Narradora OnEram 4:35 da manhã quando Anna acordou e mesmo com seu corpo todo dolorido e sua alma implorando por mais uns minutos de descanso, a garota tratou de limpar absolutamente tudo ali. Ela recolheu os pequenos e inúmeros pedaços do prato que havia se estilhaçado no chão, limpou toda a sujeira horrível que sua sopa tinha causado e conferiu se em alguma parte do perfeito piso de Matthew tinha sido danificado, e então, apenas depois disso ela se permitiu tomar um banho.
A garota subiu devagar as escadas querendo evitar acordar Matthew de algum modo e caminhou diretamente para seu quarto, e mesmo sabendo que seria impossível o homem entrar ali a menina fez questão de trancar sua porta e suspirar aliviada.
— Tudo bem Anna. — Diz a si mesma enquanto esfrega sua mão com certa força em sua testa. — É apenas você no quarto. Apenas você.
A garota fecha seus olhos com força enquanto sua mão continua esfregando o mesmo local como um maldito tique nervoso, ela sente seu corpo pesar e sabe que se for ao chão não ira ter forçar para levantar novamente e então juntando toda sua força que resta ela se arrasta até o banheiro e se "joga" em sua banheira.
Ela não liga pro fato de ainda estar vestida e nem que sua banheira ainda não está cheia, ela apenas necessita sentar e sentir a água tocar seu corpo. Com uma de suas mãos ela liga a torneira da banheira e volta a se encostar na mesma enquanto fecha seus olhos, a dor da água tocando seus machucados aos poucos faz ela sorrir tristemente por aquilo ser tão familiar a ela, e em sua mente ela quase pode sentir o cheiro do buraco nojento de onde ela veio.
Uma doce lembrança de casa.
Depois de vinte minutos Anna resolveu sair dali, seu corpo todo treme quando ela se levanta bruscamente da água e vai da banheira ao tapete, ela olha para suas roupas - cujo tinha tirado minutos atrás. - jogadas aos chão e suspira cansada demais para mover elas dali, optando apenas por se cobrir com uma toalha e sair do local; Ela vai até seu closet e pega um moletom qualquer que Matthew tinha comprado a ela, porém ela para antes mesmo de desdobrar a peça.
— Não. — Ela rosna para a roupa a jogando no chão e fecha a porta com força.
Ela caminha até sua cama e se abaixa pegando uma sacola surrada e a abrindo em seguida, sorrindo quando retira de dentro um velho e manchado moletom azul marinho, ela cheira o tecido e suspira feliz pela roupa ainda ter o cheiro do amaciante que Irmã Teresa usava para lavar as roupas. Ela sente falta de suas irmãs do orfanato.
Quando finalmente termina de se vestir ela vai até sua cama e se deite se sentindo pesada demais para fazer qualquer coisa, e quando menos imagina ela sente seus olhos fechando e adormece ali mesmo.
❁❁❁❁
Um estrondo. Um grande e alto estrondo faz Anna despertar de seu tão maravilhoso sono.
Em um primeiro momento a garota levou suas mãos aos olhos rapidamente e se encolheu como uma criança assustada, porém ao se lembrar onde estava ela suspirou mais aliviada e abriu os olhos. Novamente o barulho se fez presente e a garota se levantou com pressa, ela temia que Matthew estivesse com algum tipo de problema.
Apressadamente - e se esquecendo de sua regra de nunca correr. - ela correu em direção ao quatro de Matthew enquanto seu coração batia inquieto.
— Senhor?! — Sem algum tipo de aviso a garota entrou no quarto.
— Mas.. Você não sabe bater? — Perguntou Matthew, porém ele não parecia bravo com sua presença ali.
O homem estava agachado ao chão tentando recolher algo que a menina não soube identificar de primeira, mas com uma nova olhada mais atenta percebeu que se tratava de pedaços de algum tipo de miniatura.
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No way out
RomanceAnna é uma órfã cujo tudo que mais deseja é ter uma família, porém presa anos em um terrível orfanato ela vê esse seu sonho se tornar cada vez mais distante; assombrada todo dia pela lembrança do assassinato de sua mãe e pelas ameaças do diretor do...