Nosso pior pesadelo

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Nesses capítulos seguintes poderemos ver um lado pouco visto de Matthew, talvez algo que explique seu comportamento pouco receptivo e desconfiado com todos ao seu redor. Talvez, e só talvez, ele não seja tão inquebrável como os outros acreditam.

Uma breve explicação pelo meu sumiço, estive muito desanimada em continuar a historia pois continuava com essa velha sensação de que ninguém estava gostando, sendo sincera pensei muito em simplesmente apagar ela, porém acabei relendo varias notas que fiz durante esse tempo referente a historia e vi que doeria muito para mim simplesmente abandona-la então cá estou novamente, tentarei afastar esses pensamentos negativos e continuar. Obrigada a todos que ainda estão por aqui ou que estão chegando agora, por favor cometem e votem para que eu continue sabendo que estão apreciando. Obrigada a todos. 

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Narradora On

Os trovões podiam ser ouvidos por toda a casa, alto, tão alto que fazia os ouvidos de Anna doer. Seu corpo tremia descontroladamente como se ela mal tivesse controle sobre o mesmo, seus olhos fechados com tanta força que ela sentia-se tonta, ela odiava aquilo. Odiava o fato de sempre ser inundada por lembranças horríveis quando os trovões chegavam, como sempre seu corpo parecia reagir mesmo sua mente lhe pedindo calma. Ali, abaixada ao lado de sua cama e encolhida como um animal amedrontado ela começava a sentir como se estivesse perdendo o pouco da sanidade que ainda tinha, sua mão ainda machucada da noite anterior parecia formigar e arder e ela se agarrou a isso, se agarrou a dor, lutou com todas a forças pra se agarrar aquela dor latente pois isso a lembrava que estava viva, que estava ali, porém viva.

— Anna você tem que respirar, respira! — Respirar?! Ela não estava respirando?

Ela olhou para cima parecendo confusa, Matthew estava lá, ele estava em seu quarto e ela nem ao menos fazia ideia quando ele chegou ali, ela nem ao menos sabia como ela própria tinha chegado ali e sinceramente pouco importava, Anna estava ocupada demais observando aquela expressão que ele tinha.

"Que expressão era aquela?"

— Está tudo bem, apenas respire. Eu estou aqui. — Ah, agora ela lembrava, lembrava que expressão era aquela. Ele estava preocupado com ela.

E então ela sentiu todo o ar de seu pulmão sair calmamente e finalmente se deu conta que realmente não estava respirando, o homem a sua frente suspirou aliviado enquanto levava uma de suas mãos a costa da garota e acariciava ali tentando lhe transmitir calma, mesmo ele estando tão nervoso quanto a menina. A todo momento ele olhava para a janela ali presente de modo nervoso como se previsse uma tragédia, agora ele se arrependia amargamente de ter a colocado naquele quarto cujo se encontrava uma enorme árvore a frente da janela, algo lindo de manhã e a tarde, porém propenso a uma fatalidade em dias de chuvas.

— Vamos para o meu quarto. — Ele declara enquanto puxa a garota com brutalidade pra cima, nervoso demais para perceber que usará mais força que o necessário.

A menina solta um gemido baixo de dor enquanto o homem a guia pra fora com rapidez, o quarto deles não ficavam tão longe um do outro, porém naquele momento pareceu uma distancia absurda. Outro trovão. Esse tão alto que eles juraram sentir o chão tremer, Anna gritou enquanto caia no chão e voltava cobrir seus ouvidos novamente enquanto Matthew parecia paralisado no mesmo lugar. Anna não viu, Anna realmente não viu o quão perto aquele foi, mas Matthew.. Através daquela enorme janela no corredor de sua casa ele foi capaz de ver o raio cair pouco depois do portão da sua casa, ele viu o quão ridiculamente perto aquilo foi.

— Está tudo bem, não seja estúpido é só uma chuva. . — As palavras saem de sua boca sem ele saber para quem elas são. Para ele? Pra Anna?

No way outOnde histórias criam vida. Descubra agora