GUARDIÃ DO OLIMPO [01]

27° - Ao resgate?

Vila Lanay

Pérola forçou os olhos para que eles se abrissem mas seus esforços pareciam inúteis. Quando por fim conseguiu o que queria sentou - se sobre a cama macia e olhou em volta; se encontrava em um pequeno quarto de cores pastéis, mobiliado apenas por uma cômoda mediana ao lado da cama e uma portinha que possivelmente levava a um banheiro, fora isso, a única coisa que havia por alí era uma janela logo a sua frente.

Levantou, tocando o chão frio de madeira com os pés descalços e rumando até a janela para apreciar a vista, decepcionando - se quando tudo o que pode ver foi um quintal vazio, sem nada a se admirar. Se estivesse em sua casa, ao olhar pela janela do seu quarto veria a horta, a grande cerca marrom que separa a casa da floresta, veria também seu velho balanço de pneu e por fim, as enormes árvores de folhas vermelhas; dependendo do "humor" do céu o veria passar de azul para vermelho em segundos e os pássaros coloridos, pulando de galho em galho como se brincassem de pega - pega mas naquele lugar nada parecia ser como em sua casa, até o tempo parecia irritantemente estável.
O mesmo sol brilhante desde que chegou. Gostava do tempo maluco de Montana, assim os dias raramente caíam na monotonia mas alí nada parecia mudar e isso a deixava meio desconfortável.

- Pérola?

Foi tirada dos seus devaneios pela voz de Connor, que havia acabado de entrar no quarto. Se virou pra encará - lo, forçando um sorriso.

- Se sente melhor?

- Sim, estou bem. - Concordou com a cabeça, Connor andou até ela, parando a sua frente.

- Mesmo? Não está sentindo nenhuma dor?

- Não. Digo, eu sentia antes mas não estou sentindo mais.

- Acho incrível o que a ambrósia faz com vocês deuses, digo, você quebrou 4 costelas fora outros machucados que teve e agora está inteira. Com nós Olimpianos leva mais tempo que isso.

Ela deu de ombro e voltou a posição inicial, passando a observar um ponto qualquer no quintal, apenas para não ter de encará - lo.

- Onde estamos?

- Na casa da minha avó, ela quem cuidou de você.

- Ah. - Concordou com a cabeça. - E o Brendon?

- O que tem?

- Eu ainda preciso achá - lo.

- Mas como? Não sabemos para onde o grifo o levou.

- Como vamos achá - lo eu não sei. -Direcionou o olhar para ele, dizendo de forma destemida. - Mas vou descobrir.

- Eu te ajudo!! Mas acho melhor deixar pra amanhã, já está tarde.

- E se ele estiver correndo perigo?

- Andar a noite pode ser perigoso, tem muitos ladrões e feras soltas por aí, melhor irmos pela manhã, até porque você pode ter uma recaída. E uma boa noite de sono vai ajudar a ficarmos mais dispostos durante a caminhada.

- Não sei se vou conseguir dormir sabendo que ele não está aqui. - Sussurrou, com um tom preocupado.

- Bom, mas você precisa. - Connor se direcionou até a porta. - O jantar é as 19:30, tem algumas roupas na cômoda, talvez sirvam em você.

Pérola concordou com a cabeça e ficou o observando sair. Sentou sobre a cama, deitando a cabeça no próprio colo: maldita hora que veio pra esse lugar.

[ • • • ]

Pérola estava parada em frente a cômoda: haviam seis pares de vestidos alí, todos quase do seu tamanho no entanto ela não conseguia escolher qual vestir, além de nenhum fazer seu estilo (eram muito delicados ou curtos), estava aérea de mais pra descidir qualquer coisa, por mais boba que fosse. Cansada daquilo se jogou na cama de barriga para cima.