Capítulo Seis

465 26 10
                                    





Matthew On

Assim que estaciono o carro em minha casa suspiro agradecido pela viagem ter sido calma e silenciosa, Anna parecia realmente ter entendido e concordado e isso me faz ficar um pouco calmo, afinal ter que ir ao orfanato trocar a garota me causaria mais problemas já que sua nova identidade já estava pronta.

— Essa é sua casa? — Escuto Anna perguntar em um tom surpreso.

— Sim. — Respondo tirando meu cinto e me virando para ela, ela tem suas mãos apoiadas no vidro e parece fascinada com tudo que ver. — Vamos. — Chamo, ela concorda se soltando do cinto e saindo em seguida.

— É enorme. — Ela olha ao redor. — Não é muito caro morar aqui?

— Não se você tem dinheiro de sobra, o que com certeza é o meu caso. — Respondo prepotente, ela abre a boca, uma, duas, três vezes e nada sai. Não é por menos, sair daquele lixo que ela morava e vim parar aqui não é para qualquer pessoa. — Vamos entrar. — Digo caminhando rapidamente, ela corre uns passos até me alcançar.

— Senhor, que bom que esta de volta. — A voz de Fernanda se faz presente em meus ouvidos assim que chegamos à porta de entrada. Fernanda é a funcionaria mais nova da casa tanto em idade como experiência, ela foi contratada apenas para olhar a garota.

— Leve-a para o quarto e mostre a casa, estarei no escritório. — Digo passando rapidamente pela empregada, sem ao menos esperar uma resposta ou algo do tipo continuo a caminhar em passos duros ate o escritório, porém escuto a voz de Maria me chamar antes de eu finalmente chegar ao meu destino.

— Senhor Cowllin ligou. — Ela avisa. — O que você esta aprontando dessa vez, menino? — Eu bufo me virando para ela.

— Não me chame de menino. — Digo irritado, mas ela apenas ri com minha fala. — O que ele queria afinal? — Pergunto, ela coloca uma de suas pequenas e enrugadas mãos sobre o queixo e parece pensar.

— Não faço ideia. — Ela responde agora sorrindo.

— Você está muito velha. — Bufo cruzando os braços, ela ri e concorda com a cabeça.

— Vai me mandar embora? — Pergunta divertida.

— Com certeza. — Respondo, e então ela explode em risada me fazendo revirar os olhos. — Vou ver o que ele quer. — Digo voltando a andar para o escritório.

Assim que entro tranco o escritório e caminho até a mesa, me sentando na cadeira logo em seguida, mal sento e o telefone toca me fazendo revirar os olhos já sabendo quem é. Penso por um tempo se devo atender, porém percebo que ele não ira desistir e então atendo.

Como ela é? Ela ao menos parece com você? Qual o nome dela? Quando vou conhecer ela? Posso ir ai hoje? Agora? Nesse instante? — Ele me bombardeia com perguntas aleatórias me fazendo querer desligar, porém não desligo sabendo que é capaz dele vim aqui.

— Sua animação me faz querer vomitar.

Faça-me mil favores Matthew! Eu quero conhecer minha adorável sobrinha. — Rebate ele com humor.

— Ela não é sua sobrinha e eu não sou seu irmão. — Digo revirando os olhos.

Blá blá blá. — Ele desdenha. — Como ela se chama mesmo? E quando posso ir visita-la? Eu já comprei um presente para ela.

— Você comprou? Não me faça rir, uma de suas secretarias deve ter comprado. — Digo não contendo o sorriso que brota em meus lábios.

Touche. — Diz ele rindo exageradamente, o que me faz distanciar o telefone de meu ouvido com uma careta. — Porém o que conta é a intenção, qual é! Diga logo como ela se chama e quando posso ir ai.

No way outOnde histórias criam vida. Descubra agora