mas não tentei lutar contra minha mãe que mantinha uma mão no meu peito e outra nas minhas costas.
O barulho que eu ouvira antes tinha sido das maquinas que estavam ligadas ao meu corpo, o desespero tomou conta de mim, mas antes que pudesse perguntar o que estava acontecendo Sakura e Sarada entram no quarto. Minha esposa parece mais pálida que o normal e assim que me vê vem correndo para os meus braços. Não importa que tenhamos brigado eu nunca deixaria de conforta-la, a médica de cabelos rosas me encarou de longe e estranhei a dor que havia em seus olhos.
-Como se sente ?
Minha mãe levantou e foi para o lado da amiga dando espaço para mim e para Sarada.
-Estou bem.
Não queria discutir com Sakura como eu me sentia no momento, tinha coisas mais importantes com que me preocupar.
-Onde está a Aria?
Minha mãe e sogra trocam um olhar doloroso e meu coração para por um instante, não teria acontecido nada com ela, não pode ter acontecido.
-Acho melhor Sarada e você conversarem sobre isso.
Algo estava terrivelmente errado, agora eu tinha certeza. Esperei minha mãe e Sakura saírem do quarto antes de afastar Sarada de mim, ela chorava copiosamente, mas sua voz estava firme.
-Ela esta no quarto ao lado, por isso te ouvi gritar.
Sabia que não era só isso e esperei que ela continuasse.
-Ela... Ela não acordou desde que a encontramos na clareira.
A dor no corpo era extremamente bem vinda em comparação ao que eu sentia agora, porque isso estava acontecendo? Pelo menos explicava a dor nos olhos da minha sogra, ser capaz de ajudar a vários estranhos, mas não sua própria neta deve ser um fardo para ela.
-O que houve ?
-Eu esperava que você pudesse me dizer, quando alcançamos vocês tudo o que encontramos foram 5 shinobis mortos e você e a Aria desmaiados. Eu a trouxe para o hospital e minha mãe tratou a febre, mas mesmo assim ela não quer acordar.
Como explicar a ela o q houve na clareira? Isso significaria falar em voz alta e tornaria tudo real. Eu não queria, mas Sarada tinha o direito de saber e eu sou um shinobi, não posso fugir do meu dever por medo.
-Ela despertou o Rinnegan.
Sarada prendeu a respiração e seus olhos aumentaram de tamanho por trás dos óculos, aquelas palavras traziam uma verdade esmagadora para nos dois e sabíamos que a vida nunca mais seria a mesma. Minha esposa se recompôs e assumiu sua atitude profissional de quem tinha um plano.
-Vou falar com o meu pai, talvez tenha algo que ele.
Ela não chegou a terminar a frase, mas nos dois já sabíamos o que ia acontecer. Sasuke era poderoso, mas não havia muito que fazer neste caso. No entanto, ela precisava sentir que havia algo a ser feito. Era um mal dos shinobis não saber ficar parado esperando.
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Rinnegan
FanfictionAria é a filha de Boruto Uzumaki e Sarada Uchiha, seus pais temiam que ela nascesse com o dojutso amaldiçoado, o Rinnegan, mas nem imaginavam que esse seria apenas um de seus problemas. Esta história conta a vida de Aria Uzumaki, desde o seu nascim...